Por: Alfredo Sebastião Tivane
Revolução Americana (Povoamento Europeu na América e formação das treze colónias)
Segundo (SILVA) Revolução Americana é também conhecida como a independência dos Estados Unidos e foi declarada em 4 de Julho de 1776. Com esse processo, houve a separação das Treze Colónias da América do Norte do vínculo colonial que existia desde meados do século XVII e a transformação dos Estados Unidos em uma nação independente, com um sistema republicano e federalista.
Apesar de ter baseando-se nos ideais iluministas, que pregavam ideais de liberdade e de igualdade de direitos, a independência dos Estados Unidos foi realizada pela elite colonial e visava à garantia dos interesses e privilégios dessa classe. Ela serviu de inspiração para outros movimentos semelhantes na América.
Razões da independência
O movimento de independência dos Estados Unidos foi motivado pelo descontentamento com a ampliação da exploração da metrópole sobre a Colónia. As Treze Colónias foram constituídas com um alto grau de autonomia – diferentemente do que aconteceu com as colónias espanholas e portuguesas –, e, a partir do século XVIII, as tentativas inglesas de reduzir essa autonomia geraram insatisfação.
Durante o século XVII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos, tanto na Europa como na América do Norte, o que afectou seus cofres. Desses conflitos, o de maior importância foi a Guerra dos Sete Anos (1756-1763) que colocou ingleses e franceses em guerra. Ao final dessa guerra, a Inglaterra saiu vitoriosa, porém bastante endividada.
As Treze Colónias e a Formação dos Estados Unidos
São os dois títulos que nomeiam os acontecimentos que levaram a formação dos EUA. As treze colónias foram formadas entre o século XVII e o século XVIII pelos peregrinos ingleses puritanos, também chamados de “pais peregrinos”.
Também chamadas de treze colónias britânicas ou treze colónias americanas, as treze colónias eram formadas pelos seguintes estados: Carolina do Norte, Carolina do Sul, Connecticut, Delaware, Geórgia, Rhode Island, Massachusetts, Maryland, New Hampshire, Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Virgínia.
No início, as regiões das treze colónias americanas contavam com pouco menos de 1,900 habitantes, sendo a maioria descentes de ingleses, escoceses, irlandeses, alemã, holandeses e galeses. A população foi crescendo e no ano de 1775 existiam mais de 2,418,000 habitantes das colónias espalhados pelos territórios.
Principais características das Treze Colónias Americanas
As treze colónias americanas eram divididas em três regiões diferentes, intituladas “Colónia do Norte”, “Colónia do Centro” e “Colónia do Sul”. Cada uma delas possuía um perfil económico, humano, geográfico e sócio-político específico. Veja abaixo mais informações sobre essas áreas:
Colónias do Sul
A região da “Colónia do Sul” foi a primeira região a ser formada. Alguns colonos saíram da Inglaterra fugidos das perseguições religiosas que aconteciam no país e foram em direcção a uma região recém-descoberta entre o monte dos Apalaches e o Oceano Atlântico, onde ficaram posicionados por um tempo.
Os colonos que ficaram conhecidos como “pais peregrinos” viram nessa região um lugar onde poderiam fundar um novo modelo de sociedade, onde eles pudessem viver sobre as suas crenças e religiosidade, sem nenhum tipo de perseguição.
Colónias do Centro
A região das “colónias do Centro” era formada pelas colónias de Nova York, Delaware, Pensilvânia e New Jersey. Assim como a região das “colónias do Sul”, essa área também possuía um clima mais favorável e em razão disso, a actividade agrícola era a mais rentável.
Essa área ficava entre as “colónias do Sul” e as “colónias do Norte” e era destaque como ponto de troca comercial entre colónias portuguesas e espanholas, bem como rota do tráfico humano. Esse território tinha como foco principal a produção agrícola para o mercado externo e interno.
Colónia do Norte
A região das “colónias do Norte” era formada pelas colónias de Massachusetts, New Hampshire, Connecticut e Rhode Island e foram fundadas ao longo do ano de 1620. Também chamada de “colónia de Massachusetts” ou “Nova Inglaterra”.
Essa área foi fundada em um sistema de “autogoverno”. Os peregrinos ingleses puritanos se comprometeram com a coroa inglesa, a tornar a região um lugar onde se pudesse “congregar num corpo político e civil”.
Nessa região também foi criado um sistema de desenvolvimento baseado no livre trabalho, na produção de subsistência e na pequena propriedade familiar, já que a região sofria com a escassez de recursos naturais e a pobreza.
Independência – As Treze Colónias Americanas e a Formação dos Estados Unidos
Segundo (Daniel Neves) A trezes colónias eram parte da coroa inglesa, mesmo vivendo em uma “quase independência”. Os colonos responsáveis pelas regiões possuíam liberdade e autonomia política, social e administrativa para tomar a maioria das decisões ligadas a manutenção do sistema e da sociedade.
O rei inglês da época não se envolvia directamente com a região por que acreditava que não era rentável ou relevante. A coroa apenas recolhia os lucros e tributos que eram gerados nas relações de mercados das colónias.
Em meados do século XVIII, os colonos passaram a perceber que não precisavam da supervisão da coroa inglesa para sobreviver, já que conseguiam fazer a manutenção da sociedade de forma satisfatória e sem nenhum apoio externo. Esse foi um dos principais motivos para o processo de independência da área.
Historiadores contam que três outros motivos foram essenciais para o desenvolvimento da independência que envolvia as treze colónias americanas e a formação dos Estados Unidos.