Conceito de paradigma da complexidade

Morin (1991) concebe o paradigma sob um ponto de vista mais amplo, para além da ciência em si, revelando-se como uma espécie de grande matriz do pensamento. No caso do Ocidente, essa matriz diz respeito aos desenvolvimentos da técnica, do capitalismo, da indústria, da burocracia, da vida urbana, tendo algo de paradigmaticamente comum entre os princípios de organização da ciência, da economia, da sociedade e do estado-nação.

Ainda no que se refere aos conceitos peculiares do denominado paradigma da complexidade, deduz-se então que auto-organização é o conceito central desse paradigma. A complexidade consiste na contínua autoprodução, auto-organização e autonomia dos sistemas.

Características de paradigma da complexidade

Assim, os estudos de MORIN levam aos princípios e características do paradigma da complexidade, fazendo referência sempre às noções de:

  • Ordem;
  • Desordem;
  • Organização;
  • Integração e
  • Desintegração;

De acordo com Morin (1982), é necessário considerar que sempre por trás da ordem e da organização, existe a desordem marcada pelas incertezas, ou seja, a organização não pode ser reduzida à ordem, embora a comporte e a produza. Portanto, se por um lado a desordem coopera na geração da ordem organizacional, por outro ela ameaça a ordem com a desintegração, seja por factores externos ou internos.

A sua aplicabilidade no campo de GRH

Pretende se mostrar como as organizações de trabalho, buscando a reestruturação competitiva, vem evoluindo de um paradigma mecanicista e simplificador para outro, integrador e complexo.