Abaixo segue uma lista com os nomes dos principais regentes do Antigo Egito, que deixaram suas marcas permanentes na história.

Akhenaton

Quando Amenófis IV (Akhenaton) recebeu a coroa, ele se deparou com um excessivo poder clerical. Os sacerdotes de Heliópolis desejavam que Rá fosse o deus-supremo de seu reinado; os hierofantes de Mênfis, por sua vez, desejavam Ptah e os de Tebas, Amon.

Amenófis IV, tentando neutralizar o poder religioso dos sacerdotes, não escolheu nenhum dos deuses sugeridos, mas sim, um deus até então secundário, Aton (“Raios do Sol”).

O conflito com os sacerdotes de Amon foi tão grande que Amenófis IV muda a capital do Egito e confisca todos os bens dos templos de Amon e repassa-os para Aton. Ele próprio muda seu nome, retirando Amon (Amenófis IV) e colocando Aton (Akhenaton).

As reformas propostas por Akhenaton visavam a implantação do monoteísmo no Egito, em substituição ao panteão de deuses até então existentes. Imagens e inscrições de outros deuses foram todas destruídas, além do mais, a transferência da capital do país de Tebas para Akhetaton, foi uma forma de pressionar o povo a abandonar o politeísmo.

As reformas de Akhenaton não sobreviveram por muito tempo. Todo o tempo dele era dedicado à implantação das mudanças religiosas ocorrendo, daí, uma desintegração do Egito como império. Isto, combinado com a oposição dos sacerdotes politeístas, provocou o enfraquecimento de seu reinado.

Depois da morte de Akhenaton, a capital do país voltou a ser Tebas, bem como, os deuses anteriores restabelecidos.

Cabe ressaltar que Aton, idealizado por Akhenaton, foi o primeiro deus verdadeiramente ecumênico, não apenas dos egípcios, mas de todos os homens. Em última análise, Akhenaton tinha uma visão mais holística que Moisés, que pregava um deus único pertencente aos hebreus somente. Akhenaton é considerado o fundador da Ordem Rosa-Cruz.

Cleópatra VII

Cleópatra VII, rainha do Egito, foi uma das mulheres mais fascinantes de todos os tempos. Ela tinha grande inteligência e beleza, usando-as politicamente em favor do Egito. Cleópatra assumiu o trono em 51 a.C.

Em 48 a.C César desembarcou no Egito em perseguição ao seu rival, Pompeu. Quando Cleópatra soube que César estava em seu palácio em Alexandria, ofereceu um tapete como um presente.

Cleópatra teve com César um filho chamado Cesário, que significa “pequeno César”. Quando César voltou a Roma, ela o seguiu com o bebê e morou na vila de César fora de Roma onde ele constantemente a visitava.

Cleópatra voltou ao Egito, em 44 a.C., após o assassinato de César. Cleópatra nomeia seu filho Cesário como novo faraó após a morte do regente egípcio, provavelmente envenenado por ela.

O Império Romano foi tomado pela guerra civil que se seguiu após a morte de César. Marco António, sucessor no trono romano, chamou Cleópatra para responder sobre um suposto auxílio que ela estava dando aos seus inimigos. A rainha chegou, vestida como Ísis, numa barcaça magnífica; ela deu boas-vindas a Marco António com festas e entretenimentos. Fascinado por ela, ele a seguiu até Alexandria.

Depois de um inverno festivo com Cleópatra, Marco António voltou a Roma. Ele se casou com Octávia, irmã de Otaviano (depois chamado de Augustus), contudo, ele ainda amava Cleópatra.

Octaviano descobriu a relação entre Marco António e Cleópatra e declarou guerra aos dois. Marco Antônio e Cleópatra juntaram 500 navios, que ficaram bloqueados por Otaviano ao largo da costa oeste da Grécia, em 31 a.C., fato este, conhecido como Batalha de Actium.

Cleópatra escapou do bloqueio e Marco Antônio a seguiu, mas a frota deles se rendeu. No ano seguinte, Octaviano atacou Alexandria e novamente derrotou os dois.

Marco António morreu nos braços de Cleópatra e ela, após, cometeu suicídio através da picada de uma serpente venenosa.

Tutankhamon

Ele só tinha 18 anos quando morreu. Tutankhamon (originalmente Tutankhaton) deve sua fama principalmente ao fato da descoberta de sua tumba completamente intacta em 1922. Os artefatos notáveis da tumba, inclusive a sua máscara funerária, estão à mostra no Museu Egípcio do Cairo.

Tutankhamon era possivelmente o filho de Amenófis IV e de sua esposa Nefertiti. Tutankhamon se tornou faraó após a morte do pai (1362 a.C.) e se casou com sua meia-irmã Ankhesenamon, para solidificar a sua ascensão ao poder.

A morte de Tutankhamon foi súbita e surpreendente, ao deixando nenhum herdeiro. Ele foi enterrado no Vele dos Reis, em Luxor.

Ankhesenamon, viúva de Tutankhamon, manda uma carta ao rei hitita Suppiluliuma onde relata suas preocupações:

“… o meu consorte morreu sem deixar herdeiros. Tu, pelo que se diz, tem muitos filhos. Se aceitas enviar-me um dos Teus filhos, Ele será o meu esposo e o Rei do Egito. Jamais me sujeitarei a desposar um dos meus servos e tenho medo dos demais…”

Zannanza, filho do rei hitita, foi enviado para casar com Ankhesenamon, mas foi morto ao ingressar em terras egípcias. Como o prazo de setenta dias necessários para o sepultamento de Tutankhamon tinham se passado e não havia nenhum herdeiro legal, Ay, o vizir de Tutankhamon casou-se com Ankhesenamon, sendo ele, provavelmente responsável pela morte do príncipe hitita e de Tuthankhamon, em sua ambição de chegar ao poder do Egito.

Das 60 tumbas do Vale dos Reis só a de Tutankhamon não foi descoberta e seus tesouros roubados. Não foi descoberto mais cedo em parte porque o nome dele, junto com o de outros faraós da mesma dinastia, estavam ausentes das listas reais da 19a Dinastia.

Djoser

Era o segundo rei da 3a Dinastia, filho de Khasekhem (Khasekhemwy). Também conhecido como Netjerykhet, ele regeu durante quase duas décadas e construiu a pirâmide de Saqqara, projetada pelo seu vizir Imhotep. Durante o seu reinado, o Egito enfrentou sete anos de escassez de água e Djoser pediu ajuda a Imhotep para solucionar o problema; seu Sumo-Sacerdote sugeriu que ele erguesse um templo ao deus Khnum em Elefantino. Assim que o templo ficou pronto, milagrosamente, a escassez de água terminou, e Djoser e Imhotep foram imortalizados por esse ato de fé.

Ramses II

Da sua vida pessoal, quase nada se sabe. A sua primeira e favorita rainha foi Nefertari. O fato de, em Abu Simbel, o mais pequeno lhe ter sido dedicado, e à Deusa do Amor, mostra o afeto que existiu entre eles. Ela parece ter morrido comparativamente cedo, no reinado, e o seu belo túmulo, no Vale das Rainhas, em Tebas, é bastante conhecido.

Outra função dos faraós era travar batalhas constantes contra os invasores do Alto e do Baixo Egito. Quatro anos após Ramses II ter sucedido seu pai, Seti I, aos 25 anos, os inimigos de sempre dos egípcios, os Hititas, invadiram o Baixo Egito pelo norte. O inexperiente faraó juntou rapidamente um exército de 20000 homens, e marchou para a faixa de Gaza para enfrentar um exército hitita com quase o dobro de soldados. A batalha acabou, em termos territoriais, igual. Depois de muitas mais escaramuças, durante cerca de quinze anos, o sucessor de Muwatalli, Hatuusilis III, pediu um tratado de paz, que o Egito aceitou.

Este tratado durou o resto da vida de Ramses. No entanto foi muito ajudado pelo se casamento com Maat-Hor-Neferure em 1246 a.C., casamento este que por pouco não se realizava por causa de divergências quanto ao dote. Sabe-se também que, mais tarde, o faraó casou com outra filha do rei Hitita cujo nome se desconhece.

Numa época em que a expectativa de vida era, em média, de 40 anos, Ramses deve ter parecido quase imortal ao viver até os 92 anos, idade em que, finalmente e faraó vai para o “Mundo de Osíris”.

A Matemática no Egito Antigo

Por volta do ano 4000 a.C., algumas comunidades primitivas aprenderam a usar ferramentas e armas de bronze. Aldeias situadas às margens de rios transformaram-se em cidades.

A vida ia ficando cada vez mais complexa. Novas actividades iam surgindo, graças, sobretudo ao desenvolvimento do comércio. Os agricultores passaram a produzir alimentos em quantidades superiores às suas necessidades. Com isso algumas pessoas puderam se dedicar a outras actividades, tornando-se artesãos, comerciantes, sacerdotes, administradores.

Como conseqüência desse desenvolvimento surgiu a escrita. Era o fim da Pré-História e o começo da História.

Os grandes progressos que marcaram o fim da Pré-História verificaram-se com muita intensidade e rapidez no Egito.

Você certamente já ouviu falar nas pirâmides egípcias. Pois é, para fazer os projectos de construção das pirâmides e dos templos, o número concreto não era nada prático. Ele também não ajudava muito na resolução dos difíceis problemas criados pelo desenvolvimento da indústria e do comércio.

Como efectuar cálculos rápidos e precisos com pedras, nós ou riscos em um osso?

Foi partindo dessa necessidade imediata que estudiosos do Antigo Egito passaram a representar a quantidade de objectos de uma colecção através de desenhos – os símbolos. A criação dos símbolos foi um passo muito importante para o desenvolvimento da matemática.

Na Pré-História, o homem juntava 3 bastões com 5 bastões para obter 8 bastões. Hoje sabemos representar esta operação por meio de símbolos: 3 + 5 = 8.

Muitas vezes não sabemos nem que objectos estão somando. Mas isso não importa: a operação pode ser feita da mesma maneira.

Mas como eram os símbolos que os egípcios criaram para representar os números?

Há mais ou menos 3600 anos, o faraó do Egito tinha um súbdito chamado Aahmesu, cujo nome significa “Filho da Lua”. Aahmesu ocupava na sociedade egípcia uma posição muito mais humilde que a do faraó: provavelmente era um escriba. Hoje Aahmesu é mais conhecido do que muitos faraós e reis do Antigo Egito. Entre os cientistas, ele é chamado de Ahmes. Foi ele que escreveu o Papiro Ahmes.

O Papiro Ahmes é um antigo manual de Matemática. Contém 80 problemas, todos resolvidos. A maioria envolvendo assuntos do dia-a-dia, como o preço do pão, a armazenagem de grãos de trigo, a alimentação do gado.

Observando e estudando como eram efetuados os cálculos no Papiro Ahmes, não foi difícil aos cientistas compreender o sistema de numeração egípcio. Além disso, a decifração dos hieróglifos (inscrições sagradas das tumbas e monumentos do Egito) no século XVIII também foi muito útil.

O sistema de numeração egípcio baseava-se em sete números-chave: 1 – 10 – 100 – 1000 – 10000 – 100000 – 1000000.

Na escrita dos números que usamos actualmente, a ordem dos algarismos é muito importante. Mas os egípcios não se preocupavam com a ordem dos símbolos