O indivíduo aprende comportamentos com base na observação e percepção de outras pessoas e a consequente imitação. A imitação e a modelagem são mecanismos fundamentais de aprendizagem de comportamentos que os educadores, os pais, os professores devem considerar no processo educativo e, em particular no PEA.

Na modelagem, as pessoas aprendem imitando o comportamento dos outros ou modelos (ídolos), e isto ocorre mesmo em situações em que as respostas imitativas não são reforçadas. Na sala de aulas, dependendo do nível de desenvolvimento da criança (Ex: na idade mais nova), o professor é o melhor modelo, os coetâneos ( na adolescência) e os ídolos ( na juventude) são também os melhores modelos.

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Percursores da Teoria de Aprendizagem Social

Albert Bandura

Bandura considera que o comportamento depende do mundo simbólico interno e conta com a previsão das consequências do comportamento. Ainda ele diz que no condicionamento operante a consciência das respostas elevadas em consideração todas as mudanças comportamentais são mediadas cognitivas.

Bandura sistematizou também a teoria sobre como aprendemos ao observar o comportamento de outra pessoa ou personagem, tomando-o como modelo aprendizagem por modelação. Constatou que somos reforçados e motivados a aprender observando as consequências do desempenho de outras pessoas e não apenas quando somos premiados directamente pelo nosso sucesso.

Neal Miller e Jhon Dollard

Esses autores afirmam que criamos um padrão de comportamento para cada situação específica. Miller e Dollard também, vêem a imitação como um tipo especial de condicionamento operante, 8no qual os sinais sociais servem como estímulos discriminativos que provocam o comportamento do sujeito.

Julian Rotter

Rotter combinou aspectos das teorias behavioristas com aspectos das teorias cognitivistas na sua teoria do ”locus” de controlo. Esta teoria procura determinar os factores pessoais e situacionais que determinam a conduta social humana. Rotter estudou os seguintes factores: Expectativas, Valor do reforço e Situação psicológica.

Expectativas

As expectativas referem-se ao modo como o sujeito vê internamente a probabilidade de que o reforço irá ocorrer em função de um dado comportamento numa dada situação. A crença no controlo externo ou interno do reforço (ou locus de controlo) é vista pelo autor como uma expectativa generalizada sobre a relação causal entre o comportamento e o reforço.

Valor de reforço

De acordo com Rotter, é a partir das expectativas sobre os resultados prováveis do comportamento que os indivíduos se situam nos seus contextos de vida. Mas a probabilidade de ocorrência do comportamento depende, também, do valor subjectivo que o indivíduo atribui aos resultados esperados.

Situação psicológica

Por fim, o conceito de situação psicológica refere-se ao princípio defendido por Rotter de que o agente crucial do comportamento dos indivíduos é a percepção subjectiva da acção e das diferentes situações de vida. Rotter atribui mais importância à realidade subjectiva do que à realidade objectiva, pelo que define as situações em termos psicológicos, tal como são experienciadas pelo indivíduo e de acordo com os significados que por estes lhe são atribuídos.

Rotter combinou aspectos das teorias behavioristas com aspectos das teorias cognitivistas na sua teoria do locus de controlo. Esta teoria procura determinar os factores pessoais e situacionais que determinam a conduta social humana.

O Locus de Controlo refere-se à percepção do indivíduo sobre as causas principais do que acontece na sua vida.

O Locus de Controlo é uma crença sobre o grau em que os resultados das nossas acções são contingentes àquilo que fazemos (orientação de controlo interna) ou a acontecimentos fora do nosso controlo pessoal (orientação de controlo externa)”

Mowrer

Mowrer defende que a aprendizagem por imitação é apenas uma aprendizagem de hábitos. Este diz que a diferença entre o processo de aprendizagem imitativo e o dos hábitos motores adquiridos por condicionamento clássico e operante está apenas na fonte dos estímulos associados à resposta. Esta resposta é vista como estando associada a uma necessidade biológica clara, na aprendizagem vicariante. Esta teoria reduz os processos cognitivos superiores ao processo de condicionamento, pelo que acaba por não conseguir explicá-los.

Essência da Teoria de Aprendizagem Social

A criança aprende na interacção com o seu meio e na observação dos outros, (imitação).

 

Referencias Bibliográficas

  1. MORREIRA, António M. Teorias de Aprendizagem, Epci, São Paulo, 1995;
  2. OSTERMANN, F. e CAVALCANTI, J. de Holanda,Teorias de Aprendizagem, Rio Grande do Sul, Texto introdutório, 2010.
  3. RIBEIRO, A. M. Curso de Formação Profissional em Educação Infantil.Rio de Janeiro: EPSJV / Creche Fiocruz, 2005.
  4. TAVARES, J. e ALARCAO,Psicologia de Desenvolvimento e de Aprendizagem, Coímbra Almedina, Coímbra, 1990.