No entendimento de  Romanelli (2002), a escola surge com o intuito de manter os desníveis sociais, sustentar os privilégios, “pois a própria institucionalização se mostra privilégio da classe dominante”.

Baseia-se na diferenciação, entre exploradores e explorados, podemos observar essa questão na obra de Bourdieu, intitulada “Reprodução”, onde afirma que a educação é perpetuação das diferenças.

De acordo com  Manacorda (2002), a educação moderna tem a necessidade de educar todos os homens, prima pela universalidade, proposta pela burguesia.

Visava em 1763 a formação da inteligência por meio do ensino da história e das ciências naturais, entretanto não visava atingir toda a população, Manacorda ( 2002) ressalta ainda que com a revolução industrial escola e fábrica nascem juntos, e provoca grandes mudanças na vida social dos indivíduos.

Com o advento da modernidade uma nova estrutura escolar começa a se instaurar.

De acordo com Saviani (1997), a escola começa a ser pensada como processo para a abolição da ignorância, mediadora para a instrução e conhecimento equacionando assim o problema da marginalidade “então a escola é dirigida, pois, no grande instrumento para converter os súditos em cidadãos”.

Não se pode deixar de mencionar que a escola como “direito” tem seu apogeu com a revolução francesa.

De acordo com Manacorda (2002), a pedagogia moderna, estabelece a separação da criança e do adulto para o processo de ensino- aprendizagem surge neste momento à descoberta da psicologia infantil.

A escola moderna adota as disciplinas científicas e produtos culturais antes excluídos, a escola tradicional começa a ser questionada por não conseguir efetuar a universalização, neste momento surge o movimento escolanovismo.

A ignorância deixa de ser o único motivo para a marginalização e o marginalizado passa a ser visto como rejeitado. Com o advento da modernidade, nasce à ideia de formação geral para todos.

De acordo com o arauto da educação Comênio seria preciso “ensinar tudo e a todos”.

As disciplinas psicologia da educação e sociologia da educação são importantes para analisar escola na modernidade, porque refletem no que tange o processo de democratização na educação.

Psicologia e sociologia buscam entender esse processo nos fatores: sociais, econômicos, culturais, etc.

Sob o olhar psicológico esse ser deverá se incluído na escola apresentando os mais diversos fatores: cognitivo, motor, social, etc.

O construtivismo pós piagetiano se baseia na teoria de que a aprendizagem humana é resultado de construção mental realizada pelos sujeitos com base na sua ação sobre o mundo e a interação com os outros.

Nessa mesma perspectiva o sócio- construtivismo mantém o papel da ação e da experiência do sujeito no desenvolvimento cognitivo, mas introduz com mais vigor  o componente social na aprendizagem tornando o papel determinante das significações sociais interações na construção de conhecimentos. Instrumentos cognitivos utilizados pelas crianças são também representações formadas nas interações sociais.