A Bíblia Sagrada constitui o alimento base da historiografia Judaica, pós estabelece só por si, toda uma literatura, tal a variedade de géneros nela apresentada: poesia, história, direito, etc. Pela natureza e quantidade dos temas nela abordados, a Bíblia constitui uma verdadeira literatura da nação Judaica e como tal, uma valiosíssima fonte de informação acerca da sua História, assim como da história dos povos do próximo oriente, com os quais os Judeus estiveram em contacto com os: Caldeus, Egípcios, Fenícios, Assírios, Persas.

Até ao primeiro quartel do século XIX, por falta de outras fontes, a Bíblia foi a principal fonte de informação acerca da História do Próximo Oriente Antigo. Este caso aliada ao facto de ser também o livro sagrado de católicos, protestantes e cristãos ortodoxos, conferiu ao conteúdo da Bíblia uma credibilidade quase universal.

A Bíblia passa para o segundo plano, com a decifração das antigas escritas egípcias e cuneiformes, como fonte histórica dos Judeus, não só pela abundância, como também pela antiguidade e credibilidade das novas fontes.

A Bíblia apresenta um conjunto de seis obras (Hexateuco), assim cognominadas: Génesis, Êxodo, Levítico, Números; Deuternómio e Josué.

  • O Deuternómio e o Levítico, são leis e os restantes constituem a história dos hebreus desde a origem até a sua instalação definitiva em Canaan (Palestina), depois do deporto no Egipto;Os Livros apócrifos: Livro de Macabeus, Livro de Judite;
  • Os livros poéticos: Salmos, Lamentações, Poesia erótica (Salmo XLV e Cântico dos Cânticos), poesia didáctica (Livro de Jó, Provérbio e Eclesiástes);
  • Os Livros proféticos: Livros de Isaias, Jeremias, Ezequiel e de outros profetas menores;
  • Os Livros apocalípticos: Livro de Daniel.

Estes livros não têm a mesma idade. Em suma, o que fundamentalmente caracteriza a Historiografia Judaica é a sua incapacidade em aceder a uma concepção universalista do homem. Tudo se passa para o Judeu, como se a História da nação judaica fosse o contexto da história universal.

Características da Historiografia Judaica

O que fundamentalmente caracteriza a Historiografia Judaica é a sua incapacidade em aceder a uma concepção universalista do homem. Tudo se passa como se a História da nação Judaica fosse o contexto da História Universal.

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