Fonte Histórica
Fonte Histórica é tudo aquilo que, por ter sido produzido pelos seres humanos ou por trazer vestígios de suas acções e interferência, pode nos proporcionar um acesso significativo à compreensão do passado humano e de seus desdobramentos no presente. As fontes históricas são as marcas da história.
Tipos de fontes históricas
São fontes históricas tanto os já tradicionais documentos textuais (crónicas, memórias, registos cartoriais, processos criminais, cartas legislativas, jornais, obras de literatura, correspondências públicas e privadas e tantos mais) como também quaisquer outros registos ou materiais que possam nos fornecer um testemunho ou um discurso proveniente do passado humano, da realidade que um dia foi vivida e que se apresenta como relevante para o Presente do historiador. Incluem-se como possibilidades documentais (ou, mais precisamente, no âmbito do que chamamos de fontes históricas) desde os vestígios arqueológicos e outras fontes de cultura material – a arquitectura de um prédio, uma igreja, as ruas de uma cidade, os monumentos, cerâmicas, utensílios da vida quotidiana – até representações
pictóricas, entre outras fontes imagéticas, e as chamadas fontes da história oral (testemunhos colhidos ou provocados pelo próprio historiador que conduz a sua investigação historiográfica)
Fontes da história: Documento histórico
São ‘fontes’ ou ‘documentos históricos’ tanto os textos escritos de todos os tipos, como também o são as fotografias, os objectos de cultura material ou quaisquer outros conteúdos e materiais que os historiadores utilizem como vestígios para apreender a história um dia vivida e para, concomitantemente, escreverem a História no outro sentido, o de produto de um campo de saber. O que ocorre é que a palavra ‘documento histórico’ era muito empregada desde o século XIX, quando os historiadores utilizavam como fontes de informação e como caminhos de análise, de modo muito mais preponderante, alguns tipos de textos como aqueles produzidos pelas instituições, pelos organismos do Estado e dos poderes constituído; ou, ainda, como as crónicas de época oficiais patrocinadas por estes mesmos poderes, entre outras possibilidades
Manuais históricos
Segundo Castro (2008, p. 17), o manual deve ser adaptado à realidade escolar, isto é, às necessidades, às prioridades, aos objectivos, ao modelo avaliativo e ao projecto educativo da escola e da disciplina onde é utilizado.
Assim, a elaboração dos manuais devem ter em conta o rigor histórico, incluindo adequadas reproduções dos vários tipos de fontes históricas, para além de bons textos historiográficos. (SCHMIDT, 2004, p. 44).
Textos de apoio
As ‘fontes textuais’ são as fontes verbalizadas que encontraram registo em alguma linguagem escrita (pois também poderíamos pensar em fontes verbalizadas orais, transmitidas exclusivamente através da fala). No entanto, entre os textos escritos (‘fontes textuais’), existe uma imensa variedade de diferentes géneros textuais que implicam, cada qual, seus próprios padrões de lidar com a linguagem, seus próprios objectivos e funções, bem como diferenciados tipos de leitores que são atingidos por cada um destes géneros. Penetramos, aqui, em um novo critério, a natureza do texto, ou o que convencionaremos chamar género do discurso.
Referencias Bibliográficas
ARENDS, R. I. (2008). Aprender a Ensinar. (7ª edição), Mc Graw-Hill, p. 129
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FERREIAR. A. Manual da disciplina de Metodologia de ensino e treinamento Universitário,2007.
JOHN, P. D. Caminhos para o desenvolvimento do conhecimento e da prática letiva. ed Lisboa, 2006.
LIBANEO.J.C. Didática das ciências sociais, São Paulo: ed Cortez, 1994.
MORRIS, A. K., J. lecionar as ciências para desenvolvimento 2ª ed, São Paulo, 2004, p44.