É ético permitir que seu filho decida o próprio gênero?

Eu não deveria dizer isso, porque sou um defensor incondicional do livre-arbítrio como um princípio filosófico essencial da condição humana, mas a verdade é que em muitos aspectos da vida o livre-arbítrio não existe ou então as "escolhas" são resultantes de tantos fatores fora do controle da pessoa que se torna impossível imaginar que seja possível decidira respeito.

Eu não decidi ser heterossexual, eu não tenho uma ideia muito clara sobre como desenvolvi meus gostos pela maioria das coisas que faço e certamente não escolhi gostar de certos paladares e rejeitar outros. Eu não poderia escolher gostar de cebola crua ou deixar de gostar de feijão. Eu não poderia deixar de ser atleticano nem poderia querer "experimentar" uma relação homossexual.

Em diferentes graus, cada um dos elementos constituintes da personalidade é irreversível ou, pelo menos, muito difícil de mudar. Alguns elementos são relativamente superficiais e podem ser mudados com algum esforço, outros são profundos e somente mudam mediante imenso esforço, outros ainda estão ligados de tal maneira à personalidade essencial do indivíduo que é como se ele não tivesse controle algum.

Há muitos anos eu e meu pai conversávamos sobre essa exata pergunta e meu pai, a última pessoa do mundo que eu imaginava que teria uma opinião tão progressista, me disse algo parecido. Vou transcrever com as palavras e linguajar dele, para maior autenticidade (perdoem o uso do termo). Meu pai era pouco escolarizado, nasceu em 1944 e nunca teve acesso a tudo que hoje facilita a circulação de novas ideias.

"Eu não acredito mais que o sujeito ser viado seja sem-vergonhice. Esse tipo de coisa ninguém escolhe. Vê o filho do XXXXX. Ontem eu o visitei e vi o menino. Ele tem cinco anos de idade, mas já está claro que vai ser viado quando adulto. Ele não brinca com os carrinhos que o pai dá, ele tem um jeito diferente de falar, de andar, de mexer os bracinhos. Ele só quer ficar na cozinha com a mãe e nunca põe o pé no quintal. Eu conheci outros meninos como ele, nenhum 'virou homem' depois que cresceu. Eu não sei o que faz o sujeito ser viado, se ele nasce assim ou não, mas é uma coisa que acontece muito cedo e que ninguém muda."

O tal XXXXX, amigo da família, nunca deixou que seu filho decidisse sua orientação sexual. Deu-lhe brinquedos de menino e "exemplo de homem" em casa. O garoto sempre teve inclinações homossexuais e cresceu para se tornar assumidamente gay. Não houve um dia na vida dele, desde os três ou quatro anos de idade, em que todos, mesmo os pais, tivessem qualquer dúvida de que ele era gay.

Finalmente, eu acho que o termo que você quis usar foi "orientação sexual" ou "identidade de gênero", porque o gênero mesmo é outra coisa

Por: Jose Geraldo Gouvea
É ético permitir que seu filho decida o próprio gênero? Eu não deveria dizer isso, porque sou um defensor incondicional do livre-arbítrio como um princípio filosófico essencial da condição humana, mas a verdade é que em muitos aspectos da vida o livre-arbítrio não existe ou então as "escolhas" são resultantes de tantos fatores fora do controle da pessoa que se torna impossível imaginar que seja possível decidira respeito. Eu não decidi ser heterossexual, eu não tenho uma ideia muito clara sobre como desenvolvi meus gostos pela maioria das coisas que faço e certamente não escolhi gostar de certos paladares e rejeitar outros. Eu não poderia escolher gostar de cebola crua ou deixar de gostar de feijão. Eu não poderia deixar de ser atleticano nem poderia querer "experimentar" uma relação homossexual. Em diferentes graus, cada um dos elementos constituintes da personalidade é irreversível ou, pelo menos, muito difícil de mudar. Alguns elementos são relativamente superficiais e podem ser mudados com algum esforço, outros são profundos e somente mudam mediante imenso esforço, outros ainda estão ligados de tal maneira à personalidade essencial do indivíduo que é como se ele não tivesse controle algum. Há muitos anos eu e meu pai conversávamos sobre essa exata pergunta e meu pai, a última pessoa do mundo que eu imaginava que teria uma opinião tão progressista, me disse algo parecido. Vou transcrever com as palavras e linguajar dele, para maior autenticidade (perdoem o uso do termo). Meu pai era pouco escolarizado, nasceu em 1944 e nunca teve acesso a tudo que hoje facilita a circulação de novas ideias. "Eu não acredito mais que o sujeito ser viado seja sem-vergonhice. Esse tipo de coisa ninguém escolhe. Vê o filho do XXXXX. Ontem eu o visitei e vi o menino. Ele tem cinco anos de idade, mas já está claro que vai ser viado quando adulto. Ele não brinca com os carrinhos que o pai dá, ele tem um jeito diferente de falar, de andar, de mexer os bracinhos. Ele só quer ficar na cozinha com a mãe e nunca põe o pé no quintal. Eu conheci outros meninos como ele, nenhum 'virou homem' depois que cresceu. Eu não sei o que faz o sujeito ser viado, se ele nasce assim ou não, mas é uma coisa que acontece muito cedo e que ninguém muda." O tal XXXXX, amigo da família, nunca deixou que seu filho decidisse sua orientação sexual. Deu-lhe brinquedos de menino e "exemplo de homem" em casa. O garoto sempre teve inclinações homossexuais e cresceu para se tornar assumidamente gay. Não houve um dia na vida dele, desde os três ou quatro anos de idade, em que todos, mesmo os pais, tivessem qualquer dúvida de que ele era gay. Finalmente, eu acho que o termo que você quis usar foi "orientação sexual" ou "identidade de gênero", porque o gênero mesmo é outra coisa Por: Jose Geraldo Gouvea
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