A felicidade ou o bem supremo do homem, segundo Epicuro, consiste no prazer (HEDONÉ). "Nós dizdizemis que o prazer é o princípio e o fim da vida feliz, porque reconhecemos que, entre todos os bens, o prazer é o primeiro e o mais conatural a nós."

É sempre pelo prazer que escolhemos fazer ou evitar alguma coisa. "Todos os prazeres são bons  justamente em virtude de sua natureza. Mas nem por isso merecem ser escolhidos [...] Por isso, quando dizemos que o prazer é o bem supremo, não queremos referir-nos aos prazeres do homem corrompido, que pensa só em comer, em beber e nas mulheres".

O prazer no qual, para Epicuro, consiste a felicidade é a vida pacífica, a paz da alma ("tranquilitas animi", tranquilidade da alma), a usensia de qualquer preocupação: a "ataraxia" (ATARAKSÍA). O prazer é entendido, portanto, como ausência de dor e não como satisfação das paixões.

A virtude é o meio para se conseguir o verdadeiro prazer. Virtuoso é aquele que aproveita todo deleite com moderação e medida e que limita o seu desejo àqueles prazeres que não perturbam a alma.

Para a plena consecução da paz da alma, da ataraxia, da felicidade, Epicuro recomenda libertar-se de três preocupações: dos deuses; da morte; e da actividade política.