Michel Foucault 

Michel Foucault, foi um filósofo francês, nascido numa família tradicional de médicos em 15 de Outubro de 1926 em Paris e faleceu em 25 de Junho de 1984, era HIV positivo e tinha imunidade baixa, morreu vítima de gripe. 
O seu pensamento esta dividido em três partes que são:

I - ARQUEOLOGIA - década 60

 

Compreende os escritos da década 60, onde preocupação era com a metodologia de análise dos discursos, a arqueologia se ocupa de enunciados e formações discursivas, a arqueologia pode ser orientada a epísteme (abordagem de conhecimentos sem se referir o seu valor racional ou a sua objectividade como o que ocorre com a ciência), a arqueologia é uma história das condições históricas de possibilidade de saber, mais tarde Foucault vai pensar também numa arqueologia orientada a sexualidade, a pintura, politica.
 Escreveu 3 obras, sendo
 
 1ª obra é a sua tese, História da loucura (1961), para escrever a sua tese, estudou livros antigos para ver como o louco era tratado, por exemplo na idade média o louco era visto como divindade, porque falava e ninguém entendia nada, logo pensava se que era anuncio da mensagem de Deus, porque ela existe mas ninguém entende.
Para escrever a sua tese, analisou três movimentos do tratamento do louco:

 

A peregrinação do louco em busca da razão, o autor é Bosch que escreveu que os loucos eram metidos num navio para serem deitados bem longe, porque tudo que não era necessário era metido num navio e deitado longe;

Confinação do louco– este movimento defendia-se que o louco tinha que ser confinado e estudado, ser submetido a experimentos físicos e cerebrais, tinham que ser acolhidos e pesquisados, exemplos de famosos que foram confinados, Picasso e Nietzsche

O terceiro movimento é luta antimanicomiala partir de 1900 com a psicanálise de Freud. Ao invés de mandar para longe ou confina-lo, Freud opta por deixar o louco falar na sociedade só em caso de agressão a família o recolhe para fazer tratamento e volta para a sociedade
Estes movimentos deram resultado a tese de Foucault.
 
 2ª obra - As palavras e as coisas (1966), onde estava lendo Nietzsche a ver a morte do Cristo e ele começa a apontar a morte do homem, e nesta obra fala da invenção do sujeito moderno que é disciplinado, esta obra foi bastante criticad;
 
3ª obra é Arqueologia do saber (1969), aqui ele fala do método que se usa na arqueologia, epísteme. como modalidade de interrogação de saberes e mais tarde ira propor outras descrições arqueológicas não orientadas à episteme, como é o caso da arqueologia da sexualidade, da pintura, politica.

GENEALOGIA DO PODER - década 70

Genealogia, que compreende os discursos da década 70, preocupa-se em evidenciar como o sujeito se relaciona com as relações do poder, com a genealogia ele procura analisar o saber vem termos de estratégia e tácticas de poder, situa o saber no âmbito das lutas. Nietzsche, a genealogia e a história (1971) o texto oferece a primeira tematizacao da genealogia. A genealogia é cinzenta, meticulosa e pacientemente documentaria. Opôs-se as investigações que difundem a pesquisa da origem.

A origem não é o lugar da verdade.

 

Porque a origem ‘e a essência exacta de qualquer coisa;
A origem é solene, busca a perfeição;

 
A origem é o lugar da verdade
 
Foucault inventa outras formas de fazer pesquisa, a pesquisa genealógica não é uma pesquisa que vai buscar a essência das coisas.
As coisas não têm uma essência, não há nada por detrás do aparente, porque o começo de tudo é guerra é mistura;
O começo histórico não é solene, não é perfeito, é luta é guerra;
A genealogia opôs se a historia para dizer que é contra a origem. Foucault quando fala de poder não fala do poder do rei, fala do poder produtivo.
Poder equivale a relações de poderes, acção sobre acção. Foucault não escreveu uma teoria do poder, escreveu uma analítica do poder. O saber e o poder apoiam-se se reforçam. Exemplo, politicas de saúde. Como o poder se exerce? Por técnicas de individuação - poder disciplinar e e de controle da população - biopopolitica.

 

A obra é vigiar e punir (1975), nesta obra Foucault inicia falando do suplícios, este poder era exercido pelos Reis, Foucult vai propor que se abandone este poder repressivo. Entre o poder do Estado, burguesia e proletariado que Marx  propunha revolução, Foucult e contra a revolucao por diz que não há desordem porque fora do poder central, existem micro poderes. Nesta obra ele mostra a transição do poder soberano para o biopoder que surge no sec xvii e inicio do servculo xviii com o capitalismo, revolucao francesa, o poder soberano que caracterizado pelo Rei que mandava matar através de suplícios ou deixava viver, no biopoder, a vida é necessária, o biopoder divide-se em poder disciplinar que é educar avaliar individualmente e  biopoliticaque são estratégias para racionalizar os indivíduos enquanto população.
 
2ª obra é Historia de sexualidade I- a vontade de saber (1976), esta é a primeira obra num projecto de 6 volumes que ele queria escrever, com esta obra Foucault analisa como se formou a experiência moderna da sexualidade, nesta obra Foucault critica Marx e Froid que diziam que o sexo era reprimido, ele vai dizer que não, o que se quer é que haja controle se não seriamos incitados toda a hora a falar de sexo, dizia ele que no oriente tem uma arte sexual, a preocupação é com o prazer enquanto no ocidente existe uma ciência sexual a preocupação é como se proteger das doenças depois é que se pensa no prazer.

ÉTICA

Ética, que compreende os escritos da década 80, já internado no Hospital por causa de baixa imunidade, já que era seropositivo. O ponto de partida para abordagens éticas por parte de Foucault, é o facto da modernidade questionar praticas sexuais que os antigos não questionavam.
Foucault escreve duas obras: História de sexualidade II- o uso dos prazeres (1984), e a história de sexualidade III - O cuidado de si (1984) nelas e analisado o sujeito como sujeito de acções éticas. Foucault trás a noção de estética de existência, como reflexo de uma liberdade percebida como jogos de poder, caracterizando o modo de sujeição da moral grega não somente como estética, mas, sobre tudo como estético político. A estética da existência se opõe a moral crista, na estética de existência você vai reflectindo pelas regras impostas, então você é livre de reflectir e é responsável pelas suas accoes enquanto na moral crista as pessoas têm medo de errar se não vão ser castigados por Deus.
Moral é diferente de ética
A ética é do âmbito de ethos uma escolha voluntaria da maneira de pensar e sentir de agir e conduzir-se como uma pratica da liberdade de modo reflectido.
Ethos é uma vida filosófica em que a critica do somos é a analise histórica dos limites que nos são colocados e a experiencia de sua transgressão possível.

Domínio greco-romanas

Dietetica – como a arte de relação quotidiana do indivíduo com o próprio corpo.
Ex, como cuido do meu corpo, banho, prevencao de doenças, etc.
Economia– como arte de conduta do homem enquanto chefe da família, do estado, etc
Erótica– como arte de conduta recíproca na relacao de amor’
Esters três domínios passam a ser integrados nos domínios de si no mundo antigo “ como os domínios de pratica de si “.
Ex, como tenho que me comportarcom o meu corpo, como chefe da família, como posso me comportar com a parceira/o.
Foucault vai defender que a estética de existência é uma forma de vida alternativa
Foucult apresenta alguns exemplos do modismo ou como as pessoas se comportavam
Diógenes que se masturbava na via publica para mostrar que o sexo ‘e uma necessidade básica
Sócrates que dizia que a pessoa tem que ter o domínio de si, o homem quando tem uma necessidade deve se assegurar
Antifonte – exercício de auto controle, jejum, meditação, etc.

Exemplos de inquietações éticas

Afrodisia, que se dividia em dietética e abstenção
Dietética – o corpo e a saúde – tomar banho, prevenir-se
Abstenção – renuncia ao prazer sexual

Rapazes para homens

O homem interessado por garotos tinha que controlar – se e oferecer presentes
O rapaz cortejado não pode ceder facilmente ou deixar o homem esperar muito tempo ou se fazer difícil.
A relação sexual como forma de atingir a verdade o gregos só conseguiam com homens e não com mulheres.
Estes exemplos estão ligados aos conceitos que foucault discute na década 80
 

 Biopoder:

O biopoder dá-se com a passagem do poder soberano, que era ou poder central era controlado pelo rei em baixo tínhamos os súditos, o Rei tinha poder de tirar a vida através de suplícios e tinha o poder de deixar viver, havia violência, reinava o  poder de repreensão, enquanto Biopoder (poder de gerir vida), neste poder a vida é necessária, desenvolve-se a partir do século XVII e inicio do século XVIII com o inicio do capitalismo, Revolução Francesa e surge em duas formas principais de pólos de desenvolvimentos interligados ou acomodações:
 

 
Poder disciplinar – neste poder procurava-se acabar com as assimetrias e disciplinar o indivíduo um a um no sentido de uniformizar. Usa-se o panóptico (olho grande) que é o modelo estrutural criado por Jeremy Bewnthan, como estrutura arquitectónica das prisões dos EUA para controlar os prisioneiros que mais tarde foi usado nas fábricas, escolas, etc

Biopolitica- para racionalizar os indivíduos enquanto população. Para falar biopolitica podemos mencionar os seguintes textos resultantes dos cursos de Foucault no Colleêge de France:
Poder medical de 1974 a 1979 em que os médicos alertam obre ocorrência de doenças, Foucault fala do poder medical no texto Nascimento da medicina social.
Disciplina de raça neste curso Foucault quer mostrar que na verdade não quer se defender as raças, mas algumas minorias, exemplo do nazismo alemão, Foucault fala da disciplina de raça no texto em defesa da sociedade, fala como surgiu o racismo e aponta o nazismo e o fascismo como os causadores os inventores do racismo.
 
Dispositivo de sexualidade, neste dispositivo ele mostra que no oriente estão preocupados com o prazer, a relação certa no oriente é entre homem e mulher enquanto no ocidente temos ciência sexual, a preocupação é como se proteger para depois ir vão prazer. Foucault é contra a sexualidade modelo mautusiano (homem mulher), ele diz que o ocvidente perdeu muito quando deixou a forma oriental de relacionamento influenciar sobre si, isto causa doenças mentais.
 
Dispositivo de segurança, no curso segurança território e populacao, escreveu este dispositivo, ele apresenta a critica a Hobbs que dizia que saímos do estado da natureza por medo da morte violenta, mas no estado civil continuam com medo de morte violenta.
 
Governamentalidade neoliberal, fala no curso nascimento da biopolitica fala das origens da biopolitica, como se desenvolve e no fim vai falar de capital humano por que investimos, o que os pais ganham? Ele vai afirmar que o ganho pode não ser material porquew a criança pode não produzir no futuro, mas há ganho psicológico.
 
Foucault não escreveu uma teoria do poder mas escreveu uma analítica do poder, motivado por razoes de se levar em conta que na formação do saber requer que se leve em consideração alem das praticas discursivas (arqueologia, saber) as praticas não discursivas (genealogia, poder), e outras motivações teóricas e politicas da modernidade, o estado centralizado, a burocracia, os campos de concentração, as politicas de csaue, etc. 
 
Foucault explica o aparecimento do biopoder como resultado da integração do poder pastoral na forma jurídica do estado moderno para o nascimento das disciplinas modernas e da biopolitica, ou seja, ao aparecimento do biopoder.
Para Foucault poder não é uma substancia ou qualidade, algo que se possui ou se tem; é uma forma de relação. O poder é aquilo que nos produz como sujeitos, o homem esta sempre numa relação de poder baseada vem micro poderes:
 

 
Micro poder é um poder de produção que pode ser individual, poder disciplinar

O micro poder também é de produção que pode ser populacional – biopoder baseado em políticas ou estratégias para atingir a população
 
Biopolitica significa como racionalisar os indivíduos enquanto população,
Biopoder (poder sobre a vida), desenvolve-se a partir do século xvii em duas formas principais de pólos de desenvolvimentos interligados.
 
Poder disciplinar – anatomo, politica do corpo. No poder disciplinar onde procurava-se acabar com as assimetrias e disciplinar no sentido de uniformizar. Usa-se o panoptico (olho grande que é o metodelo estrutural criado por jeremy bewnthan)para conbtrolar os prisioneiros nas prisões que mais trarde foi usado nas fabricas, escoilas, etc
 
Biopolitica-controles reguladores biopolitica das populacoes. Na biopolitica podemos menvcuinar o poder medical de 1974 a 1979 em que o médicos alertam obre ocorrência de doenças, Foucucault fala do poder medical no texto Nascimento da medicina social
Disciplina de raça neste curso Foucault quer mostrar que na verdade não quer se defender as racacas, mas algumas minorias, exemplo do nazismo alemão, Foucault fala da disciplina de raça no texto em defesa da sociedade,  fala como surgiu o racismo e aponta o nazismo e o fascismo como os causadores os inventores do racismo.
os conceitos de moral e de éticaA expressão: “ Ética como estética da existência” 
 
3ª Ética, que compreende os escritos da década 80, já internado no Hospital por causa de HIV, escreve duas obras: História de sexualidade II- o uso dos prazeres (1984), e a história de sexualidade III - O cuidado de si (1984) trás a noção de estética de existência, como reflexo de uma liberdade percebida como jogos de poder, caracterizando o modo de sujeição da moral grega não somente como estética, mas, sobre tudo como estético político. A estética da existência se opõe a moral crista, na estética de existência você vai reflectindo pelas regras impostas, então você é livre de reflectir e é responsável pelas suas acções enquanto na moral crista as pessoas têm medo de errar se não vão ser castigados por Deus.

Moral é diferente de ética

A ética é do âmbito de ethos uma escolha voluntaria da maneira de pensar e sentir de agir e conduzir-se como uma pratica da liberdade de modo reflectido.
Ethos é uma vida filosófica em que a critica do somos é a analise histórica dos limites que nos são colocados e a experiencia de sua transgressão possível.
A expressão: “ Ética como estética da existência” 
 trás a noção de estética de existência, como reflexo de uma liberdade percebida como jogos de poder, caracterizando o modo de sujeição da moral grega não somente como estética, mas, sobre tudo como estético político. A estética da existência se opõe a moral crista, na estética de existência você vai reflectindo pelas regras impostas, então você é livre de reflectir e é responsável pelas suas acções enquanto na moral crista as pessoas têm medo de errar se não vão ser castigados por Deus.
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/michel-foucault.htm