A escola como uma organização tem sido alvo de estudo de vários autores. Um dos autores que mais tem chamado a atenção para estes aspectos, através de uma perspectiva neo-racionalista, ou de análise estratégica, que parte do principio de que um ser humano não tem apenas uma mão (escola clássica) e um coração (escola das relações humanas). Tem também uma cabeça, o que significa que é livre para decidir e para jogar o seu próprio jogo. Os subordinados podem ser considerados agentes livres que discutem os seus próprios problemas e fazem negociações sobre eles, que não só se submetem a uma estrutura de poder, mas também participam nessa estrutura.

Mas mesmo à margem de situações de conflito generalizado, ouros autores, no quadro de modelos analíticos com diferentes contornos, também não têm deixado de alertar para a importância da perspetival política, de tipo voluntarista, no que concerne às iniciativas e às margens de liberdade dos actores, mesmo nos mais apertados quadros político-institucionais.

Já o modelo de sistema social, que é uma aplicação da teoria dos sistemas, encara os processos organizacionais mais como fenómenos espontâneas, aceitando o seu carácter adaptativo e muito menos a intencionalidade da acção organizacional.

Valoriza especialmente o estudo da organização informal, dos processos de integração, de interdependência e de colaboração, admitindo a existência de consenso entre os objectivos (os objectivos são dados e não constituem matéria de dimensão).

A ênfase colocada na integração, de base psicossociológica, privilegia a consideração da cultura organizacional e do clima organizacional, tendo por isso a vantagem de não se centrar exclusivamente no estudo da morfologia organizacional, embora tenha o inconveniente de atribuir às organizações a atualização de comportamentos e a tomada de decisões, como formas de garantir a sua sobrevivência e a sua autorregulação. Privilegia, portanto, o consenso, a adaptação ao ambiente, a estabilidade.