Santo Agostinho nasceu no norte de África, em Tagaste.
O pensamento político de Santo Agostinho encontra-se na sua obra « A Cidade de Deus». Esta obra espelha uma reflexão acerca da história da origem do Estado. Nesta obra, Santo Agostinho fala de duas cidades.

Estas partilham entre si a humanidade. O amor próprio que conduz ao desprezo de Deus, fez a cidade terrena; amor de Deus que leva ao desprezo de si próprio ergueu a Cidade Celeste (a cidade de Deus). 

Santo Agostinho diz que as duas cidades existiram sempre lado a lado desde a origem dos tempos: Uma tem Caim e outra tem Abel como fundador. Uma terrena com os seus poderes políticos, a sua moral, a sua história, as suas exigências (Cidade terrena). A outra, a Cidade Celeste, simboliza os cristãos participando do ideal divino. As duas cidades permanecerão até ao fim dos tempos.

A cidade terrena é onde se encontra o Estado. Nesta terra onde reina todo o tipo de males. Na cidade de Deus, reina a paz, o amor, a felicidade. E a humanidade encontra-se na cidade terrena. Como construir um Estado de direito na cidade terrena. Santo Agostinho diz que como nunca existiu, também nunca existirá a exemplo dos reinos antigos em que nunca houve

Estado de direito. Portanto os governantes que temos na terrena devem saber que receberam esses poderes como dádiva divina e os cidadãos não podem julgar se está governando bem ou não, visto que a isso não lhes compete. Portanto, sendo dádiva divina, o governante deve governar com base nas leis da cidade Celeste. 

FONTE: http://ead.mined.gov.mz/site/wp-content/uploads/2020/03/Filosofia6-2%C2%BA-Ciclo.pdf