Silvicultura

A silvicultura é o acto de criar e desenvolver povoamentos florestais, satisfazendo assim as necessidades do mercado. Dedica-se ao estudo dos métodos naturais e artificiais de regeneração e melhoramento de povoamentos florestais. Implica a investigação das exigências das árvores quanto ao ambiente e a determinação do seu comportamento quanto à luminosidade, densidade e associação com outras espécies.

Importância socioeconómica

  • Produção de materiais de construção;
  • Produção de madeira para exportação;
  • Produção de recursos energéticos: carvão e lenha;
  • Produção de plantas medicinais;
  • Fabrico de mobiliário;
  • Purificação do ar;
  • Impedimento da erosão;
  • Manutenção e equilíbrio da biodiversidade vegetal e animal;

A silvicultura, em Moçambique, é pouco expressiva, devido à falta de meios financeiros e humanos.

Potencialidades florestais

Os recursos florestais do território moçambicano exercem um papel de destaque na Vida económica e social do pais. As principais espécies de árvores nativas no nosso pais são: chanfuta, mecrusse, panga-panga, pau-rosa, umbila, jambirre, pau-preto.

As florestas e outras formações vegetais nativas distribuem-se por cerca de 80 milhões de hectares, o que equivale a 75% da superfície total do país.

 

As florestas artificiais - criadas pelo homem - ocupam uma área de aproximadamente 46 000 hectares para uma potencial área de reflorestamento de 1 000 000 ha. Muito pouco! A maior parte das florestas naturais localiza-se em Manica, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado. As espécies mais frequentes nas florestas artificiais são os pinheiros e eucaliptos.

 

A província de Manica é a que detém a maior percentagem de florestas artificiais. Para além de Manica, que contém 51% das florestas artificiais, pratica-se também a silvicultura em Dondo (Sofala) e Lichinga (Niassa), e em Marracuene, Namaacha e Salamanga (Maputo).

Conservação e protecção

Os principais factores da degradação dos recursos florestais são naturais e humanos. Os factores humanos são os que mais contribuem para esta degradação.

Os recursos florestais representam cerca de 80% da energia consumida no pais sob a forma de lenha ou carvão.

 

As queimadas que as populações fazem para poderem praticar a agricultura e a caça, assim como afugentar os animais, o derrube de árvores para construção de estradas, os novos assentamentos da população e a instalação de indústrias conduzem ao desflorestamento, o que origina uma multiplicidade de efeitos negativos. A maior parte destes factores ocorre na proximidade dos centros urbanos.

 

Já vimos que as árvores têm grande aplicação em muitas áreas da Vida social, económica e ambiental.

Assim, é necessário que o aproveitamento das árvores seja feito de uma forma controlada e racional.

 

Devem estabelecer-se medidas que controlem ou evitem o derrube das árvores para fins de agricultura itinerante, pois esta acção prejudica sobremaneira o desenvolvimento da cobertura vegetal.

 

O uso de combustíveis lenhosos nos centros urbanos e periurbanos tem tendência a diminuir com a introdução de outras fontes de energia alternativas, como é o caso da electricidade e do gás.

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