Periodização Histórica é um método cronológico que é usado para contar e separar o tempo histórico da humanidade. A periodização é o estudo da História Geral da Humanidade que costuma dividir a história humana, por convenção e exclusivamente para fins didáticos, em cinco períodos, épocas ou idades – ao que se denomina periodização clássica da história – como a Pré-história, a Idade Antiga, Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea.

A importância da periodização da história reside na sua necessidade para a sistematização do estudo do passado da humanidade, facilitando desta maneira, o estudo do ensino da história.

A questão da limitação e dificuldade da periodização da história consta sobre tudo na dificuldade de articulação a divisão clássica em história universal historia regionais não a europeia e particularmente a história de Angola.

A periodização, seus critérios e problemas

A História é uma ciência que tem como elementos fundamentais: o tempo e o espaço, para de poder enquadrar os factos históricos.

Periodização: é a maneira de ordenar de forma cronológica os acontecimentos históricos, isto é, desde a antiguidade até a actualidade.

A periodização histórica desempenha uma grande importância no estudo dos períodos históricos da humanidade. Também permite compreender a sistematização do estudo do passado da humanidade.

Periodização da história de angola

A periodização da História de Angola goza de um período conturbado, complexo e de difícil compreensão.

Exemplo: a data de 1482 possui um grande significado histórico para o Congo e não para o resto do território angolano. O mesmo pode se dizer da data de 1575 que tem um grande significado para Luanda igualmente sem muito interesse para o resto do território de Angola.

A História de Angola deve-se em 8 períodos:

1- As civilizações pré-Históricas (desde os primeiros habitantes de Angola – os Pigmeus e os Khoisan e termina com a migração Bantu.

2- Período dos reinos do território que é hoje Angola (antes e depois da chegada dos europeus, terminando convencionalmente em 1482.

3- O chamado período do mercantilismo colonial (tem início com a chegada de Diogo Cão na foz do rio zaire em 1482 e termina em 1885.

4- O capitalismo comercial (vai de 1885-1910);

5- Quinto período (1910-1926);

6- Angola no período entre 1926-1961 (implementação da 2ª República e termina com o desenvolvimento do nacionalismo africano)

7- Início da luta da luta armada até à Independência Nacional (1961-1975);

8- Período pós-independência (desde 1975 até aos dias actuais).

Obs.: Estes dois últimos períodos são mais recentes que possuem maior número de bibliografias, por isso são os períodos mais conhecidos da História Angolana.

Os Grandes Períodos da História de Angola

Assim organizei esta Viagem Pela História de Angola em grandes períodos ou épocas, na esperança de que a extensão dos tópicos se torne mais fácil de se compreender.

Esta periodização é um pouco arbitrária e opaca, contudo é talvez a mais aceite pela maioria dos estudiosos da História de Angola. Assim sugiro que na História de Angola encontramos quatro grandes épocas distintas, a saber:

Pré-História de Angola

A Pré-História de Angola, começa com a Idade da Pedra acaba com o fim do Período Neolítico – em geral de há quarenta mil anos até cerca do ano 1.000 depois de Cristo; cobrindo a proto-história dos povos pré-Bantos – Khoisan, Pigmeus, Cuissis, e Cuepes, que desde longa data habitam o actual território de Angola, até à chegada dos primeiros povos Bantos.

Por sua vez, o Período Pré-Histórico é geralmente dividido em épocas que incluem a Idade da Pedra, o Período Neolítico, e o povoamento do território pelos povos pré-Bantos Pigmeus, Khoisan, até à chegada dos primeiros povos Bantos à região no Séc.XIII, precursores do Antigo Reino do Congo.

Por norma, os Povos Cuíssis e Cuepes são classificados como pré-bantos, o que não quer dizer que existiam como povos diferenciados antes da chegada dos povos Bantos à região. Um número crescente de estudiosos partilha a opinião de que esses povos são de facto o resultado do cruzamento ou absorção de antigos grupos Khoisan pelos recém-chegados povos Bantos à região.

Período Pré-Colonial

O Período Pré-Colonial, que começa com a Idade do Ferro, as grandes migrações dos povos Bantos, e o consequente estabelecimento dos reinos da savana, até que termina na data da chegada dos Portugueses ao Antigo Reino do Congo em 1481 – desde cerca do ano 1.000 depois de Cristo até aos fins do Séc. XV, que inclui a época que vai desde a chegada dos povos Bantos à região que hoje compreende o território de Angola no Séc. XIII e a chegada dos Portugueses nos fins do Séc. XV.

Foi durante o período Pré-Colonial que se formaram os primeiros estados Bantos na região pelos povos Ambundos e Bakongo. Este período na história de África inclui a Idade do Ferro, a origem dos povos Bantos e as suas grandes migrações para a África Central e Meridional, os antigos impérios sudânicos, os potentados do Golfo da Guiné, e os antigos estados Bantos que se estabeleceram nas bacias dos rios Zaire, Cuanza, Queve (ou Cuvo), Zambeze, Cunene, Cubango, Cuíto e Cuando, e os reinos Bantos dos Grandes Lagos e da África Oriental e Meridional.

Período Colonial

O Período Colonial, é definido pelos tempos de Angola colónia portuguesa – de 1483 a 1975;

O Período Colonial, começa com a chegada dos Portugueses ao Zaire em 1481 e termina com a Independência de Angola em 1975. O Período Colonial pode ser dividido em três épocas distintas:

a) Primeiro Período – A Época da Conquista Portuguesa – Desde os primeiros contactos com os Portugueses que chegaram ao Antigo Reino do Congo em 1481 e a eventual conquista do Antigo Reino do Ndongo e a fundação de Luanda em 1576 e o estabelecimento dos fortes portugueses de Massangano em 1583 e Muxima em 1594 ao longo do curso do Rio Cuanza. Durante este período, e como reflexão do mito do El Dorado resultante do achamento de enormes quantidades de ouro e prata na América Central e do Sul (civilizações Azteca, Maya e Inca) pelos Espanhois, a presença portuguesa era dominada pela procura das famosas minas de prata de Cambambe e do Sumbe Ambela, e em menor grau, pelo crescente tráfico de escravos para São Tomé, Europa e Brasil.

b) Segundo Período – A Época do Tráfico de Escravos, inicialmente orientada para os engenhos de açúcar de São Tomé, ainda nos fins do Séc. XVI, e depois para os engenhos de açúcar do litoral brasileiro (Maranhão, Pernambuco e Bahia) até aos finais do Sec. XVII, e mais tarde para as minas de ouro e diamantes de Minas Gerais e São Paulo. Depois da independência do Brasil em 1822 a exportação de escravos de Angola foi em parte orientada para os Estados Unidos e para Cuba, embora a maioria dos escravos continuasse a ser absorvido pelo Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais), já depois da abolição da escravatura em 1836 em Angola e até 1888, ano da proclamação da Lei Áurea no Brasil.

c) Terceiro Período – A Época de Exploração de Produtos Coloniais (produtos tropicais e minérios – mel, borracha, açúcar, café, algodão, tabaco, milho, diamantes, ferro, e petróleo) que começou em 1845 com o consulado do Governador Pedro Alexandrino da Cunha em 1845 e terminou com a independência de Angola em 1975. Esta época é principalmente definida pela Corrida à África pelas potências Europeias depois da Conferência de Berlim e o estabelecimento de impérios coloniais de estados europeus em África.

Foi durante este período que a ocupação efectiva do território pelos Portugueses se completou através das Campanhas Militares de Ocupação entre 1851 e 1925 (no contexto do imperialismo europeu e da Corrida à África), e a colonização branca do território se realizou, com a exploração mais intensa dos recursos agrícolas e mineiros.

Angola Estado Independente

Angola como estado soberano, depois da Independência, depois de 1975 até aos dias de hoje (2008). Angola Estado Soberano, começa com a descolonização de África, passando pela luta de libertação nacional, descolonização portuguesa, Independência, breve experiência marxista-leninista, Guerra Civil, petróleo bruto e diamantes e cleptocracia e corrupção, e por fim Angola em paz e em desenvolvimento.

Conclusão

Podemos concluir que esta unidade leva-nos a entender o grande significado que tem a ciência Histórica, suas origens, objecto de estudo, as fontes históricas assim como a grande função social que a História exerce na sociedade, bem como nos dá a entender a grande importância que a periodização tem na organização dos acontecimentos de uma forma cronológica.

Referências Bibliográficas

http://introestudohistangola.blogspot.com/2006/05/34-os-grandes-perodos-da-histria-de.html

pt.wikipedia.org/wiki/Periodização_da_História

wwwnelsondesousa.blogspot.com/…/periodizacao-e-seus-problemas.html

http://punivhistoria.blogspot.com/2013/02/a-ciencia-historica.html

MATERIAL de História da 11ª Classe; Ex. IMNE, 2005

PERDRO, Bengui; História 10ª Classe, 2008