Por: Delfina Estevão Bambo

Reino animalia


reino animal, cientificamente identificado como Reino Animalia ou Reino Metazoa, é formado por organismos pluricelulares, eucariontes e heterótrofos.

Reino Metazoa é composto por dois sub-reinos: o Parazoa, que não forma tecidos, e o Eumetazoa, que apresenta tecidos.

Os principais filos que formam o Reino Metazoa, isto é, os animais pluricelulares, são:

    • Poríferos (ou espongiários)

 

    • Cnidários (ou celenterados)

 

    • Platelmintos

 

    • Nematelmintos (ou asquelmintos)

 

    • Anelídeos

 

    • Moluscos

 

    • Artrópodos

 

    • Equinodermos

 

    • Cordados



Resumindo


Reino metazoa ou animalia  engloba:

Sub-reino parazoa (gr.) para = ao lado; zoo = animal exemplo: poríferos

Sub-reino eumetazoa (gr.) eu = verdadeiro; zoo = animal exemplos: cnidários, platelmintos, nematelmintos, anelídeos, moluscos, artrópodos, equinodermos e cordados

Filo porífera


Poríferos ou espongiários as esponjas são os primeiros animais pluricelulares da escala zoológica, portanto, os metazoários mais atrasados; seu nome nos revela que as paredes do corpo são perfuradas por inúmeros poros, por onde penetra a água conduzindo nutrientes, gases e gâmetas.

embriologicamente falando, os poríferos são:

    • Diblásticos

 

    • acelomados, conseqüentemente não apresentando órgãos, e

 

    • Aneuromiários, isto é, sem sistemas nervoso e muscular;

 

    • São assimétricos, embora alguns já tenham simetria radial.

 

    • Vivem isolados ou em colônias, sendo fixos na fase adulta;

 

    • São desprovidos de gônadas, no entanto, apresentam gâmetas.

 

    • Os poríferos são exclusivamente aquáticos, principalmente marinhos, vivendo desde a zona das marés até cerca de seis mil metros de profundidade, fixos ao substrato. Apenas uma família, a spongilidae, vive em água doce não estagnada. As esponjas somam cinco mil espécies conhecidas, das quais somente 150 são dulcícolas.



Estrutura de uma esponja


As esponjas apresentam inúmeros poros, óstios ou ostíolos, por onde a água penetra; a espongiocela é um canal simples ou múltiplo que se presta à circulação da água e o ósculo é a abertura superior através da qual saem a água e os produtos nitrogenados, como a amônia. Junto ao ósculo, encontramos as espículas para a sustentação e, na extremidade oposta, encontramos o disco pedial para a fixação.

Tipos anatômicos de esponjas



    • Tipo áscon: de acordo com o grau de complexidade é o mais simples. A água penetra pelos poros inalantes, circula pelo átrio e sai pelo ósculo.

 

    • Tipo sícon: é o tipo intermediário, no qual a água penetra através dos poros, passa pelo canal inalante saindo pela prosópila para o canal exalante e através da abertura apópila cai no átrio saindo pelo ósculo.

 

    • Tipo lêucon: também chamado de rágon. É o tipo mais complexo. Entre os canais inalantes e exalante encontramos a câmara vibrátil que se comunica com outras câmaras e desemboca no átrio.

Fisiologia dos poríferos


Só há dois sistemas nas esponjas: o tegumentário e o esquelético.

Revestimento

A pele das esponjas apresenta dois tipos de células: o pinacócito, que são células achatadas, e o coanócito, com colarinho e flagelo. A posição de ambas depende do tipo de esponja.

Sustentação

A sustentação é realizada pelas espículas, que representam o endoesqueleto mineral (calcário ou silicoso), originado a partir de células especiais da mesogléia, os escleroblastos ou esclerócitos. Há também o endoesqueleto orgânico formado por células denominadas espongioblastos ou espongiócitos, que fabricam uma proteína chamada espongina. Quimicamente é uma escleroproteína como a do cabelo, da unha ou do chifre.

Não há nos poríferos: sistema digestivo, circulatório, respiratório, excretor e reprodutivo, além do nervoso emuscular.

Nutrição

A esponja nutre-se de partículas de matéria orgânica e de plâncton, ou seja, diminutos organismos existentes na água. Os coanócitos capturam o alimento por fagocitose, formando vacúolos digestivos, portanto a digestão é exclusivamente intracelular como nos protozoários. Dos coanócitos, o alimento passa para os amebócitos, que o distribuem a outras células.

A esponja não possui boca nem cavidade digestiva, logo é um animal filtrador.

Excreção


A egestão é feita pelo ósculo em forma de amónia. Também pode ocorrer pela pele (excreção cutânea).

Circulação


Esta ocorre no interior do átrio, onde a água circula graças aos batimentos flagelares dos coanócitos e as partículas alimentares se movimentam de célula para célula, principalmente devido aos amebócitos.

Respiração


O oxigênio e o gás carbônico entram e saem por difusão das células (respiração cutânea) e são levados pela corrente de água.

Reprodução


As esponjas apresentam reprodução sexuada e assexuada.

Reprodução agâmica

A grande capacidade deste tipo de reprodução decorre do pequeno grau de complexidade deste animal. A regeneração é comum. Se fragmentarmos uma esponja, as células podem se reunir e formar novamente uma esponja inteira.

O brotamento também é freqüente. Os brotos são formados por amebócitos (estatócitos) que originam novos indivíduos. Estes podem se destacar ou permanecer presos, formando colônias.

A gemulação ocorre na família espongilidae. Nas esponjas de água doce, encontramos brotos especiais, as gêmulas, formadas por massa de arqueócitos e envolvidas por uma capa impermeável de espículas. As gêmulas resistem à época de seca dos rios, perdurando após a morte da esponja-mãe. Na época das chuvas, desenvolvem-se e originam novos indivíduos.

Reprodução gâmica


As esponjas são monóicas (hermafroditas), embora existam espécies dióicas (sexos separados). A fecundação é sempre cruzada e interna, sendo ovíparas e com desenvolvimento indireto.

As larvas móveis e ciliadas se intitulam anfiblástula (calcária) e parenquímula (silicosa).

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Bibiografia


AMARAL, L; MENDES, F, Ciências da natureza matemática e suas tecnologias, São Paulo, S/A.