História da saúde comunitária

Desde a antiguidade, o discurso sobre saúde deu ênfase às noções de educação, promoção e participação, num objetivo expresso de aproximar da vida quotidiana das pessoas à instituição social de saúde com vista a melhorar o nível de saúde populacional.

Subjacente a este discurso está o reconhecimento da necessidade de provocar mudanças num sistema dominado pelos cuidados clínicos e curativos virados á vida comunitária, com exigências tecnológicas crescentes e envolvendo importantes investimentos financeiros, sem contrapartidas proporcionais nas melhorias ao nível da própria saúde dos pacientes.

É neste contexto que, nas últimas décadas do século XX, as políticas e os sistemas de saúde são instados a focar a promoção da saúde como intervenção comunitária. O papel central da comunidade no desenvolvimento da saúde foi enunciado em 1978 pela Conferência de Alma-Ata.

Fatores que influenciam na saúde comunitária

A assistência médica

É o tratamento de doenças e a preservação da saúde através de serviços médicos, farmacêuticos, enfermagem e outras profissões relacionadas.

Incluem-se na assistência médica todos os serviços utilizados para promover a saúde e o bem-estar dos pacientes, incluindo serviços preventivos, curativos e paliativos, seja para um indivíduo, seja para uma população.

Ela pode ser feita por ajuda no Planeamento Familiar, aconselhamento nutricional, acompanhamento da gravidez e consultas periódicas de bebés e crianças, contribuindo para aumentar a esperança média de vida e diminuir as taxas de mortalidade.

Nos países em desenvolvimento, a assistência médica é muito pouca, apenas é conseguida graças à Organização Mundial de Saúde e organizações não-governamentais (médicos do mundo, médicos sem fronteiras). Daí que estes países debatem-se com muitas doenças, algumas causadas pela falta de salubridade outras pelos contactos com os países desenvolvidos e algumas  pela falta de vacinas e medicamentos para as combater.

Stress

O stresse é uma situação de tensão que, prolongando-se pode afectar seriamente o nosso organismo, levando à ocorrência de doenças, como por exemplo a depressão.
São factores de stresse, entre muitos outros, a execução de tarefas repetitivas, o hábito de ver televisão e o de jogar computador, etc.

Os problemas financeiros e os relacionados com o emprego, o divórcio e a mudança de casa estão entre as causas de stress frequentemente mais citadas.

Pensa-as que dois terços das consultas aos médicos de família se relacionam com o stress.

Rasteiros

Rastreio pode ser definido como a identificação presumível de doença ou defeito não anteriormente conhecido, pela utilização de testes, exames e outros meios complementares de diagnóstico, os quais podem ser rapidamente aplicados.
O rastreio é a forma mais fácil de prevenir e diagnosticar, antes do indivíduo se tornar sintomático e permite, normalmente, um tratamento mais barato, menos doloroso e com melhor prognóstico. Estes testes não têm como objectivo ser um diagnóstico mas sim identificar os suspeitos de uma determinada patologia ou outra condição, prosseguindo-se posteriormente ao seu encaminhamento.

Ordenamento do território

É a organização de um local, ou território nacional tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço de forma a manter dentro da medida o ecossistema em equilíbrio com a vantagem de existir melhorias na qualidade de vida, para que os bens essenciais nunca faltem ás populações envolvidas.

Hoje em dia, antes de se construir um recurso (barragens, auto-estradas), faz-se sempre um estudo de impacte ambiental

Cuidados primários da saúde comunitário

Educar para a saúde

Educação para a Saúde deve ter como finalidade a preservação da saúde individual e colectiva.

Em contexto escolar, Educar para a Saúde consiste em dotar as crianças e os jovens de conhecimentos, atitudes e valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e mental, bem como a saúde dos que os rodeiam, conferindo-lhes assim um papel interventivo.

A ausência de informação incapacita e/ou dificulta a tomada de decisão. Daí, a importância da abordagem da Educação para a Saúde em meio escolar.

Saúde escolar

A Saúde Escolar é um projecto de indiscutível importância, no âmbito dos cuidados de Saúde Primários, não só pelo seu papel na promoção de saúde, na prevenção, resolução ou encaminhamento de problemas detectados, mas também pelo seu contributo para a criação de condições ambientais e de relação na escola, favorecedoras da saúde e bem estar da população escolarizada e consequentemente do seu sucesso educativo e pessoal. Esta actividade só pode ser implementada de forma integrada e em colaboração com os múltiplos sectores que contribuem para a saúde.

Saneamento básico e água potável

De origem latina, as palavras saneamento (sanus) e potável (potare), implicam os conceitos de são (saudável) e de bebível. Assim está implícito nas próprias palavras que, para mantermos a integridade do planeta e a do nosso corpo, temos de garantir níveis de saneamento/ salubridade e potabilidade da nossa água e dos nossos esgotos, MONIZ, J

Como todos sabemos, o corpo humano é constituído por 70 a 75% de água e sem este elemento alguns órgãos deixariam de funcionar. Além da água ingerida como e através de bebidas, cerca de 40% desta é absorvida pelo corpo por meio dos alimentos tais como os legumes e a fruta (alface e melancia, contém entre 92 a 95% de água). Deste modo se a água que utilizamos, quer para aliviar a sede, quer para regar os alimentos não tiver a qualidade necessária, esses alimentos serão igualmente afetados e, consequentemente o corpo humano, que os ingere.

Alimentação e nutrição apropriadas

Segurança alimentar e nutricional é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis.

Os Cuidados com a procedência dos produtos e comer de forma adequada devem fazer parte do cardápio de qualquer pessoa que se preocupe em aliar os prazeres da mesa à qualidade de vida.

A disponibilidade de alimentos corresponde à capacidade de garantir quantidade suficiente de alimentos para toda a população, sendo que para isso devem ser consideradas as questões relacionadas à produção, importação, exportação e distribuição de alimentos. Políticas agrárias, incentivos fiscais, promoção da agricultura familiar e subsídios para produção de alimentos regionais e da cultura alimentar nacional devem ser implantados e implementados para garantir a SAN nessa dimensão.

Planeamento familiar

O planeamento permite um controlo da natalidade bem como contribuição para a saúde da mulher, da criança e da família. Permitindo também a educação para a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, e contribuindo para a prevenção do cancro da mama e do útero.

Vacinação

As vacinas têm como objetivo a proteção contra determinadas doenças. São responsáveis pela diminuição da mortalidade infantil e pelo aumento da esperança de vida, as vacinas permitem salvar mais vidas do que qualquer tratamento.

Finalidades da saúde escolar

A sua finalidade é contribuir para a criação de condições, ambientais e de relação na comunidade escolar, favorecendo a área da saúde, segurança, bem – estar da população escolar e consequentemente do seu sucesso educativo e pessoal.

Assim são objectivos do Programa Nacional de Saúde Escolar:

  • Promover e proteger a saúde e prevenir a doença na comunidade escolarizada;
  • Apoiar a inclusão escolar de crianças com necessidades de saúde e educativas especiais;
  • Promover um ambiente escolar seguro e saudável;
  • Reforçar os factores de proteção relacionados com os estilos de vida saudáveis;
  • Contribuir para o desenvolvimento dos princípios das escolas promotoras da saúde.

Saúde ambiental 

A saúde ambiental compreende todos os aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que poderá ser afectada por factores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicossociais do meio ambiente. A diversidade das áreas de intervenção na área da saúde ambiental coloca uma elevada exigência de flexibilidade de formação, um constante conhecimento e uma forte articulação do binómio saúde e ambiente

 

Referências bibliográficas

  1. HELIODÓRIO. A, & SAMPAIO. L, disponível em: disaster-info.net/lideres/portugues/04/…/OrdTerritorial.ppt
  2. PENA, H, et all (2011-2012), disponível em: http://santiagomaior.drealentejo.pt/site/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=87&Itemid=116
  3. MONIZ, J (2009). disponível em: http://olyceu.blogspot.com/2009/01/saneamento-basico-e-agua-potavel.html
  4. D, disponível em: http://clubedasaude.no.sapo.pt/p_familiar.htm
  5. F, disponível em: http://saudeemolhao.projectos.esffl.pt/index_ficheiros/Page834.htm
  6. MANUELA V. da Silva http://www.estsp.ipp.pt/index.php/saude-ambiental-ac