Aspectos económicos da Hungria

 Na abordagem de Abrasson et all (1978:281), as tribos hangares, nómadas, destacavam-se sobre tudo a criação de animais. Ainda antes, do êxodo, constituiu-se uma aristocracia de nascimento que concertou nas suas mãos os melhores rebanhos e pastagens. Os húngaros assaltavam e pilhavam, com grande frequência, as tribos vizinhas. A aristocracia tribal enriqueceu graças aos saques.

Em princípio do séc. XI, os húngaros puseram-se em marcha. Atravessaram as estepes da Ucrânia e da Moldávia e penetraram na Panomia. Tendo a grande Morávia sido destruída no inicio do séc. X, apoderam-se da maior parte das suas terras, entre as quais a Eslováquia. As tribos eslavas ficaram sob o poder da Aristocracia Húngaro. O contacto com os eslavos, que tinham um regime social superior e que cultivavam a terra, acelerou o desenvolvimento sócio económico dos húngaros, que foram abandonando o nomadismo lentamente e se dedicaram á cultura da terra. No entanto, na primeira metade do séc. X, bandos de cavaleiros húngaros continuaram a fazer incursões na Bulgária, em Bizâncio, na Itália, na Germânica ate em França.

As invasões começaram a ser menos frequentes na segunda metade do séc. X, sobre tudo depois de os húngaros terem sido derrotadas em Lechfeld, perto de Ausgsburgo, em 955. As relações feudais começaram a formar se na Hungria a partir do séc. X. os cativos trazidos no decurso das invasões estavam fixados á gleba. Ao mesmo tempo, os membros livres das comunidades eram convertidos em servos. Outro indício da feudalização: a Hungria converteu-se ao cristianismo no final do séc. X.

A Hungria no reinado de Estêvão I (997-1038)

Segundo Abrasson et all (1978:282), foi uma etapa importante para reforço da Igreja católica Romana na Hungria e para o progresso das relações feudais.

Estêvão segundo distribuir, com mão larga, terra e camponeses, pelos seus companheiros de armas. As leis então promulgadas aboliram todas as instituições tribais; todo o território do país foi dividido em circunscrições administrativa chamada contados, dirigidos por funcionários reais, os condes o conselho de rei passou a ser a instância suprema. O país também foi dividido em províncias, e eclesiásticas. Houve dois Arcebispados e vários Bispados.

O desenvolvimento das relações tribais e a cristianização enfrentaram a oposição das massas populares. Houve revoltas isoladas no reinado do Estêvão I mas foram particularmente violentos e 1041, quando os Insurrectos tiveram a sua frente um representante da velha aristocracia de linhagem, Aba-Chamuel que foi proclamado Rei. O objectivo era voltar aos antigos usos comunitário e ao paganismo.

Os feudais Húngaros chamaram em seus socorrem o imperador Henrique III. Em 1044, conseguiram destituir o rei “ Camponês”. Mas não tardou a eclodir nova revolta popular em 1046.

Biblíografia

http://www.letras.ufrj.br/veralima/historia_arte/Hilario-Franco-Jr-A-Idade-Media-PDF.pdf;

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Hungria;

https://www.marxists.org/portugues/manfred/historia/v01/14.htm.