É bem provável que você já tenha ouvido, inúmeras vezes, a palavra fotossíntese. Entretanto, talvez não tenha pensado no por que desse nome, na sua importância, quais organismos podem realizá-la, etc.

Os seres heterotróficos necessitam de obter matéria orgânica e não orgânica (água, minerais, vitaminas, glícidos, lípidos e proteínas) do meio ambiente, alimentando-se de outros organismos ou dos seus produtos.

O processamento de alimentos pelos seres heterotróficos inclui os processos de ingestão, digestão e absorção. Todos os animais, todos os fungos e grande parte dos protistas e das bactérias são heterotróficos.

A nível celular, o processamento e a utilização dos nutrientes são idênticos (fonte de energia e síntese de biomoléculas) nos seres unicelulares e nos pluricelulares e iniciam-se sempre com a sua absorção.

A absorção é a passagem de substâncias simples do meio externo para o meio interno. Nos seres unicelulares, a absorção ocorre directamente através da membrana celular. A ingestão de alimentos pelos seres pluricelulares, obriga a uma digestão extracelular, com transformação de moléculas complexas em moléculas mais simples, capazes de serem absorvidas pelas células.

A fotossíntese compreende duas fases sucessivas:   

 Fase fotoquímica – dependente da luz;

 Fase química – não dependente da luz.

Ingestão, digestão e absorção

Como os alimentos contêm, em regra, moléculas complexas, nos seres heterotróficos, desde os seres unicelulares até aos mais complexos, ocorre um conjunto de processos de modo que os constituintes dos alimentos sejam simplificados para poderem ser aproveitados nível celular.

Deste modo, após a ingestão, as moléculas experimentam digestão a qual pode ocorrer no interior das células – digestão intracelular – ou fora das células – digestão extracelular.

As substâncias mais simples resultantes da digestão podem então experimentar uma absorção.

Digestão intracelular

As células englobam, muitas vezes, por endocitose, partículas alimentares, constituídas por moléculas complexas.

Nas células eucarióticas existe um conjunto de organitos membranares, alguns dos quais elaboram moléculas com uma intervenção importante na digestão intracelular.

Neste conjunto de organitos, incluem-se o retículo endoplasmático, o complexo de Golgi e os lisossomas, que mantêm entre si uma relação funcional.

Como se processa a digestão intracelular?

A digestão intracelular ocorre no interior da célula, em cavidades resultantes da fusão de vesículas endocíticas com lisossomas, designadas por vacúolos digestivos.

As macromoléculas existentes nos vacúolos são decompostas em moléculas mais simples pelas enzimas hidrolíticas dos lisossomas.

Estas podem, então, transpor as membranas dos vacúolos digestivos para o hialoplasma por diferentes processos de transporte.

Os resíduos alimentares são expulsos para o exterior da célula por exocitose.

A digestão intracelular é típica, mas não exclusiva, de seres heterotróficos unicelulares.

Digestão extracelular

Na maioria dos seres heterotróficos multicelulares, a digestão realiza-se fora das células – digestão extracelular podendo ocorrer fora do corpo (digestão extracorporal) ou dentro do corpo (digestão intra-corporal).

Nos fungos a digestão é extracorporal, com lançamento de enzimas hidrolíticas para o exterior do corpo, onde se realiza a digestão, e posterior absorção de nutrientes.

Na maioria dos animais, a digestão extracelular ocorre em cavidades digestivas onde, após a ingestão, são lançados sucos digestivos contendo enzimas, que actuam sobre os alimentos, transformando-os em substâncias mais simples, capazes de serem absorvidas. É uma digestão intracorporal.