O conhecimento histórico acerca do continente africano nem sempre esteve fora dos círculos de escrita e envolvimento na história, enquanto o norte do continente participou da história, sendo berço da civilização egípcia antiga, que traz curiosidade e fascínio, com suas múmias, pirâmides e os hieróglifos. Fazendo parte do território romano no seu período de expansão, e sendo o meio de comércio entre o Oriente e a Europa através do mar mediterrâneo, o norte africano se tornou conhecido através da história Ocidental, enquanto o sul do continente se tornou “desconhecido”.

Período Características
Dos primórdios até ao Séc. XV (África sem História)

“Um povo sem escrita, não tem História”. No continente Africano exceptuando o Magrebe, antes da chegada dos europeus não havia registos escritos facto que faz com que, Fage desvalorize esse período todo até nos finais do século XV quando se verifica a chegada de povos indo-europeus nesta região. Antes da chegada dos Europeus, para Fage a África não tinha História e principalmente a África do Sul do Sahara.

História de África escrita por europeus (Séc. XVI)

Com a intensificação do contacto europeu com povos da costa africana, no período da expansão comercial marítima no século XV, vários escritos foram produzidos sobre as regiões da costa da Guiné, o Baixo Zaire, Angola e Etiópia. Nos séculos XVI e XVII intensificaram-se as penetrações no interior dessas regiões.

Início da História na África (a partir do Séc. VVII até hoje)

O interesse pela história da África tropical se intensificou no século XVIII. As discussões acerca da abolição do instituto da escravidão são fundamentais acerca da recepção dos livros que traziam em sua temática a história de algumas sociedades africanas. Ademais, alerta Fage, para o fato de ser nessa época onde “a principal tendência da cultura europeia começava a considerar de forma cada vez mais desfavorável as sociedades não-europeias e a declarar que elas não possuíam uma história digna de ser estudada