A Sensação é um fenómeno psíquico elementar que resulta da ação da luz do som do calor da ação mecânica sobre os órgão dos sentidos. Existe uma relação causal entre o estímulo exterior psicológico ao qual designamos sensação (Petrovski). Através dos órgãos dos sentidos e o ser humano adquire conhecimento da diversidade do mundo que o circunda (sons, corres, temperaturas etc.) e percebe em forma de vários tipos de sensações, informações sobre o estado do meio interno e externo.

Classificação das sensações quanto a origem:

Externas  

Sensações que reflectem as propriedades e aspectos isolados das coisas e fenómenos que se encontram no mundo exterior (visuais, auditivas, gustativas, o olfactivas e auditivas, gustativas, olfactivas e tácteis).

Estimulo-causa física (calor, luz…)

Receptor-orgao do sentido

Internas: reflectem os movimentos de partes isoladas do nosso: do nosso corpo e o dos órgãos internos – ao conjunto  chama- se sensibilidade geral. Neste grupo definem -se 3 tipos de sensações

Motoras (receptores nos músculos e tendões)

Equilibrio (receptores no ouvido interno e avisam-nos da posição do corpo e da cabeça)

Propioceptivas (receptores na face interna das viceras-estomago, intestinos, e pulmões

Propriedades ou características das sensações

Intensidade refere-se a totalidade em que as sensações podem se apresentar Modalidades a propriedade que permite nos distinguirem as sensações entre si.

Exemplo:

Verde, escuro ou claro.

Qualidade aquela que Permite distinguir as diferencias sensoriais dentro da mesma modalidade, ex.son baixo, médio ou alto.

Duração e o lapso de tempo que medeia entre o inicio e o fim da sensação

Extensão e o espaço do tempo afectado pela sensação.

Limiares das sensações

Limiar inicial ou limiar absoluto inferior é a quantidade mínima de exitante ou estimulo necessária para que se produza uma sensação.

Limiar máximo ou absoluto superior e a quantidade máxima com exitante da qual a sensação não se produz ou aumenta.

Limiar diferencial e a quantidade relativa necessária para aumentar ou diminuir o efeito da sensação.

Transtorno das sensações

Hipertesia e a propriedade de sentir o estimulam adequados com muita intensidade.

Hipostesia e propriedade de diminuição da sensibilidade

Anestesia e a propriedade de falta de dor.

Paraestesia propriedade em que o estimulo não produz a sensação adequada e habitual.

A Percepção- é um fenómeno complexo através do qual se apreende e se interpreta o mundo exterior como sendo ordenado em totalidades. Osestímulos presentes bem como as experiencias interiores são todos integrados e elaborados numa visão de conjunto. (Petroviski. 1985:223)

O ser humano precisa perceber tudo o que de novo acontece no seu dia-a-dia, de modo a dar respostas adequadas a tais necessidades. Em quanto as sensações reflecte propriedades isoladas dos objectos, a percepção representa o objecto na integridade, no conjunto das suas propriedades.

Característica da percepção

Materialidade- manifesta-se no acto de objectividade, isto, e na ligação de informação recebida do mundo exterior como o mundo interior do individuo. A materialidade da percepção desempenha um papel especial da regulação da conduta.

Integridade-diferentemente da sensação em que se refe algumas propriedades isoladas do objecto e influencia os órgãos do sentido, a percepção e imagem integra do objecto.

Constância da percepção- a constância da percepção que se forma da premissa indispensável para vida e actividade do ser humano, sem isso, o ser humano não poderia orientar-se nesse mundo variável e mutáveis, esta constância pode ser de 3 tipo: de grandeza, de forma, de cor.

De grandeza (estabilidade de percepção em relação ao tamanho dos objectos),de forma (em relação que os objectos normalmente tem).

De cor (que tem haver com a quantidade de luz recebida)

Intelecção da percepção esta ligada de forma estrita ao pensamento, compreensão da essência do objecto.

Transtorno da percepção

Alucinação é falsa percepção de um objecto ou fenómeno que não existe no campo sensorial do sujeito.

Ilusão e a percepção distorcida de uma situação, é o erro ou falsa percepção de um objecto realmente existente no campo sensorial do objecto.

Metamorfose o individuo o nota mudança de forma e tamanho em objecto.

As aptidões cognitivas que intervém na percepção

A percepção como actividade cognitiva depende de outros factores, tais como: a consciência a linguagem, a memória e do processamento da informação.

Tipos de percepção

Percepção real ou de objecto físico. Ex. Percepção de uma casa, caneta, lápis etc.

Percepção pessoal ou percepção de uma pessoa. Ex. Perceber o carro (jean.1988:89)

Este capítulo traz a noção do ser humano como um processador de informações.

As informações do meio externo são processadas em dois níveis; os níveis da sensação e da percepção.

A sensação é entendida como uma simples consciência dos componentes sensoriais e das dimensões da realidade (mecanismos de recepção informações).

A percepção supõe as sanções acompanhadas dos significados que lhes atribuímos como resultados da nossa experiência anterior.

Por exemplo: na escuridão de seu quarto, à noite, alguém vê uma sombra fracamente delineada e escura. Estas são as únicas informações fornecidas pelos sentidos; no entanto, a sombra é percebida como um familiar casaco azul, de botões dourados.

A percepção pode ser definida como o “processo de recepção, selecção, aquisição, transformação e organização das informações fornecidas através dos nossos sentidos ”.

Determinantes da Percepção

Os factores determinantes da percepção podem ser classificados em: (1) Mecanismos do percebedor, ou seja, os órgãos receptores, os nervos condutores e os cérebros; (2) as características do estímulos e (3) o estado psicológico de quem percebe.

 (2) e (3), já que o factores (1) pode ser estudado  em obras de Fisiologia, que abordam o tema com a profundidade adequada, a qual não corresponderia aos objectivos de um capitulo introdutório, como este.

Para isso, é preciso focalizar a atenção sobre ele. A atenção é uma condição essencial para que haja percepção.

Quem percebe, selecciona aspectos do meio ambiente percebidos simultaneamente pela mesma pessoa.

A percepção é, assim, a selecção de estímulos por meio da atenção, as características do estímulo são as condições externas ao percebedor , ou determinantes objectivos da percepção. Realmente, alguns estímulos chamam mais a nossa atenção do que outros. Há outros que nem são percebidos pelo homem. Ex.: ruídos de 20 decibéis.

Aprendizagem e Percepção

Pergunta-se: a percepção é um processo inato ou aprendido?

A resposta à questão acima é que a “percepção contem sempre um componente aprendido, mas não é exclusivamente uma questão de aprendizagem ”.

Como a maioria das actividades humanas, a percepção resulta de uma interacção complexa entre tendências inatas, maturação e aprendizagem.

Experiencias feitas com recém nascidos de diversas espécies de animais inferiores, como pintinhos, mostram que eles são receptivos e capazes de discriminar formas de objectos, escolhendo, para bicar, aqueles objectos semelhantes a coisas que eles normalmente comem.

No entanto, a precisão da picada dos pintinhos aumenta com a prática.

Estas constatações nos indicam que a resposta de bicar, dependente da percepção, tem componentes inatos e aprendidos.

Outro tipo de estudo que pode fornecer uma resposta à questão é o estudo feito com indivíduos congenitamente cegos, que, em resultados e operações, conseguem enxergar pela primeira vez.

Tais estudos mostraram que os indivíduos não puderam reconhecer formas, objectos e nem pessoas familiares com base na sua aparência visual, logo após a operação.

Em todos os casos, foi necessário um longo período de treinamento para que tais indivíduos pudessem inferir significados das suas percepções visuais.

Estas e outras observações parecem indicar que a aprendizagem perceptiva ocorre rapidamente durante um período crítico inicial, e que, se não ocorrer nesta ocasião, torna-se muito mas difícil a desenvolver posteriormente.

Assim, a percepção é um processo em que a aprendizagem desempenha um importante papel, desenvolvendo-se sobre os fundamentos das tendências inatas de resposta e da maturação.

Alem disso, pode-se facilmente constatar a influência da aprendizagem na percepção, comparando-se, como o fizeram alguns estudos, as diferenças na maneira pela qual os mesmos estímulos são percebidos em diferentes sociedades.

Uma criança esquimó distingue entre numerosos tipos de neves, assim como outras crianças, moradora de cidade grande distingue numerosas marcas de automóveis. Não é provável que a primeira faça as mesmas distinções da segunda, e nem vice-versa, se forem colocadas repentinamente.

A percepção de um objecto e de suas propriedades como algumas coisas constante, apesar das variações de sensações que recebem os órgãos sensoriais, é de maneira geral, o que se estuda sob o título: constância perceptiva.

As pessoas percebem os objectos como se eles tivessem sempre o mesmo tamanhos, forma, cor, brilho, localização, etc., apesar das grandes mudanças dos dados sensoriais.

A constância de tamanho se refere à tendência a perceber os objectos como se eles tivessem um tamanho conteste, apesar de que o tamanho constante, apesar de que o tamanho da imagem retiniana se torne menor quanto mais o objecto se distancia.

A constância perceptiva

A percepção de objecto e de suas propriedades como alguma coisa constante, apesar das variações de sensações que recebem os órgãos sensoriais, é, de maneira geral, o que se estuda sob o título: constância perceptiva.

As pessoas percebem os objectos como se eles estivessem sempre o mesmo tamanho, forma, cor, brilho, localização, etc.,

A constância de tamanho se refere à tendência a perceber os objectos como se eles tivessem um tamanho constante, apesar de que o tamanho da imagem retiniana se torne menor quantos mais o objecto se distancia.

Por exemplo, uma bola de vôlei for colocada num quarto completamente escuro, e apenas a bola for iluminada, ela será percebida como tendo as dimensões conhecidas, não importando a que distância se encontrar do observador; mas se for uma bola colocada a mesma distancia da anterior, porém tendo dimensões bem maiores ou menores que a bola de vôlei comum, pensar-se-á que ela esta próxima ou bem distante.

Organização perceptiva

O homem é atingido, continuamente, por um número incrível de estímulos sensoriais diferentes e, apesar disto, não percebe o mundo em que vive como uma acumulação de sensação isoladas ou caóticas, mas sim, organiza os estímulos e percebe-os como objectos.

Uma grande imagem verde é percebida como uma montanha; um som distante é percebido como uma banda que se aproxima; uma série de sensações de pressão no braço é percebida como uma mosca, e assim por diante.

A percepção de um objecto como um todo unitário e não apenas como uma colecção de estímulos é, em parte, resultado da aprendizagem, mas também é devida a tendência inatas de organização perceptiva.

Uma tendência organizadora fundamental é a chama relação entre e o fundo

Percepção de movimento

A percepção do movimento visual não se explica apenas pelo movimento físico real do objecto no ambiente, porque a nossa percepção dos movimentos não “retrata” directamente o movimento físico.

Isto é comportável porque, muitas vezes, o movimento físico real de um objecto não produz uma percepção de movimento e, outras vezes, é percebido os movimentos onde, realmente, não existe.

Pode ser produzido um movimento aparente pela sucessão rápida de imagem ligeiramente diferente (movimento estroboscópico), tal modo como no cinema ou pelo aceder sucessivo de duas lâmpadas, em posições diferentes, num quarto escuro (fenómeno phi).

O movimento induzido é o nome que se dá ao fenómeno em que um objecto em movimento “induz” ao julgamento de movimento de outro objecto, como no caso da lua que parece mover-se rapidamente atrás das nuves (os verdadeiros objectos de movimento rápido). Outro exemplo de movimento induzido, é o da pessoa que, sentada num trem, pode ter a certeza de que seu trem esta se movimentando em quanto que, na verdade, é o trem ao lado que se movimenta.

Percepção de profundidade

Para que os objectos possam ser interpretados como tendo sempre a mesma forma e tamanho (constâncias) é importante a informação sobre sua proximidade do observador.

Estas informações nos são fornecidas por algumas “pistas de distância”.

Uma delas é a perspectiva linear. Linhas paralelas parecem convergir a uma grande distância e este princípio deve ser observado quando, em desenho, queremos transmitir a ideia de profundidade. Este fenómeno é o resultado da diminuição do tamanho da imagem retiniana do objecto quando aumenta a distância entre ele e observador.

O movimento relativo dos objectos também fornece uma indicação da distância. Assim, quando viajamos de carro, os objectos que “se movem” mais de pressa são os mais próximos em quanto os mais distantes, parecem mover-se mais de vagar ou, ate, mesmo, se bem distante, parecem mover-se na nossa mesma direção.

A disparidade retiniana refere-se a diferença das imagens recebidas pelos dois olhos. Podemos verificar facilmente que cada olho recebe uma imagem diferente, se colocarmos um livro aberto bem na derção do rosto, a curta distancia e abrimos um olho de cada vês. O livro parecera mudar de posição em decorencia entre as duas imagens. Quando estamos com dois olhos abertos vamos apenas um livro e não dois, pôs suas imagens se fundem numa só.

Quando mais próximos estiverem um objecto dos olhos, maior será a disparidade retiniana e esta é uma informação para se julgar a distância do objecto.

Percepção extra-sensorial

Entende-se por percepção extra-sensorial (ESP em inglês) a percepção de um objecto ou facto sem a utilização dos sentidos conhecidos.

De entre os psicólogos, existem aqueles que afirmam não existir, ainda, provas satisfatórias da existência de fenómenos e também os que afirmam dedicar-se ao seu estudo .a ESP inclui a telepatia (perceber os pensamentos de outra pessoa sem comunica-los  através dos canais sensoriais comuns), a premonição (conhecimento dos pensamentos futuros de uma pessoa ou de acontecimentos futuros ), a clarividência (conhecimento de factos ocorridos num outro tempo e local ), a psicocienese (capacidade de influenciar um objecto físico pelo poder mental ).

Os estudos rigorosamente científicos sobre este fenómeno ainda não revelado conclusões importantes, mas então sendo realizados e dever-se-á quer, num futuro próximo, dados mas conclusivos, sobre o tema.