Esta corrente historiografia, foi marcada por dois grandes acontecimentos: A revolução burguesa na França e a revolução industrial na Inglaterra. Antes da revolução francesa, existia na França uma estratificação social composta por clero, nobreza e terceiro estado. Era governada por um regime absolutista onde o clero e a nobreza chamavam a si todos os poderes, enquanto as massas ( San Collotes) não tinham nenhum direito vivendo numa pobreza estrema.
Com a revolução industrial, os comerciantes foram acumulando muitos capitais formando assim a classe intermédia- a burguesia. Com o decorrer do tempo, esta burguesia estando economicamente forte ambiciona o poder. Sendo assim, com a ajuda do terceiro estado ( San Collotes), a burguesia consegue derrubar o clero e a nobreza do poder.
Uma vez no poder a burguesia esquece-se do terceiro estado deixando esta ainda numa vida dissoluta, o que semeia-lhes uma insatisfação. Foi assim que, organizados, os San Collotes derrubaram a burguesia e passou a classe média. Portando o Romantismo vai conhecer três sobcorrentes:
Romantismo conservador
Defendido por: Chateaubriand, Joseph Maistre, De Bonald.
Aguçados pela nostalgia, ambicionam voltar o retomar a idade média, pois foi a altura em que eles tinham maior expressão (o clero e a nobreza). Defendiam a restauração da fé cristã como fonte da vida, isto é, queriam a uniam entre o estado e a igreja.
Romantismo Liberal
Defendido por: Michelet, Thierry, Guisot, Alexandre Herculano…
Considerando que a burguesia mergulha as suas raízes na idade média, esta também cobiça recuar no tempo até a “época das trevas”, época esta onde ela encontrara maior expressão ( baixa idade média). Defendia a separação dos poderes religioso e político.
Romantismo socialista
Defendido por: Saint Simon, Charles Fourier, Robert Owen…
Levada a cabo por San Collotes que pretende o poder depois da revolução industrial. Estes defendem a igualdade de direitos entre todos os cidadãos, defendendo uma sociedade sem classe, o que em regra geral não é possível. Daí serem apelidados por socialistas utópicos
Caracteristicas da historiografia do seculo XIX:
– Permanecia da abordagem da problemática do sujeito histórico. Com a influencia da revolução industrial, alguns historiadores defende que o sujeito da historia é o povo pois foi o povo que contribuiu para o fim do absolutismo;
– Tendência de se escrever histórias racionais como fruto da influencia do próprio Romantismo que valorizou o amor a pátria ou seja a uma exaltação do sentimento nacional patriótico;
– Tendência de se escrever uma história total, alargando assim o campo temático da história, diversificando os temas a abordar, isto é não somente os factos políticos. Devem ser considerados todos aspectos que dizem respeito a vida do homem;
– Preferência de temas medievais pelos conservadores, foi a sua época de prosperidade e pela burguesia, foi a sua época de grande expressão.
Os românticos debruçaram-se no seu estudo sobre a Idade Média com base nos documentos escritos visto que com as revoluções os arquivos senhorias passaram para as mãos do estado e são postos a disposição dos historiadores românticos.
A concepção historiográfica do romantismo foi influenciada pela ideologia liberal. Que defende que a história não deve ser estudo de grandes homens mas deve ser o estudo do povo (que é o objecto de estudo da história), nos seus aspectos sociais, das instituições em geral da sociedade.
Principais inovações da historiografia romântica
-Alargamento da investigação histórica o passado tornam-se o fulcro das atenções e na buscas das origens, descobre a idade média e com ela redescobre-se o gosto pelo passado mas também a ideia de mudança e progresso histórico.
-A Alteração do objecto da historia. Esta na mira dos historiadores, não apenas os factos políticos e individuais, mas também os factos ideológicos e mentais. O conhecimento global das sociedades e das suas instituições. O interesse dos historiadores debruçam-se também por outras civilizações e pelo exotismo dos seus costumes.
Definição de nova metodologia – o método científico
Se procedermos uma avaliação crítica a historiografia romântica perceberemos que os historiadores românticos preocuparam-se pouco com a objectividade da historia na medida em que estavam mais empenhados em invocar a idade média; em acentuar a individualidade racional, em glorificar a pátria e a revolução, do que em abrir novas vias de investigação histórica. Daí que a historiografia romântica não conseguiu satisfazer por muito tempo os espíritos ávidos de uma explicação racional.
Portanto, o historiador não poderia continuar a ser romancistas do passado. Daí que esta corrente foi em breve abalada por uma nova corrente – o positivismo de Augusto Conte que exigia da história “ uma verdadeira filiação racional nas sequências dos acontecimentos sociais” onde a história devia elevar-se para além do individual, formular leis absolutas objectivas e universais.