Antes de começar a debruçar sobre o processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível saber o que é processo de ensino e aprendizagem, didáctica sob ponto de vista de alguns autores visto que este tripleto (PEA) e didáctica, não são termos novo no nosso seio sobretudo para os que estão abraçados na carreira docente. Portanto, sendo o processo de ensino e aprendizagem um foco da didáctica podemos começar a definir a didáctica de seguinte modo: na perspectiva de TAVARES (2011),  didáctica é uma disciplina do campo da Pedagogia que tem como objecto central de estudos, e de práticas, as relações entre as formas de ensino e aprendizagem e os desafios da docência na sociedade.

Significado da aula

Do lat. aula, gr. aulé, palácio, sala onde se recebem lições, classe, lição. Antigamente, seriam os locais para onde os discípulos eram conduzidos para que recebessem o conhecimento. Popularmente a palavra ‘’’aula’’’ pode ser usada para referir diversos objetos: o local que contém os meios (livros, mesas, quadro-de-giz, e outros) e pessoas (alunos e professores) necessários à realização da aula; o período estabelecido em que aluno e professor dedicam-se ao processo ensino-aprendizagem na escola; o momento em que dedica-se à aquisição de algum conhecimento, ou simplesmente a execução de alguma tarefa coordenada (Ex: uma aula de ginástica aeróbica em uma academia)

Segundo LIBÂNEO (2006: 178), processo de ensino e aprendizagem, é uma acção conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor estimula e dirige actividades em função da aprendizagem dos alunos, podemos dizer que a aula é uma situação didáctica básica de organização do processo de ensino, em que cada aula é uma situação específica, na qual objectivos e conteúdos se combinam com métodos e formas didáctica, visando fundamentalmente propiciar a assimilação activa de conhecimentos e habilidades pelos alunos.

Para LIBANEO apud SCARPELINI (2007), chama-se aula o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos.

Classificação ou estrutura de uma aula

O trabalho docente, sendo uma actividade intencional e planejada, requer estruturação e organização, a fim de que sejam atingidos os objectivos do ensino. A indicação de etapas do desenvolvimento da aula não significa que todas as aulas devam seguir um esquema rígido. A opção por qual etapa ou passo didáctico é mais adequado para iniciar a aula ou conjugação de vários passos numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectivos e conteúdos da matéria, das características do grupo de alunos, dos recursos didácticos disponíveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica, etc. por causa disso, ao estudarmos os passos didácticos, é importante assinalar que a estruturação da aula é um processo que implica criatividade e flexibilidade do professor, isto é, a perspicácia de saber o que fazer frente a situações didácticas especificas, cujo rumo nem sempre é previsível.

Trabalho com a matéria velha

Exercícios; recordação; e memorização.

Articulação entre as fases mediante:

Consolidação, recordação, sistematização, fixação, e aplicação.

Controlo e avaliação

Estruturação de uma aula. Fonte: adaptado do Libânio, 2006.

Fases da aula e sua dialéctica

Preparação e introdução da matéria

Esta fase corresponde ao momento inicial da preparação para o estudo da matéria nova. Ela compreende a preparação do professor, dos alunos, a introdução da matéria e a colocação didáctica dos objectivos.

Antes de entrar na sala e iniciar a aula, o professor precisa preparar-se através de um planeamento sistemático de uma aula ou conjunto de aulas. Ela assegura a dosagem da matéria e do tempo, o esclarecimento dos objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, a preparação de recursos auxiliares do ensino.

No início da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo; mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente.

É nesta fase que encontramos a motivação inicial que inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo.

O professor fará a colocação didáctica dos objectivos, estes que irão ajudar ao aluno a terem clareza dos resultados a atingir. Os objectivos devem ter significado real para a experiencia social dos alunos.