Renascimento Negro

O renascimento negro aparece como movimento com os mesmos ideais da negritude. Neste movimento o negro lutou pela sua causa mostrando o que ele é capaz. Foi a partir da literatura, na pintura, escultura, música que o homem negro mostrou que era igual ao branco.

 

O renascimento negro teve como intenção dar a possibilidade aos negros de lutar arduamente pela sua causa, pôr em causa a alienação do negro.

 

Du Bois dizia que se o branco mata um negro, o negro deve matar cinco brancos. No renascimento negro pede-se a igualdade entre o negro e branco; procura-se a emancipação do negro.

 

A partir do renascimento negro, todos os poetas, romancistas, historiadores, pintores, músicos, arquitectos e escultores se inspiram no passado histórico ou pré-histórico dos africanos para revelar tesouros de arte e de literatura que os investigadores, sociólogos, filósofos interrogaram as nossas origens, os nossos monumentos, os nossos costumes, a nossa língua vernacular para explicar a nossa maneira de ser, de crer, a nossa razão e na nossa esperança.

 

A negritude, enquanto um manifesto cultural e político mobilizador, transformou a identidade sócio-cultural dos povos africanos numa arma emancipadora e um projecto de renascimento. Ela lutou contra o eurocentrismo, o racismo e os preconceitos, a incompreensão, arrogância das potências coloniais. Ela rejeitou a aculturação, a assimilação e a alienação.

 

Dessacralizou o paradigma cultural ocidental considerado como critério referencial e afirmou o direito a diferença e familiarizou os negros com a noção do relativismo cultural.

 

Fonte: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ABERTA E À DISTÂNCIA – IEDA