Uma pessoa que acaba de adquirir um automóvel equipado com piloto automático está viajando a uma velocidade instantânea constante, em uma rodovia bem conservada, em um trecho longo, plano e retilíneo.

Nesse espaço, foram colocadoc postes de iluminação a cada 25 metros. Pela telemetria do computador de bordo do veículo, o motorista viu que, em todo esse trajeto, os postes foram “ultrapassados” em intervalos regulares de 1 segundo.

Assim, durante todo o percurso, o veículo percorreu deslocamentos iguais de 25 m em intervalos de tempo iguais de 1 s, ou 1,5 km em 1 min, ou ainda, 90 km em 1 h. Nesse caso, como a velocidade instantânea esteve sempre constante, ela é igual à velocidade média do percurso. 

Esse tipo de movimento é chamado de movimento retilíneo uniforme (MRU). Em princípio, pode-se pensar em movimentos uniformes em qualquer tipo de trajetória (circular, oval, sinuosa, mista etc.), basta apenas que a velocidade escalar permaneça a mesma. Caso seja retilínea, teremos um movimento retilíneo uniforme (MRU).

Na prática, um carro correr com velocidade constante é algo que não se consegue por muito tempo. Isso porque em seu trajeto surgem curvas, lombadas, semáforos fechados, outros veículos trafegando com velocidade menor etc.

Assim, a veloci dade instantânea desenvolvida acaba sofrendo variações. Lembre-se do que sabemos sobre velocidade média: vm = Δs Δt .

No movimento uniforme, a velocidade escalar v é constante e igual à velocidade média, então: v = vm ou v = Δs Δt

Lembrando que os sinais algébricos da velocidade dependem dos sinais dos deslocamentos 1 v = Δs Δt 2 , então velocidades positivas estão relacionadas a movimentos progressivos, e velocidades negativas dizem respeito a movimentos retrógrados.

• Movimento progressivo: sentido coincidente com o da orientação da trajetória. 

• Movimento retrógrado: sentido contrário ao da orientação da trajetória.