Agostinho define o homem como "alma racional que serve de um corpo mortal, terrestre". Para Agostinho, como para Platão, o homem é sobretudo alma.

A argumentação de Santo Agostinho para provar a espiritualidade da alma é a seguinte: ou a alma pode exercer sua actividade (querer, pensar, duvidar, etc) sem o corpo, e então é espiritual, ou é incapaz de exercer sua actividade sem o corpo, e então é material.

Oral, pelo menos em um caso a alma pode desenvolver sua actividade sem o corpo: quando conhece a si mesma. Logo, a alma é espiritual.

A espiritualidade da alma é, pois, confirmada pelo que ela conhece a si mesma. Quando a alma conhece a si mesma, descobre que é uma substância que vive, que recorda, que quer, etc, e isto não tem nada que cer com o que é corpóreo. 

Provada a espiritualidade, Santo Agostinho passa a provar a imortalidade, retomando o argumento platónico da relação da alma com as "ideias".

A alma acha-se em contínua relação com a verdade. A verdade está sempre na alma. A verdade, à qual a alma está unifa, é imutável e eterna ; logo, também a alma é eterna.