Energia nuclear
Física Nuclear é a área da física que estuda os constituintes e interações dos núcleos atômicos. As aplicações mais conhecidas da física nuclear são a geração de energia nuclear e tecnologia de armas nucleares, mas a investigação tem proporcionado aplicação em muitos campos, incluindo aqueles em medicina nuclear e ressonância magnética, implantação de íons em engenharia de materiais, e datação por radiocarbono em geologia e arqueologia.
 
Isótopos e suas Aplicações
As bombas atômicas, cujoprincípio se baseia nas gigantescas quantidades de energia desprendidas durante as reações de fissão nuclear, utilizam como matéria-prima o isótopo 235 do urânio.Isótopos são átomos de um mesmo elemento que diferem entre si quanto ao número de massa (quantidade de prótons e nêutrons no núcleo), motivo pelo qual apresentam propriedades físicas diferentes, mas comportamentos químicos semelhantes.
 
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As aplicações dos isótopos na agricultura
Na Agricultura, os isótopos radioativos são aplicados aos adubos e fertilizantes a fim de estudar a capacidade de absorção desses compostos pelas plantas.
 
As aplicações dos isótopos na indústria
No setor industrial é usado no desenvolvimento e na melhoria dos processos de medição, automação e controle de qualidade.
Ele é usado como um pré-requisito para a completa automatização das linhas de produção de alta velocidade, e aplicou processo de pesquisa, mistura, manutenção e desgaste e corrosão estudo de máquinas e instalações.
Tecnologia nuclear é também utilizado no fabrico de materiais plásticos e a esterilização de produtos de utilização única.
 
As aplicações dos isótopos na medicina
Os isótopos têm inúmeras aplicações na medicina. Os isótopos radioativos são comprovadamente eficazes como traçadores em alguns métodos de diagnósticos. Por serem quimicamente idênticos aos isótopos estáveis, tomam seu lugar nos processos fisiológicos e podem ser detectados com equipamentos como o espectrômetro de raios gama.
O iodo 131 se emprega para avaliar, por exemplo, a atividade da glândula tireoide, onde o isótopo se acumula. Usa-se o fósforo 32 para identificar tumores malignos, porque as células cancerosas tendem a acumular fosfatos em quantidade maior do que as células normais. Isótopos radioativos como o cobalto 60 e o césio 137 são usados no tratamento do câncer, para minimizar os prejuízos causados a células vizinhas aos tumores.
 
O uso da energia nuclear para o bem da humanidade
A principal vantagem da energia nuclear é a não utilização de combustíveis fósseis. Considerada como vilã no passado, a Energia Nuclear passou gradativamente a ser defendida por ecologistas de nome como James E. Lovelock por não gerarem gases de efeito estufa. Estes ecologistas defendem uma mudança em direção à energia nuclear como forma de combater o aquecimento global argumentando que particularmente áreas contaminadas por acidentes nucleares como a região de Chernobyl se tornam em parques ecológicos perfeitos com natureza plena e selvagem.
Em comparação com a geração hidroelétrica, a geração a partir da energia nuclear apresenta a vantagem de não necessitar o alagamento de grandes áreas para a formação dos lagos de reservatórios, evitando assim a perda de áreas de reservas naturais ou de terras agricultáveis, bem como a remoção de comunidades inteiras das áreas que são alagadas. Outra vantagem da energia nuclear em relação à geração hidrelétrica é o facto de que a energia nuclear é imune a alterações climáticas futuras que porventura possam trazer alterações no regime de chuvas. A energia nuclear para o bem da humanidade:
 
  • É uma fonte mais concentrada na geração de energia. Uma pequena quantidade de urânio pode abastecer uma cidade inteira, fazendo assim com que não sejam necessários grandes investimentos no recurso;
  • Não causa nenhum efeito de estufa ou chuvas ácidas;
  • É fácil de transportar como novo combustível;
  • Tem uma base científica extensiva para todo o ciclo;
  • É uma fonte de energia segura, pois o número de acidentes ocorridos até à data é extremamente reduzido;
  • Permite reduzir o défice comercial;
  • Permite aumentar a competitividade.

 

 
Diferentes interpretações do senso comum e científico sobre a utilização de energia nuclear
Interpretações científicas
Um número notável de cientistas (biólogos) de todo mundo vem defendendo em revistas e alguns até em livros que a energia nuclear é a que menos impacto ambiental tem, devendo mesmo fazer parte de uma estratégia de defesa da biodiversidade mundial.
Maior parte destes pede por isso, que se construam mais centrais nucleares e que as associações ecologistas deixem de se opor a essas construções. Segundo vários meios usados, o mundo deve optar por usar todas as energias disponíveis, incluindo a nuclear, se quiser deixar de estar dependente dos combustíveis fósseis, como é o caso do carvão, petróleo e gás.
Já em 2016, o Reino Unido anunciou a aprovação da construção de uma central nuclear em Hinkley Point para gerar energia e actuar contra a mudança climática.
A energia nuclear como fonte geradora de energia justifica a sua utilização ambientalmente comparada as termoeléctricas a combustível fóssil por não emitir gases de efeito estufa, sendo ainda uma opção estratégica visando a retomada do crescimento do país com sustentabilidade, gerando energia limpa e empregos em várias regiões.
 
Senso comum
Por outro lado, sempre que mencionamos energia nuclear a sociedade pensa e relembra automaticamente de acidentes como o ocorrido em Chernobil, na década de 80 na extinta União Soviética, quando após um incêndio ocorreu um vazamento de radiação causando mortes e contaminação. Recentemente em Fukushima em 2011 no Japão depois de um grande terremoto seguido de um tsunami, um dos reatores explodiu causando mortes, danos a saúde e ao meio ambiente. Sem mencionar as diversas tragédias vividas durantes as grandes guerras no passado.
É compreensível que diante desses acontecimentos a opinião pública reaja negativamente a utilização da energia nuclear e por outro lado é necessário que os países tenham uma política regulatória e protocolos de segurança de excelência para que novas usinas possam ser construídas e as sociedades se beneficiarem de uma “energia limpa”, como a nuclear.
 
 
Bibliografia

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MAHAN, B.M&MYERS, R.J. Química: um curso universitário. (Tradução da 4° por Henrique E.Tomaetall, 4° edição. São Paulo: Editora Blucher Ltda. 1995.