Conjunções e locuções conjuncionais coordenativas conclusivas

Caro aluno, observa com atenção as frases que lhe são apresentadas:

a) Esta colecção é um marco na minha vida; não me desfiz, pois,

dela.

b) Estas palavras têm o mesmo sentido; são, pois, sinónimas.

Então, a que conclusão chegou? De certeza que você observou que:

Nas duas frases, a conjunção pois (que poderia ser substituída por, «por

isso» ou «por consequência», por exemplo) serve para ligar uma oração

que exprime uma ideia de conclusão à oração anterior. Denomina-se,

assim, conjunção coordenativa conclusiva.

Neste caso, a conjunção pois vem depois do verbo e entre vírgulas.

A conjunção «pois» pode iniciar uma oração explicativa, quando liga

duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira.

Eis algumas conjunções e locuções conjuncionais coordenativas:

Orações

coordenadas

Conjunções

coordenadas

Locuções

conjuncionais

coordenativas

Conclusivas

(exprimem uma

conclusão, que é

uma consequência

da oração

anterior)

Assim, logo, pois,

portanto

Pelo que, por

conseguinte, por

consequência, por isso

“Pois” como conjunção subordinativa causal

Caro aluno, observe cautelosamente, as frases que lhe são apresentadas:

 O velho levantou-se da cama, pois já se sentia melhor.

 ↓ ↓

 1

a

oração 2

a

oração

 Subordinante Subordinada causal

 Sentou-se, pois o cansaço era muito.

 ↓ ↓

1
a
oração 2a
oração
 Subordinante subordinada causal
Agora, diga o que constatou. Muito certo!
Em cada frase, para que a segunda oração tenha sentido, depende da
primeira. Portanto estamos perante uma relação de subordinação: a
primeira oração é subordinante ou principal; a segunda é subordinada. A 
palavra que estabelece a ligação entre as duas orações é “pois”, que
exprime uma ideia de causa; denomina-se, assim, conjunção
subordinativa causal.
Neste caso, a conjunção “pois” vem antes do verbo e depois de uma
vírgula.
Caro aluno, certamente que já sabe distinguir o pois conclusivo do causal.
Agora, vai estudar os quantificadores «tudo, todo e ninguém».
Sabe o que são quantificadores?
Falar de quantificador é falar da determinação de quantidade de qualquer
coisa.
Os quantificadores tudo, todo, ninguém
Estes pronomes chamam-se indefinidos aplicam-se na 3a
pessoa
gramatical, quando considerados de um modo vago e indeterminado.
Os pronomes indefinidos apresentam-se de formas variáveis e
invariáveis.
Veja o quadro a seguir:
Variáveis Invariáveis Todo, toda Todos, todas Tudo Ninguém
Todo
a) No singular e, posposto ao substantivo, indica a totalidade das
partes.
Exemplos:
O ruído da festa acordou o bairro todo.
Variáveis Invariáveis
Todo, toda
Todos, todas
Tudo
Ninguém 
Módulo 1 de Português
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 ↓
Quantificador no singular e, posposto (depois) ao substantivo
a) Indica a totalidade das partes, quando, no singular, antecede um
pronome pessoal.
Exemplo:
Bairro, todo ele, protestou.
 ↓
Quantificador no singular a anteceder o pronome
b) No plural, anteposto ou não, designa a totalidade numérica.
Exemplos:
Todos os vizinhos fizeram uma manifestação.
As culpas todas eram do homem barulheiro.
Tudo
Refere-se normalmente a coisas, mas pode aplicar-se também a pessoas.
Exemplos:
Dou-te tudo o que mereces.
Tudo aquilo era a mesma gente, mesquinha.
Ninguém
O pronome indefinido ninguém é uma oposição, de carácter negativo, de
alguém.
Exemplo: Ninguém aderiu à greve.
Caro aluno, agora, vai resumir o que aprendeu nesta lição.