Resistência no sul de Moçambique

No início do século XIX, (no sul de Moçambique) Lourenço Marques era uma pequena povoação onde viviam alguns comerciantes portugueses com as suas famílias e um governador representando o rei de Portugal. Este obrigava a população a pagar imposto que se chamava, imposto de palhotas.

A expulsão dos soldados portugueses levou o governo de Lourenço Marques a procurar aliança junto dos chefes das povoações vizinhas que aceitassem pagar imposto.

Em 7 de Novembro de 1894, deu se a batalha de coalela. Os portugueses organizavam se para o ataque em forma de quadrado, esta chamou-se de táctica de quadrado.

Em 28 de Dezembro de 1895, os portugueses atacaram a capital do império de gaza (Manjacaze), nesta batalha os portugueses utilizaram metralhadoras, cavalos e eram chefiados por Mouzinho de Albuquerque. O Ngunguhane, imperador de gaza e Matibjane chefe de Zixaxa foram presos e deportados para a Ilha de Açores (em Portugal) onde vieram a falecer.

Continuando os Portugueses no território, a luta de resistência contra os colonialistas também continuou com o novo chefe Maguiguane. Este resistiu heroicamente aos portugueses atacando com sucesso os postos militares dos Portugueses.

Em 8 de Agosto de 1897, deu se a batalha de Macontente. Nesta batalha os portugueses utilizaram metralhadoras, cavalos e sipaios. Os nossos guerreiros utilizavam lanças, setas e espingardas de carregar pela boca.

A resistência no centro de Moçambique

Na região centro, antigos prazeiros e chefes de Báruè resistiram de modo tenaz, durante muitos anos chefiados por Cambuemba.

Cambuemba foi derrotado em 1902 quando os portugueses utilizaram um grande número de soldados, metralhadoras e canhões. Em 1917 os colonialistas portugueses obrigaram a população a participar na construção de estradas e alistarem-se no exército Português. Este descontentamento chamou se a rebelião de Báruè.

A população de Báruè, Tete, Manica e Sofala revoltaram se contra estas decisões durante cinco anos, os Portugueses não conseguiram derrotar o povo de Báruè.

A superioridade das armas dos Portugueses, a falta de união entre os moçambicanos e traição de alguns chefes enfraqueceu a heróica resistência do nosso povo.

A resistência no norte de Moçambique

Também no norte de Moçambique houve forte resistência do povo a ocupação colonial portuguesa.

Os namarrois, povo desta região utilizavam uma táctica diferente dos guerreiros de Gaza, eles utilizavam a emboscada que consistia na maior movimentação dos guerreiros em pequenos e grandes grupos. Aproveitavam as montanhas, árvores e capim para se esconderem e atacavam de surpresa os colonialista portugueses.

Chefes destacados: Mucutumunu (Monapo), Ibrahim (ilha de Moçambique), Farlai de Angonia, Mataca de e Mussa Quanto de Nampula.

A emboscada atrapalhava muito os soldados portugueses por isso sofreram muitas derrotas. As guerras dos Namarrois começaram em Outubro de 1896 e depois de defendidos os combates por onde participaram travadores do Norte e do Sul com apoio de Mouzinho de Albuquerque Farlahi  e outros chefes de Monapo e da Ilha de Moçambique alcançaram sucessivas vitorias em batalhas sangrentas, a principal batalha foi no quartel de Parapato onde houve destruição de vários quartéis portugueses ate Mongical,

Farlahi foi preso em 1910 e foi deportado para Guine, onde veio a morrer em 1918, e em Cabo-Delgado também os guerreiros do planalto de Moeda resistiram heroicamente até 1920

Referencias

http://40anos-dev.portaldogoverno.gov.mz/por/Resistencia;

http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2008_THOMAZ_Fernanda_do_Nascimento-S.pdf;

https://colegiomoz.blogspot.com/2018/09/a-resistencia-no-centro-de-mocambique.html;

https://www.teorico.co.mz/2018/07/as-resistencias-e-conquista-no-sul.html.