Várias são as causas do rápido crescimento da população mundial. Os índices de mortalidade nos países em desenvolvimento tiveram uma queda significantemente grande após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espetacularmente as doenças e a mortalidade infantil.

Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam tendo, em média, seis filhos.

Previsões sobre a população mundial futura

O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. Ao longo dos últimos dez anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projecções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados.

Consequências do aumento populacional

O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos, mas a verdade é que os alimentos estão mal distribuídos mundialmente, uma vez que, nos países desenvolvidos existe um grande problema de saúde por excesso de alimentação (obesidade e problemas cardiovasculares).

Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população actual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais.

Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros, provocado pelos avanços dos meios de transporte. O facto de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande actividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.

Medidas a tomar para conter tal aumento

Para tentar conter o elevado aumento populacional já estão sendo tomadas e estudadas certas medidas. É necessária a expansão de serviços de alta qualidade de planejamento familiar e saúde reprodutiva. As gestações indesejadas ocorrem quando os casais que não querem ter uma gravidez não usam nenhum método para regular eficazmente a fertilidade. Uma das prioridades de vários governos dos países em via de desenvolvimento deve ser oferecer aos casais e a pessoas individuais serviços apropriados para evitar tais gravidezes.

Deve-se também divulgar mais informação sobre planeamento familiar e aumentar as alternativas de métodos anticoncepcionais, nos casos em que tal seja legal.

É também muito importante a consciencialização do público sobre os meios existentes para a regulação da fertilidade e o seu valor, da importância da responsabilidade e da segurança na prática de relações sexuais e a localização dos serviços. Deverão ser criadas condições favoráveis para várias famílias pequenas.

Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as adolescentes. Melhorias na situação econômica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.