1. Monoibridismo:

Mendel começou o seu trabalho fazendo experiências de mono-hibridismo, pois cruzou indivíduos de linhas puras que apresentavam uma dada característica contrastante entre si.

Mendel efetuou a polinização cruzada artificial, isto é, cortou os estames d flores ainda imaturas da planta utilizada como progenitor feminino e polvilhou os seus estigmas como pólen proveniente de anteras das flores da outra planta como progenitor masculino.

Exemplo de uma experiência de mono-hibridismo

Nos cruzamentos precisará de usar uma tabela denominada quadro de Punnett. Este nome deve-se a homenagem feita ao cientista Reginaldo Punnett, pelo facto de ter sugerido que a representação do quadro Mendeliano devia ser feito sob a forma de um xadrez, o que tornaria mais fácil encontrar os resultados esperados de um qualquer cruzamento.

Uma maneira mais rápida e eficaz de obter as possíveis combinações entre os genes de organismos heterozigóticos consiste em construir o quadro de Punnett.

Quadro de Punnett

Em todos os cruzamentos de duas linhas puras com características contrastantes, Mendel obteve sempre o mesmo resultado, a primeira geração (F1), ou híbridos da 1ª geração era constituída por indivíduos semelhantes entre si que apresentavam apenas a característica de um dos progenitores.

Analisando os resultados, o cientista Mendel chegou a seguinte conclusão:

Todos os híbridos da geração F1 são semelhantes uns aos outros em relação ao carácter em estudo, apresentando a característica de um dos progenitores;

Princípio da uniformidade dos híbridos da 1ª geração

O cientista Mendel usou as sementes das plantas obtidas no primeiro cruzamento e fez a autopolinização ou seja os indivíduos da primeira geração filial cruzaram-se entre sie verificou que as plantas originadas deram flores vermelhas e flores brancas, em quantidades diferentes. Estas plantas constituem a F2 (segunda geração)

Analisando estes resultados, Mendel constatou que:

Na 2ª geração surgiram ambas as características em estudo, sendo a proporção entre as plantas com flores vermelhas e as plantas com flores brancas de 3 para 1 (3:1) ou seja 75% de flores vermelhas e 25% de flores brancas, isto é, existiam três plantas de flores vermelhas para cada planta de flores brancas.

Mendel efetuou outras experiências de mono-hibridismo envolvendo diversos tipos de características. Em todos os casos obteve os mesmos resultados.

Mendel justificou os resultados obtidos com a seguinte explicação:

  • Cada organismo contém dois fatores hereditários para cada característica.
  • Na gametogénese, os fatores separam-se e cada gâmeta recebe apenas um dos fatores de cada par.

Os indivíduos da geração F2 apresentam diferentes características. Esta diferença é explicada pela disjunção dos fatores no momento da formação dos gâmetas. É o princípio da pureza dos gâmetas ou da segregação fatorial.

Cada um dos progenitores de linha pura possui, assim, dois fatores iguais relativamente ao carácter considerado responsável, na experiência efetuada, pela cor das flores, vermelha ou branca.

Os indivíduos da geração F1(primeira geração) resultam da união de dois gâmetas, cada um deles transportando um fator contrastante, um para a cor vermelha e outro para a cor branca. Possuem, deste modo, dois factores diferentes relativamente ao carácter em estudo.

Como os dois fatores se encontram juntos, mas só um deles (neste caso, a cor vermelha) se manifesta, chama-se a este fator o fator dominante.

O fator para a cor branca que não se manifesta na F1, quando o dominante está presente, chama-se factor recessivo. O fator recessivo só se manifesta nos indivíduos de linha pura.