Plantas criptogámas

O nome tem origem no grego sendo que crípton significa escondido e gamae corresponde a gâmeta. A principal característica destas plantas é o fato de possuírem sistema de reprodução de gâmetas pouco visível. Compreendem dois grandes grupos, as briófitas e as pteridófitas.

Briófitas

Do grego (bryon que significa musgo, e phyton planta) são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais húmidos e sombreados. São organismos de transição entre o meio aquático e o meio terrestre, pois sua fecundação depende muito da água.

Representante

O representante mais comum das briófitas é o musgo, mas há outros dois grupos que são as hepáticas e antoceros.

Musgos

Os Musgos são os maiores representantes das briófitas apresentam 90.000 espécies já classificadas. São plantas avasculares e embriofitas, ou seja, são plantas desprovidas de vasos condutores de seiva e habitam em ambientes sóbrios e húmidos.

Algumas espécies de musgos podem ser encontradas em habitats desérticos e ainda formarem extensos tapetes sobre rochas expostas.

Estas plantas não têm flores sementes nem frutos e utiliza a água em seu processo de reprodução, são plantas autotróficas, realizado a fotossíntese para a obtenção de nutrientes, essas plantas desenvolvem em áreas sem poluição.

Apresenta rizoides, Caulóides e filoides.

Rizoides: são filamento que ajuda afixar a planta ao ambiente também é responsável por absorver água e sais minerais.

Caulóide: é uma haste dotada de filoides.

Filoides: são estruturas da clorofila responsável pela fotossíntese.

Os musgos são plantas de pequeno porte apresenta pouco centímetro de altura, justamente porque não apresentarem vasos condutores. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutriente que é feito de célula a célula.
 

Reprodução dos musgos

A reprodução dos musgos é sexuada com sexos separados e dependentes da água. Ocorre a alternância de duas gerações, uma esporofítica (produz esporos) e a outra e gametofítica (produz gâmetas).

O gametófito masculino possui uma estrutura chamada anterídio onde são produzidos os gâmetas masculinos (anterozoides) que se deslocam com auxílio de flagelos ate os gâmetas femininos da planta (oosferas).

Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião. Esse embrião se desenvolve por mitoses e dão origem ao esporófito. Quando eles atingem a maturidade e formada uma cápsula, as células no seu interior sofre meiose e dão origem aos esporos haploides. Os esporos são liberados no ambiente e quando encontra um substrato adequado, germina formado um novo gametófito.
 

Ciclo de vida dos musgos

Os musgos apresentam um ciclo de vida com alternância de gerações, ou seja, durante a vida da planta, ela passa por uma fase de vida diplóide (2n) e uma fase haplóide (n).

A fase diplóide ocorre no esporófito para a produção de esporos e a fase haplóide ocorre no gametófito para a produção de gâmetas.

O ciclo de vida dos musgos inicia com gametófitos masculinos e femininos (n) a fase haplóide a mais duradoura do ciclo. Os gametófitos masculinos existem anterídios que produzem células reprodutoras masculinas denominadas anterozóides. Nos gametófitos femininos existem arquegônios que produzem a célula produtora feminina a oosfera.

Quando uma gota de agua cai sobre os gametófitos, os anterozóides nadam ate o arquegônioa fim de encontrar a oosfera, para que ocorra a fecundação, formado um embrião diplóide (2n), que dará origem a um esporófito adulto diplóide (2n). O esporófito é a fase transitória do ciclo.

O esporófito é formado por uma haste e uma cápsula (esporângios), no interior da cápsula existem um tecido espórogeno que sofre meiose e forma esporos haplóide (n).

Os esporos são liberados no ambiente e, caso caiam em um local propício, germina. O esporo, ao germinar dá origem a uma estrutura denominada protonema (n), que se transforma em um gametófito que por sua vez se desenvolverá reiniciado o ciclo.
 

Importância ecológica dos musgos

Os musgos apresentam grande importância ecológica:

    • Atuam como reservatório de água e nutrientes no solo;
    • Oferecem abrigo a micro organismos; e
    • São viveiro para outras plantas em processo de sucessão e regeneração.

 

Referências bibliográficas

Peter .Raven, et al. Biologyof Plants. Company, New York, 7a ed.
E.Strasburger. Botânica. Barcelona, 7a ed, 1986.
Peter, H. Ravem, et al. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 7a ed, 2007
Glória.B,et al. Anatomia Vegetal.Viscosa, Editora UFV,2a ed.

https://www.stoodi.com.br/blog/biologia/criptogamas/

https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/briofitas.php