Introdução

Morte (do latim mors), significa  óbito (do latim obitu), falecimento (falecer + mento), passamento (passar + mento), ou ainda desencarne (deixar a carne), são sinônimos usados para se referir ao processo irreversível de cessamento das atividades biológicas necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora classificado como vivo.

Após o processo de morte o sistema não mais vive; e encontra-se morto. Os processos que seguem-se à morte (pós-morte) geralmente são os que levam à decomposição do sistema. Sob condições ambientais específicas, processos distintos podem segui-la, a exemplo aqueles que levam à mumificação natural ou a fossilização de organismos.

A morte faz-se notória e ganha destaque especial ao ocorrer em seres humanos. Não há nenhuma evidência científica de que a consciência continue após a morte, no entanto existem várias crenças em diversas culturas e tempos históricos que acreditam em vida após a morte.

Morte

Historicamente, tentativas de definir o momento exato da morte foram problemáticas. A identificação do momento exato da morte é importante, entre outros casos, no transplante de órgãos, porque tais órgãos precisam de ser transplantados, cirurgicamente, o mais rápido possível.

Morte já foi anteriormente definida como parada cardíaca e respiratória mas, com o desenvolvimento da ressuscitação cardiopulmonar e da desfibrilação, surgiu um dilema: ou a definição de morte estava errada, ou técnicas que realmente ressuscitavam uma pessoa foram descobertas: em vários e vários casos, respiração e pulso cardíaco são realmente restabelecidos após cessarem. Em vista da nova tecnologia, atualmente a definição médica de morte é conhecida como morte clínica, morte cerebral ou parada cardíaca irreversível.

A morte cerebral é definida pela cessão de atividade eléctrica no cérebro, mas mesmo aqui há correntes divergentes. Há aqueles que mantêm que apenas a atividade eléctrica do neo-córtex deve ser considerada a fim de se definir a morte.

Por padrão, é usada contudo uma definição mais conservadora de morte: a interrupção da atividade elétrica no cérebro como um todo, incluso e sobretudo no tronco encefálico – responsável entre outros pelo controle de atividades vitais essenciais como batimentos cardíacos e respiração – e não apenas no neo-córtex, diretamente associado à consciência. Essa definição – a de morte cerebral – é a adotada, por exemplo, na “Definição Uniforme de Morte” nos Estados Unidos.

Mesmo frente a uma definição precisa de morte, a determinação da mesma ainda traz suas peculiaridades, e pode ser difícil. A exemplo,EEGs podem detectar pequenos impulsos elétricos onde nenhum existe, enquanto houve casos onde atividade cerebral em um dado cérebro mostrou-se baixa demais para que EEGs os detectassem. Por causa disso, vários hospitais possuem elaborados protocolos determinando morte envolvendo EEGs em intervalos separados, e não raro mediante os pareceres autônomos de no mínimo dois médicos.

A história médica contém muitas referências a pessoas que foram declaradas mortas por médicos, e durante os procedimentos para embalsamento eram encontradas vivas. Histórias de pessoas enterradas vivas levaram um inventor no começo do século XX a desenhar um sistema de alarme que poderia ser ativado dentro do caixão.

Por causa das dificuldades na definição de morte, na maioria dos protocolos de emergência, mais de uma confirmação de morte, tipicamente fornecida por médicos diferentes, é necessária. Alguns protocolos de treinamento, por exemplo, afirmam que uma pessoa não deve ser considerada morta a não ser que indicações óbvias que a morte ocorreu existam, como decapitação ou dano extremo ao corpo.

Face a qualquer possibilidade de vida, e na ausência de uma ordem de não-ressuscitação, equipes de emergência devem proceder ao transporte o mais imediato possível até ao hospital, para que o paciente possa ser examinado por um médico. Isso leva à situação comum de um paciente ser dado como morto à chegada do hospital.

Classificação das mortes

  • Real
  • Atividade neurológica
  • Aparente
  • Sincopal
  • Histérica
  • Asfíctica
  • Tóxica
  • Apoplética
  • Traumática

Quanto à rapidez

  • Morte rápida
  • Morte lenta

Principais causas de morte no mundo

Segundo os dados apresentados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças hereditárias são as responsáveis pela maior parte das mortes no mundo, entre as quais cabe destacar as doenças cardiovasculares, o câncer, a diabetes e as doenças pulmonares crônicas. Dentre as tais existem:

  • Isquemias no coração – (7 milhões de pessoas);
  • Derrames cerebrais – (6,2 milhões de pessoas);
  • Infecções respiratórias – (3,2 milhões de pessoas);
  • Doenças pulmonares – (3 milhões de pessoas);
  • Diarreia – (1,9 milhões de pessoas)
  • AIDS – (1,6 milhões de pessoas);
  • Câncer de traquéia, brônquios e pulmão – (1,5 milhões de pessoas);
  • Diabetes – (1,4 milhões de pessoas);
  • Acidentes de trânsito – (1,3 milhões de pessoas);
  • Prematuridade e baixo peso no nascimento – (1,2 milhões de pessoas).

Conclusão

Cheguei a conclusão de que com notórias consequências culturais e suscitando interesse recorrente na Geografia, existem diversas concepções sobre o destino da consciência após a morte, como as crenças na ressurreição (religiões abraâmicas), na reencarnação (religiões orientais, Doutrina Espírita, etc.) ou mesmo o eternal oblivion (“esquecimento eterno”), conceito esse o comum na neuropsicologia e atrelado à ideia de fim permanente da consciência após a morte.

As cerimônias de luto e práticas funerárias são variadas. Os restos mortais de uma pessoa, comumente chamado de cadáver ou corpo, são geralmente enterrados ou cremados. A forma de disposição mortuária pode contudo variar significativamente de cultura para cultura.

Bibliografia

CHIAVENATO, Júlio José (1939 – ); A morte, uma abordagem sociocultural; Moderna (Coleção Polêmica); 1988.

Cartner, Rita; et alii – O Livro do Cérebro – Rio de Janeiro – Agir – 2012 – ISBN:978-85-220-1361-6