A rosa-dos-ventos é uma figura que mostra a orientação das direcções cardeais num mapa ou carta náutica. Contém quatro pontos cardeais principais (Norte, Sul, Leste e Oeste), quatro pontos colaterais (Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste) e pode conter também oito pontos subcolaterais (Norte-nordeste, Leste-nordeste, Leste-sudeste, Sul-sudeste, Sul-sudoeste, Oeste-sudoeste, Oeste-noroeste e Norte-noroeste).

Rosa-dos-ventos

A utilização de rosas-dos-ventos é extremamente comum em todos os sistemas de navegação antigos e actuais. A rosa-dos-ventos, inicialmente, não estava associada aos pontos cardeais, mas à direcção ou rumo dos ventos. O termo rosa vem da aparência do desenho que lembra as pétalas dessa flor.

Os rumos ou as direcções dos ventos têm origem na antiguidade. Na Grécia Antiga (776 a.C. a 323 a.C.) começaram com dois, quatro e oito rumos. Na Idade Média (século V ao século XV), os ventos tinham nomes geralmente relacionados aos países ou locais próximos ao mediterrâneo, sendo eles:Tramontana (N), Greco (NE), Levante (E), Siroco (SE), Ostro (S), Libeccio (SO), Ponente (O) e Maestro (NO). Nas cartas náuticas desta época, observam-se as iniciais destes ventos na ponta das “pétalas” como T, G, L, S, O, L, P, e M.

No início do século XIV surgem já 16 rumos e na época do Infante Dom Henrique (príncipe português que viveu de 1394 a 1460, também conhecido na História como Infante de Sagres ou Navegador, foi a mais importante figura do início da era dos Descobrimentos) já se usava rosas-dos-ventos com 32 rumos.

Em 1302, o navegador italiano Flávio Gioja introduziu o desenho da rosa-dos-ventos na bússola, adaptando a flor-de-lis para indicar o norte, em honra do rei de Nápoles, Carlos de Anjou, descendente da coroa francesa e cujo brasão continha a flor-de-lis da realeza. Em certas rosas-dos-ventos, no local que indicava o Leste, aparecia desenhada uma cruz que indicava a direcção da Terra Santa.