Considera-se que as bases da fundação do Império Húngaro foram estabelecidas entre o século IX pelos chefes Magiar árpad, cujo bisneto Estêvão I ascendeu ao trono com uma coroa. Enviada por Roma em 1000. O reino de Hungria existiu sem interrupções por 946 anos, e em diversos momentos foram vistos como um dos centros cultural do mundo ocidental.

Os ricos vales do médio Danúbio e de Tiza, onde se herdeu o estado húngaro, tinham sido habitados em tempos muito remotos por tribos eslavas. Estas terras, antiga província Romena da Panomia, foram parcialmente incorporadas á grande Morávia. Durante o ultimo décimo do séc. IX, a região sofreu o ataque dos húngaros. Sete tribos de origem fino-úgria, inicialmente estados entre a Volga e o kama, no Ural central,

Constituíram uma união em que os magiares foram desempenhando a pouco e pouco o papel preponderante.

Actividades Económicas da Hungria

 Na abordagem de Abrasson et all (1978), as tribos hangares, nómadas, destacavam-se sobre tudo a criação de animais. Ainda antes, do êxodo, constituiu-se uma aristocracia de nascimento que concertou nas suas mãos os melhores rebanhos e pastagens. Os húngaros assaltavam e pilhavam, com grande frequência, as tribos vizinhas. A aristocracia tribal enriqueceu graças aos saques.

Em princípio do séc. XI, os húngaros puseram-se em marcha. Atravessaram as estepes da Ucrânia e da Moldávia e penetraram na Panomia. Tendo a grande Morávia sido destruída no inicio do séc. X, apoderam-se da maior parte das suas terras, entre as quais a Eslováquia. As tribos eslavas ficaram sob o poder da Aristocracia Húngaro. O contacto com os eslavos, que tinham um regime social superior e que cultivavam a terra, acelerou o desenvolvimento sócio económico dos húngaros, que foram abandonando o nomadismo lentamente e se dedicaram á cultura da terra. No entanto, na primeira metade do séc. X, bandos de cavaleiros húngaros continuaram a fazer incursões na Bulgária, em Bizâncio, na Itália, na Germânica ate em França.

As invasões começaram a ser menos frequentes na segunda metade do séc. X, sobre tudo depois de os húngaros terem sido derrotadas em Lechfeld, perto de Ausgsburgo, em 955. As relações feudais começaram a formar se na Hungria a partir do séc. X. os cativos trazidos no decurso das invasões estavam fixados á gleba. Ao mesmo tempo, os membros livres das comunidades eram convertidos em servos. Outro indício da feudalização: a Hungria converteu-se ao cristianismo no final do séc. X. (ibidem).

A Hungria no reinado de Estêvão I (997-1038)

Para Abrasson et all (1978), foi uma etapa importante para reforço da Igreja católica Romana na Hungria e para o progresso das relações feudais.

Estêvão segundo distribuir, com mão larga, terra e camponeses, pelos seus companheiros de armas. As leis então promulgadas aboliram todas as instituições tribais; todo o território do país foi dividido em circunscrições administrativa chamada contados, dirigidos por funcionários reais, os condes o conselho de rei passou a ser a instância suprema. O país também foi dividido em províncias, e eclesiásticas. Houve dois Arcebispados e vários Bispados.

O desenvolvimento das relações tribais e a cristianização enfrentaram a oposição das massas populares. Houve revoltas isoladas no reinado do Estêvão I mas foram particularmente violentos e 1041, quando os Insurrectos tiveram a sua frente um representante da velha aristocracia de linhagem, Aba-Chamuel que foi proclamado Rei. O objectivo era voltar aos antigos usos comunitário e ao paganismo.

Os feudais Húngaros chamaram em seus socorrem o imperador Henrique III. Em 1044, conseguiram destituir o rei “ Camponês”. Mas não tardou a eclodir nova revolta popular em 1046.