Os portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam ao Zaire em 1482. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelos portugueses desta região de África, incluindo Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com o Reino do Congo, que dominava toda a região.

A sul deste reino existiam dois outros, o do Reino de Ndongo e o da Matamba, os quais não tardam a fundir-se, para dar origem ao Reino de Angola cerca de 1559. Explorando as rivalidades e conflitos entre estes reinos, na segunda metade do século XVI, os portugueses instalam-se na região de Angola. O primeiro governador de Angola, Paulo Dias de Novais, procura delimitar este vasto território e explorar os seus recursos naturais, em particular os escravos.

A penetração para o interior é muito limitada. Em 1576 fundam São Paulo da Assunção de Luanda, a actual cidade de Luanda. Angola transforma-se rapidamente no principal mercado abastecedor de escravos para as plantações da cana-de-açúcar do Brasil.

Durante a união ibérica (1580-1640), os holandeses procuram desapossar os portugueses desta região, ocupando grande parte do litoral: Benguela, Santo António do Zaire, e as barras do Bengo e do Cuanza.

Em 1648, tropas portuguesas expulsam os holandeses, possibilitando o reatamento das linhas de comércio, então essencialmente tráfico de escravos, de Salvador da Bahia e Rio de Janeiro com Luanda.

Até pelo menos finais do século XVIII, Angola funciona como um reservatório de escravos para as plantações e minas do Brasil ou de outras colónias portuguesas do continente americano. A ocupação dos portugueses apostas nas fortalezas e feitorias estabelecidas na costa.