Situação económica da Itália no século XI a XIII

 No plano económico, entre os séculos XI e XV, a Itália continuou a ser o país mais desenvolvido da Europa Ocidental. O artesanato e o comércio tinham sobrevivido durante a Alta Idade Média, e a vida urbano não se tinha extinguido completamente, ao contrário dos outros países, o que representou circunstância importante para o ulterior desenvolvimento económico do país.

O progresso económico que toda Europa conheceu no século XI foi favorável à Itália. Os comerciantes italianos asseguram o transporte destas mercadorias pelo Mediterrâneo. O artesanato urbano conheceu um desenvolvimento intenso. O progresso económico da Itália foi favorecido pelo desaparecimento da ameaça de invasões por parte dos Húngaros e mais tarde dos Árabes, que tinham devastado o país no século IX e X.

Surgimento das comunas na Itália

Segundo Abramson & kolesmitski (1978:210), como em toda a Europa, as cidades do Norte e do Centro da Itália foram submetidas em primeiro lugar á autoridade dos senhores, na maior parte Bispos. Para um desenvolvimento livre e total das cidades, era necessário a todo custo anular o poder dos senhores.

A comuna era uma associação; uma “conjuração” que residia no juramento mútuo que seus membros prestavam. Conhecidas desde o século IX, na época carolíngia, as comunas tiveram um papel marcante na formação das cidades e na emancipação dos mercadores, estando intimamente relacionada com motivações de ordem económica

A nível Politico

O regime político das comunas apresentava algumas semelhanças com o das antigas cidades-estado da Grécia e da Itália. Da mesma forma que na Grécia antiga o órgão soberano do governo era a assembleia, nas comunas, o poder supremo pertencia teoricamente ao conselho. Do ponto de vista legal, todos os chefes de família tinham direito a participar do conselho. Mas, na prática, a influência dos cidadãos mais importantes e sobretudo a dos chefes das corporações de artesãos prevalecia

a comuna urbana era administrada por um colégio de cônsules eleitos ordinariamente por um ano. Chefiavam os levantamentos nas cidades, publicavam as leis, tinham assento nos tribunais, ocupavam se das finanças e das relações com as outras cidades e com o imperador, nomeavam os magistrados da comuna que No centro e no norte da Itália, excepto em Veneza e na Toscânia, durante o fim do século XIII e ao longo do século XIV, quase todas as comunas se transformaram em senhorias, apresentando esta instituição analogias com a tirania que nem sempre foi maléfica às cidades gregas. Geralmente, o senhor era um chefe de partido e pertencia a uma família influente da própria comuna. Este assumia uma espécie de ditadura a qual tentava legitimar, seja através de sufrágio mais ou menos coagido, seja obtendo um documento que o tornasse vigário do imperador.

 

Biblíografia

https://www.marxists.org/portugues/manfred/historia/v01/14.htm;

https://core.ac.uk/download/pdf/61434713.pdf;

http://convenio.cursoanglo.com.br/Download.aspx?Tipo=Download&Extranet=true&Arquivo=9997504C-9BBA-4A2A-B07F-39616F5C2E31/1P_baixaIM_parte2.pdf.