A partir de 1885, cumprindo com os compromissos de Berlim, as potencias imperialistas iniciaram um processo de ocupação efectiva dos seus territórios, que assumiu diversas formas. Era necessário que a presença colonial se fizesse sentir em toda a vistidão dos territporios coloniis, contrariamente a ocupação do litoral como era prática de algumas potencias. Para o estabelecimento desta ocupação efectiva, foram usadas pelas potencias imperialistas duas formas de administração.

A admnistração directa, onde os colonizadores estabeleciam uma máquina administrativa completamente trazida das metrópoles, sem se dar espaço a estrutura tradicional pré-existente, é relegada a um plano secundário. Este tipo de colonização foi caracteristica em Moçambique, onde Portugal institui administradores colonias europeus, desde a provincia até aos postos mais reconditos do pais.   

A administração indirecta era caracterizada pela manuteção das estruturas tradicionais no poder e pela continuidade do respeito das normas da sociedade. Porém, a antiga estrutura tradicional deixou de ser autónoma e passou a depender da potencia colonizadora. Esta administração foi prática corrente da Inglaterra e, por algumas vezes, da França. Com o fim do sistema colonial, esta forma foi aperfeiçoada, passando as potencias a controlar a vida dos paises através da manuteção de governos neoco-lonias e uma forte dependencia económica.

Em função da administração, distinguem-se tres tipos de colónias:

As Colonias de Povoamento, por falta de habitantes ou por o seu número ser reduzido, as potencias colonizadoras se viram obrigadas a povoarem o novo território por seus próprios habitantes, isto é, gente vinda da metrópole. Esta prática foi usada pelos ingleses ao colonizarem a Austrália e Nova Zelandia, e pelos espanhóis ao colonizarem a América Latina, etc.

As Colónias de Exploração, que constituem a maioria das colonias conhecidas, são marcadas pelo facto de existir nos seus territórios um número razoável de habitantes, que são usados como mão-de-obra para a exploração colonial. São exemplos destas colónias a Rodésia do Sul e do Norte, Moçambique, Angola e outras.

Os Protectorados são territórios marcados pela administração colonial indirecta. Nestes  territórios a autoridade colonial é mantida de forma intacta, sem haver qualquer interferencia da metrópole. Os regimes tradicionais, geralmente monarquias, continua a exercer a sua actividade controladora, mas são agora protegidos pelas suas metrópoles e os chefes tradicionais são tidos como súbditos das coroas metropolitanos. São exemplosa Swazilandia, o Malawi e o Lesotho na nossa região.

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