Burguesia é um termo dado originalmente aos habitantes dos burgos (cidades) que se formaram no fim da Idade Média e que tinham como actividade o comércio. Com o tempo, esse termo passou a ser usado para designar todo grupo economicamente forte que visava transformar os meios de produção com fins lucrativos.

Contexto histórico

Começada na Idade Média, a burguesia tem como principal característica possuir todo o sistema económico da sua época, sendo ela alimentadora das outras classes sociais – como uma pirâmide. Mas além do papel económico, a burguesia tinha um papel social na formação de costumes, já que substituiu o papel antes ocupado pelo feudalismo (considerado decadente e desgastado).

Sua origem

 Tudo começou nas famosas Cruzadas, onde a troca de experiências e mercadorias com povos do oriente e consequentemente novas rotas marítimas causaram uma revolução na forma de organização da economia daquela época.

Os mercadores começaram a construir cidades com muralhas em volta, e com o passar do tempo os camponeses que vinham dos falidos feudos e procuravam um novo meio de sobrevivência, começaram as corporações de ofícios. Eles eram liderados por um mestre artesão, responsável pela parte produtiva e administrativa, que cuidava desde a qualidade dos produtos até as normativas da corporação.

Características da burguesia

Para poder participar de uma corporação, era obrigatório seguir os padrões da sociedade, principalmente a religião.

Os trabalhadores das corporações eram chamados de jornaleiros, eles moravam nos casarões dos mestres de ofício, também existiam os aprendizes, que queriam aprender uma função no ramo do artesanato.

Antes, as cidades não passavam dos limites da muralha e não passavam de 20 mil habitantes. Mas as cidades aumentaram e junto com elas as feiras viraram grandes centros de comércio, e com esse crescimento se criou uma grande malha económica que deu segurança para os comerciantes iniciarem práticas bancárias.

A igreja católica era contra as práticas da burguesia, porque essa nova cultura de acumulo de capital visando o lucro não era atractivo para os costumes da igreja, já que essa prática não era muito bem vista pela sociedade daquela época.

Toda essa potência económica gerou um questionamento sobre quem realmente detinha o poder na sociedade: os burgueses, o clero ou a monarquia? Tomados pela certeza de que eles sustentavam o todo da classe social, começaram as manifestações e logo depois as revoluções. As mais conhecidas são a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa. Elas conseguiram tirar o poder absolutista monarca e o papel da igreja em tomar decisões sobre o estado.

Com os avanços desse sistema, e com maiores conquistas de posses e terras começou a primeira revolução industrial, que trouxe a adesão de máquinas e se desenvolveu o sistema capitalista industrial. Daí dividiu-se burguesia e proletariado.

A burguesia serviu principalmente para substituir o sistema feudalista, que não estava mais suprindo as necessidades da época, consequentemente foi substituída por um sistema de produção automatizada em massa.