Por: Jennifer Banze.


2020-2021

Há quem pensa que o término do ano 2020 é a resolução de todos os problemas, isto é, fim da pandemia da covid-19, dos ataques terroristas na zona norte, dos homicídios e mortes estranhas, que o sistema de ensino volte à “normalidade”, novas oportunidades de emprego para os jovens, diminuição de casos de violação sexual, verbal e física, em suma que seja um ano tranquilo e que sobretudo reine a prosperidade, victórias e conquistas.

Asseguro-vos que a passagem de um ano para o outro não dita em si mesma garantia de victória, mas possibilidades mediante factores diversos. Grande parte de nós alegava que o facto de 2020 ser um ano par seria um ano próspero. Assim, afinal de contas poderá a passagem de um ano para o outro ditar victórias?

No meu ponto de vista é uma Utopia, é verdade que conseguir despedir-se de um ano e assistir à entrada de outro, é uma victória e graça. Ora, quanto ao que se vai ver ao longo do ano? Permitam-me alertar-nos a todos que não EXISTE um ano que alberga victórias e prosperidades por si apenas, assim como o ano inicia também tem o seu término, é o ciclo normal "passagem de ano", outrossim o estado da temperatura, o dia, a semana e o mês.

Mas agora a questão é do mesmo jeito que o tempo não pára quando queremos fazer algo e não fazemos, o ano também não pára, e se, por exemplo, os cientistas não desenvolvessem vacinas para a cura da covid-19, não teríamos cura, indubitavelmente, caso não se encontre formas de resolução de conflitos terroristas, a situação não irá se resolver por si apenas sem ajuda (nossa ou mesmo externa, mas principalmente a primeira).

Se não garantirmos meios de os alunos e estudantes assimilarem tudo o que deviam aprender (e apreender) e não aprenderam, se não lutarmos para a minimização de homicídios, mortes e violação a todos os níveis, se não lutarmos para o melhoramento das nossas relações interpessoais, o ano novo não fará por nós.

Importa concernir que os nossos actos, projectos e engajamento é que ditam a VICTÓRIA em um determinado ano, e não que os anos vindouros venham como uma espécie de prosperidade.

O ano em si não traz nenhum milagre, como muitos dizem "foi um ano de fartura, prosperidade", os nossos actos é que o ditam. Se não trabalharmos e no final alegarmos que o ano é que tem azar, sinto muito informar, mas é uma Utopia. Derrotas, barreiras existem, não são delimitadas mediante o ano!

Em verdade, o dia vai mudar, o mês vai mudar e o ano também, mas se as nossas acções não mudarem, tudo permanecerá igual ou tenderá a piorar. Distintos leitores, não é sobre o novo ano, é sobre as nossas acções.
Obrigada!