O movimento nacionalista em Moçambique foi constituído inicialmente por três grupos que, de forma isolada, lutavam pacificamente pela independência: UDENAMO, UNAMI e MANU.

 A UDENAMO (União Democrática Nacional de Moçambique) foi fundada em 1960 por Adelino Guambe, um jovem de apenas 19 anos. A UNAMI (União Nacional para Moçambique Independente) foi fundada em 1961 e a Mozambican African National union  (MANU) em 1959.

Para melhor enfrentar o inimigo colonial, os três movimentos unificaram-se num primeiro congresso resultou a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), tendo  Eduardo Mondlane sido eleito presidente do partido.

Muitos jovens foram recrutados e treinados, tanto em Nachingwea, na Tanzânia, com noutros países que apoiaram a nossa luta (Argélia, Marrocos, China e União soviético).

O acolhimento de guerrilheiros, por estes países, foi muito importante para a vitoria nosso povo contra o colonialismo português.

A 25 de Setembro de 1964 teve inicio a luta armada com o ataque ao posto administrativo de China.

A guerra durou 10 anos. O povo das regiões onde ocorreu o conflito e os próprios guerrilheiros passaram por inúmeras dificuldades, na medida em que lutavam contra um exército muito mais bem equipado e forte.

A ofensiva Nό Gόrdio, levada a cabo por Kaulza de Arriaga, em 1971, foi um dos momentos mais difíceis da guerra. A tropa colonial usou forças terrestres bem equipadas e tropas transportadas por helicópteros que bombardeavam tudo que o que estivesse à vista. Os guerrilheiros, dirigidos por Samora Moisés Machel, souberam resistir e, com o apoio do povo das zonas libertadas de Cabo Delgado e Niassa, derrotaram Kaulza de Arraga.

Após a queda do regime ditatorial em Portugal, registou-se uma alteração politica relativa à colonização.

Portugal aceitou então negociar a independência de Moçambique. A 7 de Setembro de 1974, foram assinados os Acordos de Lusaka, à luz dos quais seria operada a transferência do poder para as mãos do povo moçambicano.