Clima de Guiné-Bissau
As características climáticas da Guiné-Bissau derivam, obviamente, da sua posição geográfica. A Guiné-Bissau está situada a igual distância entre o equador e o trópico de câncer, entre oceano atlântico e o grande bloco sudanês-saheliano.
A desigualdade de aquecimento das massas continental e oceânica que favorece um regime de monção e sua proximidade ao oceano, subdividem o país em duas zonas climáticas seguintes:
- A zona de litoral ou de clima guineense: sofre a influência dos ventos alísios marítimos com origem no anti-ciclone dos Açores é fresco, húmido e actua, de vez em quando, no litoral, onde com frequência se desvia para Oeste sob impulso de monção marítima ou brisa da tarde.
- A zona do interior ou de clima sudanês-saheliano: sofre a influência dos ventos alísios continentais com origem no anti-ciclone do Sahara, no solstício de Inverno, é originalmente fresco e seco, sendo que o fresco se faz sentir intermitentemente na zona litoral do país e o seco vai-se tornando cada vez mais quente a medida que se progride para o sul.
Como clima tropical, a temperatura média anual é de 26ºC, distinguindo-se duas estações nítidas, a húmida que vai de Maio a Novembro, e a seca que vai de Dezembro a Abril. Quanto a precipitação, o total anual é elevado no litoral (cerca de 2000mm) do que no interior, sendo as primeiras chuvas em Maio, aumentando gradualmente até atingir o ponto mais alto em Agosto e continua até finais de Outubro.
Relevo da Guiné-Bissau
O relevo da Guiné-Bissau é bastante homogéneo, compreendendo zonas de altitude pouco acentuadas, sendo os valores máximos atingidos cerca de 300m. Distinguem-se 5 zonas principais:
Planície Litoral: é de origem fluvio-marinha com sedimentos arenosos formados pelos meandros de vários rios com seus múltiplos braços, onde as marés se alargam na praia-mar;
Peneplanície de Gabú: caracteriza-se por ondulações suaves e com uma rede hidrográfica pouco nítida. Não é fácil separar os planaltos das planícies aluviais que perdem importância de que se revestem no planalto de Bafata e nas planícies do litoral;
Planalto de Bafata: engloba os cursos inferiores do rio Geba e Corubal. Encontra-se uma couraça areno-ferruginosa que aflora na base ou no cimo das encostas, quebrada sempre por uma cornija rígida. È um planalto com vertentes acentuadas, individualizando-se fortemente das planícies aluviões percorridos por rios meándricos;
As Colinas de Boé: no Leste, são formados pelos contrafortes ocidentais do maciço de Futa Djalon, estendendo-se para a zona de Corubal e passando, gradualmente à peniplanície de Gabú. Caracterizam-se por uma série de Colinas de altitude não superior a 300m, de topos planos e vales abertos;
As zonas de transição: situam-se ambas imediatamente a Leste do limite inferior das marés: a de Forrêa, que estabelece a transição entre o planalto de Bafatá e as Colinas de Boé e a de Oio a Norte pelo planalto de Bafatá e a peniplanicie do Gabú.