Terramoto o abalo sísmico – é a libertação instantânea de energia que gera ondas elásticas que se propagam pela terra. Para ocorrer um terramoto, é necessário haver condições para o acumulo de esforços nas rochas, com consequente libertação.

O terramoto também pode ser causado por desmoronamento no interior da crosta terrestre, por actividades desenvolvidas pelo homem, como a constituição de represas ou explosões e por erupções vulcânicas.

Origem dos terramotos

Os terramotos surgem com movimentos bruscos e repentinos do terreno de um falhamente. Portanto, a ruptura da rocha e o mecanismo pelo qual o terramoto e produzido.

As rochas comportam se como corpos elásticos e podem acumular deformações submetidas a esforços de compreensão ou de tracção. Quando este esforço excede o limite de resipiscência da rocha esta rompe ao longo de plano novo ou pré-existente de fractura chamada falha, em que a totalidade dos terramotos tem origens tectónicas, isto é, são associados a falhamento geológico.

Entretanto, terramotos podem ser também ocasionados por actividades vulcânicas ou pela própria acção do homem que, neste caso recebe a denominação de sismos induzidos. Como exemplo significativo temos os sismos produzidos por explosões nucleares ou geradas pela criação de grandes reservatórios hidroeléctricos.

Existem diversos tipos de ondas elásticas que são libertadas quando ocorre um terramoto. Os tipos mais importantes são: ondas P (ou primarias) – movimentam as partículas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A direcção do movimento das partículas “e paralela à direcção da propagação da onda;

Ondas S (ou secundarias) – movimentam as partículas do solo perpendicularmente à direcção da propagação da onda.

As ondas P propagam-se pela crosta terrestre com velocidade típica de 6 a 8 Km/s em rochas consolidadas; a velocidade das ondas S “e tipicamente 60% a 70% da velocidade da onda P no material.

Apesar da velocidade das ondas variarem com as propriedades das rochas (densidade, rigidez, compressibilidade), a razão entre a velocidade das ondas P e S é praticamente constante. Isto permite que, observando o tempo de chegada destas, possamos estimar a distância do local onde ocorreu o sismo (basta multiplicar o tempo S-P em segundos, pela velocidade de 8 Km/s para uma estimativa grosseira da distancia entre o foco e a estacão).

As ondas sísmicas são registadas por sismógrafos, equipamentos sensíveis que detectam e registam o movimento das partículas do solo em uma determinada direcção. Sismógrafos distribuídos em diversos locais do mundo registam os terramotos. Estes registos (sismogramas) são analisados e fornecem informações sobre o sismo.

Os divisos tipos de mecanismos que podem causar os terramotos dão origem a sismogramas com características distintas. Assim, é possível distinguir entre sismos locais, sismos associados a explosões nucleares, sismos causados por actividades vulcânicas ou associadas a grandes eventos tectónicos.

Causas dos terramotos

Os terramotos são causados pela movimentação das tectónicas, um grupo de doze grandes blocos da crosta terrestre onde estão assentados os oceanos e os continentes. Essas placas estão em constantes movimentos à deriva sobre o magma incandescente que se movimenta à baixo delas.

Zonas de ocorrência dos terramotos

Os terramotos ocorrem normalmente ao longo da junção entre essas placas que colidem, afundam ou deslizam entre si libertando grandes quantidades de energia.

A velocidade com que as placas deslizam ou colidem varia entre poucos milímetros até 10 ou mais centímetros por ano.