Condenação de Sócrates:

O acusador tinha pedido a morte e o tribunal havia reconhecido Sócrates culpado por maioria, era portanto do interesse de Sócrates propor uma pena aceitável como adequada. A lei ateniense permitia que Sócrates propusesse uma pena inferior. O tribunal tinha de escolher entre a pena da sentença e a proposta pela defesa.


Então Sócrates interrogou o acusador Melitus acerca de quem é que melhorava a cidade. Melitus citou primeiro os juízes; depois gradualmente, acabou por dizer que todos, excepto Sócrates, melhoravam a cidade. Então Sócrates felicitou a cidade pela sua boa sorte e referiu que era melhor viver entre homens bons do que entre maus; e portanto não podia ser tão louco que corrompesse os concidadãos intencionalmente; mas se era sem intenção, Meleto devia instruí-lo e não persegui-lo. Sócrates também realçou que entre os presentes havia discípulos seus e pais e irmãos deles; nenhum foi chamado a testemunhar que ele corrompia a juventude. Recusou seguir o costume de apresentar os filhos chorosos para comover os juízes. Tais cenas tornavam ridículos o acusado e a cidade. A sua tarefa era convencer os juízes e não pedir-lhes um favor.
Sócrates propôs uma multa de trinta minas, de que qualquer dos amigos (incluindo Platão) tomaria a responsabilidade. Mas o castigo era tão pequeno que o tribunal irritou-se e o condenou à morte por maioria superior à que o declarara culpado, ou seja a sua condenação à morte foi votada por 281 contra 220, com mais 80 votos do que havia sido votada a sua culpabilidade. Sem dúvida ele previra o resultado; é claro que não queria evitar a pena de morte por concessões que pareceriam reconhecimento da culpa.
Depois da sentença e rejeitada a alternativa da pena de 30 minas, Sócrates fez uma última exposição, legando aos juízes a responsabilidade da sua morte para a eternidade e ao mesmo tempo realizou uma profecia:

"Eu predigo-vos portanto, a vós juízes, que me fazeis morrer, que tereis de sofrer, logo após a minha morte, um castigo muito mais penoso, por Zeus, que aquele que me infligis matando-me. Acabais de condenar-me na esperança de ficardes livres de dar contas da vossas vida; ora é exactamente o contrário que vos acontecerá, asseguro-vos (...) Pois se vós pensardes que matando as pessoas, impedireis que vos reprovem por viverem mal, estais em erro. Esta forma de se desembaraçarem daqueles que criticam não é nem muito eficaz nem muito honrosa. ( in Jean Brun, página 40)

Condenação de Sócrates: O acusador tinha pedido a morte e o tribunal havia reconhecido Sócrates culpado por maioria, era portanto do interesse de Sócrates propor uma pena aceitável como adequada. A lei ateniense permitia que Sócrates propusesse uma pena inferior. O tribunal tinha de escolher entre a pena da sentença e a proposta pela defesa. Então Sócrates interrogou o acusador Melitus acerca de quem é que melhorava a cidade. Melitus citou primeiro os juízes; depois gradualmente, acabou por dizer que todos, excepto Sócrates, melhoravam a cidade. Então Sócrates felicitou a cidade pela sua boa sorte e referiu que era melhor viver entre homens bons do que entre maus; e portanto não podia ser tão louco que corrompesse os concidadãos intencionalmente; mas se era sem intenção, Meleto devia instruí-lo e não persegui-lo. Sócrates também realçou que entre os presentes havia discípulos seus e pais e irmãos deles; nenhum foi chamado a testemunhar que ele corrompia a juventude. Recusou seguir o costume de apresentar os filhos chorosos para comover os juízes. Tais cenas tornavam ridículos o acusado e a cidade. A sua tarefa era convencer os juízes e não pedir-lhes um favor. Sócrates propôs uma multa de trinta minas, de que qualquer dos amigos (incluindo Platão) tomaria a responsabilidade. Mas o castigo era tão pequeno que o tribunal irritou-se e o condenou à morte por maioria superior à que o declarara culpado, ou seja a sua condenação à morte foi votada por 281 contra 220, com mais 80 votos do que havia sido votada a sua culpabilidade. Sem dúvida ele previra o resultado; é claro que não queria evitar a pena de morte por concessões que pareceriam reconhecimento da culpa. Depois da sentença e rejeitada a alternativa da pena de 30 minas, Sócrates fez uma última exposição, legando aos juízes a responsabilidade da sua morte para a eternidade e ao mesmo tempo realizou uma profecia: "Eu predigo-vos portanto, a vós juízes, que me fazeis morrer, que tereis de sofrer, logo após a minha morte, um castigo muito mais penoso, por Zeus, que aquele que me infligis matando-me. Acabais de condenar-me na esperança de ficardes livres de dar contas da vossas vida; ora é exactamente o contrário que vos acontecerá, asseguro-vos (...) Pois se vós pensardes que matando as pessoas, impedireis que vos reprovem por viverem mal, estais em erro. Esta forma de se desembaraçarem daqueles que criticam não é nem muito eficaz nem muito honrosa. ( in Jean Brun, página 40)
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