Por: Delfina Bambo

 

Raiz


A raiz é um órgão vegetal que executa as seguintes funções:

    • Fixar o vegetal ao substrato (meio);

 

    • Absorver água e sais minerais;

 

    • Conduzir o material absorvido;

 

    • Acumular diversos tipos de substâncias de reserva (exs.: cenoura, rabanete, nabo, batata-doce e mandioca).



VEJA AQUI TAMBÉM

VEJA AQUI TAMBÉM

Origem da raiz


A raiz principal tem origem na radícula do embrião.

Quando a raiz origina-se do caule ou da folha, é denominada advertência.

Morfologia da raiz

Morfologia externa

Raiz - caule – folha na raiz distinguimos as seguintes regiões:

a) Colo região de transição entre a raiz e o caule.

b) Zona suberosa (ou de ramificação) é a região onde aparecem as raízes laterais ou secundárias.

c) Zona pilífera (ou de absorção) consiste na região que abriga os pêlos absorventes

(diferenciações de células epidérmicas). Os pêlos absorventes aumentam a superfície de contato com a solução de solo.

d) Zona lisa (ou de crescimento) situada acima da coifa, é a região onde a raiz cresce por multiplicação e alongamento celular, sendo desprovida de pêlos e ramificações laterais.

e) Coifa é uma cápsula protectora do ponto vegetativo radicular

(tecido meristemático); protege contra o atrito com as partículas do solo e contra o ataque microbiano.

Tipos de raízes


Conforme o meio em que se desenvolvem, as raízes podem ser subterrâneas, aéreas ou aquáticas. Quanto à forma, ocorrem dois tipos fundamentais: raiz axial ou pivotante e raiz fasciculada ou em cabeleira.

A raiz pivotante é encontrada frequentemente nas dicotiledóneas e gimnospermas, enquanto a raiz fascilulada é frequente nas monocotiledóneas.

    • Raiz axial: com uma raiz (principal) mais desenvolvida que as demais.

 

    • Raiz fasciculada: todas as raízes apresentando mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento.



Classificação das raízes


Subterrâneas

    • Axial ou pivotante →há uma raiz principal com ramificações

 

    • Fasciculada ou em cabeleira →sem raiz principal



Aéreas podem ficar expostas, pendentes no ar ou fixas sobre outros vegetais. podem ser:

a) Suportes ou escoras →para aumentar a sustentação (adventícias)**.

b) Cinturas →para fixar plantas epífitas - a orquídea.

c) Estrangulares →engrossam e estrangulam - cipó-matapau.

d) Tabulares →achatadas, aumentam a base de sustentação do vegetal.

e) Respiratórias ou pneumatóforos →são verdadeiros “pulmões” no mangue.

f) grampiformes ou grampos →de plantas trepadoras - como na hera-de-jardim.

g) Sugadoras ou haustórios →de plantas parasitas – como o cipó-chumbo.

São raízes que se originam diretamente de folhas ou de caules. como exemplo, podemos citar as raízes formadas a partir das folhas de fortuna e begônia e as raízes aéreas, tipo escoras ou suportes do milho. as raízes adventícias recebem denominações especiais, conforme as suas adaptações (tabulares, grampiformes, suporte).

Tuberosa (raiz que acumula substâncias nutritivas)

Axial fasciculada Aquáticas com parênquima aerífero e muitas ramificações e coifa bem desenvolvida.

Caule


Trata-se de um órgão aéreo, podendo ou não ser corofilado, cujo papel fundamental é sustentar as folhas e flores.

Funciona também como órgão condutor de seiva e pode armazenar substâncias nutritivas, tal como ocorre na batatinha e no cará. Apresenta geotropismo negativo e fototropismo positivo.

O caule origina-se da gêmula e o caulículo, do embrião.

Morfologia externa em um caule, notam-se as seguintes partes: nó, enternó ou entrenó e gemas.

Nó →é a região do caule onde se insere uma gema, um ramo, uma folha ou uma flor.

entrenó →é o espaço compreendido entre dois nós consecutivos.

Gema →também denominada botão vegetativo, corresponde à parte do caule onde se localizam os tecidos embrionários (meristemas). Estes encontram-se protegidos por folhas modificadas denominadas escamas ou catáfilos.

Tipos de caules


Aéreos

Erectos

    • Tronco - engrossa e ramifica - das árvores.

 

    • Haste - verde, não engrossa - das ervas e arbustos.

 

    • Estipe - cilíndrico e sem ramos - das palmeiras.

 

    • Colmo - dividido em gomos (nós e internós) cana-deaçucar, milho, bambu.



Trepadores



    • sarmentosos ou escandescentes - fixam-se por gavinhas (são folhas ou ramos modificados).

 

    • Volúveis - se enrolam no suporte. ex.: feijoeiro (dextrorso ou sinistrorso).



Rastejantes


Estolhos (crescem no chão e emitem raízes). ex.: grama, morangueiro.

Subterrâneos

Rizomas

Não têm clorofila, apresentam raízes adventícias e ramos aéreos. exs.: bananeira, cará, samambaia.

Tubérculos


Ramos subterrâneos que acumulam reservas. Ex: batata-inglesa.

xilopódios

Massas tuberculiformes, confundem-se com a raiz. Ex: plantas do cerrado.

bulbos

Caule pequeno (prato) com folhas carnosas que protegem as gemas. exs.: cebola (tunicado), lírio

(escamoso), gengibre (sólidos).

Aquáticos


Podem ser clorofilados e apresentam condutos aeríferos. Ex: vitória-régia.

Modificados

    • Suculentos - acumulam água. Exemplo: a barriguda

 

    • Cladódios - suculentos, alados, semelhantes às folhas. Exemplo: carqueja.

 

    • Filocládios - suculentos, com crescimento limitado. Exemplo: aspargos.

 

    • Pseudobulbos - qualquer bulbo aéreo. Exemplo: orquídeas.

 

    • Gavinhas - ramos modificados para a sustentação. Exemplo: videira, maracujá.

 

    • Espinhos - ramos modificados para não perder água. Exemplo: laranjeira.



Folha


A folha é a parte da planta especialmente adaptada à transpiração e à fotossíntese, fato evidenciado por sua superfície ampla e sua coloração verde.

Morfologia da folha


Uma folha completa possui:

    • Bainha: parte achatada que liga a folha ao caule.

 

    • Pecíolo: haste que une a bainha ao limbo; ramificando-se produz as nervuras no limbo (vasos liberianos e lenhosos).

 

    • Limbo: lâmina que recebe os raios solares e consta de duas faces - face ventral e face dorsal (inferior) onde, em geral, localizam-se os estômatos. É responsável pela fotossíntese. O limbo pode ser simples ou dividido em várias partes, com aspecto de pequenas folhas (folíolos).

 

    • estípulas: expansões do caule para proteger as gemas laterais.



Tipos de folhas


Folha completa - simples

Folhas incompletas

    • Sésseis



Sem bainha e sem pecíolo. Exemplo: fumo.

    • Pecioladas



Sem bainha e com pecíolo desenvolvido. Exemplo: a maioria das plantas.

    • Invaginantes



Não apresentam pecíolo. Só têm bainha e limbo. Com bainha desenvolvida (monocotiledôneas). Exemplo: grama, milho, bambu, capim.

1 limbo - folha simples

Vários limbos - folha composta

então:

    • Folhas modificadas



Cotilédones folhas embrionárias encontradas na semente e com função de reserva.

    • Antófilos



Folhas que constituem partes de uma flor (sépalas, pétalas, etc.).

    • Brácteas



Folhas que protegem flores ou inflorescências. Exemplo: flor-do-espírito-santo.

    • Espinhos e gavinhas



São folhas que reduziram a sua superfície como protecção contra a transpiração excessiva e cuja extremidade pontiaguda constitui eficiente protecção contra os animais.

Exemplo: cactos.

    • As gavinhas foliares (chuchu)



São folhas transformadas em filamentos que se enrolam em volta de um vegetal-suporte; o espinho também pode ser transformado por uma folha modificada e reduzida. Exemplos: maracujá, videira.

    • Espata



Folha única que protege uma inflorescência. Exemplos: antúrio e copo-de-leite.

    • Glumas



São duas folhas que protegem cada flor de uma inflorescência. Exemplo: trigo.

    • Catáfilos



Folhas reduzidas, que geralmente protegem gemas dormentes; em alguns casos, podem actuar como órgãos de reserva. Exemplo: cebola.

    • Folhas colectoras



Com função de reservatório de água, animais. Exemplos: ananás, abacaxi.

    • Insectívoras ou carnívoras



Que capturam insectos. Exemplos: drosera, dionéia, utriculária, etc.

Estrutura interna da folha


Observando cortes transversais do limbo, podemos basicamente reconhecer em sua estrutura que:

    • A epiderme superior é aclorofilada e, em geral, incolor. Não tem estômatos e pode ser coberta por uma cutícula protectora, de natureza lipídica (cutina).

 

    • A epiderme inferior é rica em estômatos, os quais permitem a troca de gases para a fotossíntese e respiração.