Viver segundo a razão (o Logos) equivale, para os estóicos, a ser virtuoso. [O Logos é a fonte de  toda a actividade. Na acção que exerce sobre a matéria, o Logos tem por finalidade a perfeição do cosmo. O Logos leva o mundo a um grau de perfeição elevado, e logo alcançado esse grau, tudo é destruído, e o Logos começa a refazer a perfeição do mundo].

O homem é constituído de um fragmento do Logos (alma) e de uma parte de matéria (corpo). O homem é livre à medida que se conforma com às leis do Logos. A liberdade consiste em fazer espontaneamente o que é necessário.

O que é a virtude? A virtude, para os estóicos, é uma disposição interna pela qual a alma está em harmonia consigo mesma, isto é, com o próprio Logos. 

Assim, a virtude, para os estóicos, não conste, como pensava Aristóteles, no justo meio entre dois vícios opostos, mas em um dos fosi extremos: no extremo que é  conforme a razão (o outro extremo é conforme às paixões). Entre a virtude e vício não há meio-termo; ninguém é mais ou menos viciado ou virtuosos: é simplesmente virtuoso ou viciado.

De facto, aquele que vive segundo a razão, isto é, o sábio , faz tudo bem e virtuosa mente. E como o contrário da razão é a loucura, o homem que não é sábio é louco.

A prática da virtude, segundo os estóicos, consiste na APATIA (APÁTHEIA), isto é, na anulação das paixões e na superação da própria personalidade. Somente superando a si mesmo é que o homem pode unir-se ao Logos. Para isso é necessário libertar-se das paixões, que sai as cadeias que ligam a alma ao corpo e impedem-na de unir-se ao Logos. Para conseguir está liberdade de espírito, o homem deve ser indiferente às contingências da quotidiana e a tudo o que não está em seu poder. 

Como se pode ver facilmente, a moral estóica alcança pontos altíssimos e jamais será suficientemente apreciada a sua exaltação do carácter e da força de ânimo , da racionalidade da vida e da dignidade humana.