Para descartes, a única maneira de se alcançar o verdadeiro conhecimento é utilizando-se da razão, pois esta era por ele considerada com sendo algo natural e comum a todos. Ele acreditava também, que a razão, encontra-se melhor expressa nas exatas e por isso, utilizou-se de métodos matemáticos em suas ideias.

Ele então colocou em dúvida todas as coisas, desde as mais simples até as mais complexas. E então, desconsiderou todo sobre o qual houvesse sequer a menor suspeita. Ele passou a considerar tudo que era duvidoso como falso.
Logo ele começa a questionar seus sentidos, sua percepção. O que o faz cogitar a hipótese das coisas não passarem de sonhos, ilusões, o que o impossibilitaria de distinguir o real do imaginário. Ainda que com estas ideias em mente havia algo que ele não podia colocar em dúvida: a matemática, pois esta existiria independendo da percepção, por se tratar de princípios lógicos.

Ao considerar toda a ilusão ele encontra uma verdade que não poderia ser negada, sua existência, pois ainda que ele estivesse errado em seus pensamentos, estes necessitariam ser pensados por algo, que no caso seria ele.

Duvidando da matemática, ele duvida da razão, o que era considerável como um grande absurdo. O que o fez chegar a ideia “Penso, logo existo”.

A teoria do conhecimento de Hume

Hume procura o saber através das experiências, através do empirismo. Segundo sua visão, as ideias são originarias da impressão, que produz uma representação daquilo que se é tido. Ele explica as noções como resultados de processos onde ocorrem associações e diz também que o “eu”, é uma junção de impressões.

Hume, parte do ceticismo extremo onde se crê que é impossível o conhecimento. Ele adverte que este, não influencia de forma constante o ser ou beneficia o âmbito social.

A partir do empirismo psicológico, Hume desenvolve uma crença onde a causalidade é um processo associativo, uma impressão de que existe relação entre fenômenos. Ele então adota esta crença como base para todo conhecimento natural e restringe a matemática a lógica. Ao utilizar tais posições na existência, Hume descarta as bases racionais do entendimento e ancora-se na repetição, no hábito. O que o faz estabelecer a vida como sendo regida pelo acaso de forma mais intensa que pela razão.

Comparação entre a visão de Descartes e Hume

Pode-se notar que apesar de na maior parte de suas teorias discordarem entre si, existem pontos em que elas se assemelham, exemplo deste fato é a idealização da razão na matemática. No entanto, apesar das poucas semelhanças que apresentam elas abordam o conhecimento de forma totalmente diferenciada.

Descartes crê que este deve ser obtido através da razão por esta ser algo nato e comum a todos, já Hume, por crer que a razão não é um fator tão determinante, considera que o conhecimento verdadeiro prove do empirismo dizendo que para algo realmente ser conhecimento este deve ser obtido através da experimentação.

Portanto, eles discordam com relação ao que regeria o conhecimento Descartes crendo na razão e Hume na experiência.