Aristóteles criou a lógica, definindo-a como um instrumento, uma introdução para a ciência e para o conhecimento. Tem por objeto de estudo o raciocínio.

A separação da validade formal do pensamento e do discurso da sua verdade material, a identificação dos conceitos básicos da lógica, a introdução de letras mudas para denotar os termos, a criação de termos fundamentais para analisar a lógica do discurso, forma algumas das contribuições feitas pelo Aristóteles, para ser o fundador da Lógica.

Aristóteles

No domínio da Lógica, a sua obra mais relevante é Organon, onde Aristóteles desenvolve os principais conceitos e mostra a importância da Lógica formal como instrumento principal do pensamento, como fundamento da verdade de todo o conhecimento intelectual.

Esta obra, ‟o Organon”, engloba várias obras, tais como, as Categorias; a Interpretação; os Primeiros Analíticos; os Segundos Analíticos; os Tópicos; as Refutações Sofísticas. Estas partes do Organon tratam de objetos que vão do mais simples até ao mais complexo, começando pelos elementos.

Em Categorias são abordados os elementos, ou seja, Aristóteles considera que os termos que se encontram isolados, ou que não se encontram combinados entre si não se pode considerar verdadeiros nem falsos, pois só a combinação deles é considerada verdadeira ou falsa.

Em Interpretação Aristóteles dedica-se à combinação de termos (proposições). As proposições têm que ser frases afirmativas ou negativas e não ordens, súplicas, etc. Uma proposição pode ser universal ou particular. Nesta parte do Organon Aristóteles considera ainda três princípios lógicos, tais como, Princípio da Identidade; Princípio da não-contradição; e o Princípio do terceiro excluído.

Em Primeiros Analíticos Aristóteles introduz o conceito de silogismo, ou seja num discurso, sendo dadas várias premissas torna-se clara a conclusão (ex: “Todos os Homens são mortais”; “Sócrates é Homem”; “Logo Sócrates é mortal” – exemplo clássico de silogismo).

Em Segundos Analíticos Aristóteles estuda a validade das premissas e considera que para que uma premissa seja verdadeira esta tem que ser também válida. Os Tópicos são manuais para debates de opiniões em sociedade, que servem para orientação de todos aqueles que se envolvem em competições públicas. Os Tópicos são essencialmente a lógica que Aristóteles concebeu quando ainda se encontrava influenciado por Platão. Em Refutações Sofísticas

Aristóteles analisa os raciocínios onde as premissas não são necessárias nem prováveis mas que aparentam ser premissas prováveis. Além de Organon Aristóteles escreveu ainda outras obras dedicadas a outras ciências: Ciências Físicas e Naturais (“Física”, “Da Alma”, “História dos Animais”); Ética (“Ética em Nicómaco”); Política (“Política”, “Constituição de Atenas”) entre outras.