As rochas sedimentares são aquelas formadas por meio da erosão, transporte (fluvial, marítimo ou eólico) e deposição de sedimentos (clastos ou detritos) derivados da desagregação e decomposição de rochas na superfície terrestre, da precipitação química ou, ainda, do acúmulo de fragmentos orgânicos

As rochas sedimentares são originadas a partir da consolidação de sedimentos, que são materiais resultantes da acção do intemperismo, da erosão e de posterior transporte de uma rocha preexistente, ou da precipitação química ou ainda da acção biogénica.

A Sedimentologia é um dos ramos da geologia que tem como objectivo estabelecer as relações entre processos sedimentares, como transporte e deposição de sedimentos, DAMASCENO (2017, p. 18), enquanto, a Petrologia Sedimentar está voltada para os processos de transformação (diagénese) dos depósitos sedimentares, após a deposição.

De acordo com BRITO (2012, P. 48), as rochas sedimentares, resultam do processo de deposição dos sedimentos em suspensão ou transportados por um fluido, normalmente a água.

As Rochas Sedimentares são agregados consolidados de fragmentos de rochas (ígneas, metamórficas ou sedimentares), como também de restos de organismos. As rochas sedimentares constituem apenas 5% da camada exterior do planeta Terra, compreendendo cerca de 16km de espessura.

Rochas sedimentares, de acordo com o ciclo da matéria, são aquelas formadas a partir do material originado da destruição erosiva de qualquer tipo de rocha encontrada na superfície do planeta, tal material ao ser transportado e posteriormente depositado forma depósitos sedimentares, constituindo, assim, inúmeros ambientes de sedimentação na superfície terrestre.

Quando uma rocha é constituída predominantemente por uma só espécie mineral ela é dita monominerálica. Exemplos são os quartzitos (quartzo), mármores calcíticos (calcita), mármores dolomíticos (dolomita), serpentinitos (serpentina). Quando uma rocha é formada por várias espécies minerais ela é dita poliminerálica. É o caso, por exemplo, dos granitos (quartzo, feldspatos, micas, anfibólios e piroxênios).

As rochas detríticas são em geral denominadas, segundo o tamanho dos grãos em: conglomerado e brecha (mais de 25% dos grãos com tamanho> 2 mm), arenito (mais de 50% dos grãos com tamanho entre 2 e 0,06 mm), siltito (0,06 e 0,004 mm) e argilito (<0,004 mm). Folhelho é a denominação para siltito e argilito com maior grau de fissilidade. Essas rochas são muitas vezes friáveis devido à baixa coesão dos constituintes, interferindo directamente nas características mecânicas dessas rochas.

Quanto a composição, as Rochas Sedimentares podem ser compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento, acumulados em áreas deprimidas; Correspondem a 60% da superfície do território brasileiro; Contém material fóssil; formam as bacias, conforme atesta

Estima-se que as rochas sedimentares constituem apenas 5% da camada exterior de 16 km de espessura da Terra. No entanto a importância deste grupo de rochas é muito maior do que aquela que esta percentagem poderia indicar. A maioria de formações rochosas à superfície são de natureza sedimentar (cerca de 75%) o que está relacionado com o fato de os sedimentos se acumularem à superfície da terra.

O mesmo autor, acrescenta ainda que, as rochas sedimentares têm a sua origem na deposição sucessiva de camadas horizontais de sedimentos apresentam-se normalmente em estratos cuja inclinação varia consoante a acção de movimentos tectónicos ao longo da vida geológica das formações. É de referir que muitas rochas sedimentares têm uma grande importância económica. O carvão, por exemplo, é classificado como uma rocha sedimentar. O petróleo e o gás natural são também encontrados em associação com outras rochas sedimentares tais como, por exemplo, o sal-gema (idem).

Para NUNES e JUNIUO (2009, P. 18), os principais tipos de rochas sedimentares são: arenito, argilito, siltito, brecha, tilitos, calcário e sílex.

Classificação das rochas sedimentares

As rochas sedimentares podem ser classificadas de acordo com a origem dos sedimentos que as compõem em clásticas e químicas. Por sua vez, as Clásticas ou Terrígenas são formadas a partir da acumulação de materiais resultantes dos processos erosivos e transportados na forma de partícula, e as Químicas correspondem aos materiais produzidos por precipitação química, de origem Inorgânica ou orgânica.

A maneira mais usual de classificação das rochas sedimentares dá-se pela identificação da textura apresentada pelas mesmas, NUNES e JUNIUO (2009, P.19). Portanto, os fragmentos ou partículas oriundos de rochas preexistentes, aqui denominadas de sedimentos clásticos ou mecânicos, apresentam-se como sedimentos macroclásticos e microclásticos, (idem).

Os sedimentos macroclásticos abrangem os seixos ou psefitos, bem como as areias ou psamitos; já os sedimentos microclásticos englobam as lamas ou pelitos. No entanto, é possível nos deparar com diferentes propostas classificatórias quanto à variação das dimensões apresentadas pelas partículas dos sedimentos.

O material clástico pode ocorrer em um depósito com uma só classe granulométrica ou, mais comummente, apresentar-se com classes misturadas nas mais variadas proporções.

Nesse último caso, a classificação baseia-se na média ponderal de cada classe granulométrica.

Os sedimentos também podem ter origem química ou orgânica, sendo que os derivados de processos químicos se formam a partir da precipitação de solutos devido à diminuição da solubilidade ou da evaporação da água, enquanto os de origem orgânica se formam pelo acúmulo de restos de organismos, já que os seres vivos podem agir como agentes geológicos de modo destrutivo ou construtivo.

 As rochas sedimentares são caracterizadas por sua estratificação, pois são geralmente formadas por camadas superpostas que podem diferir uma das outras em composição, textura, espessura, cor, resistência, etc. Os planos de estratificação, também chamados de planos de sedimentação, são normalmente planos de fraqueza da rocha, que muito influem no seu comportamento mecânico.