Grande Zimbabwe
Nos primeiros séculos da nossa era, antes do século IV, os primeiros primeiros séculos e metalúrgicos bantu chegaram ao sul do Zambeze, vindos da região dos Grandes Lagos. Fixaram-se numa região rica em ouro e misturatam-se com as populações que viviam, de origem khoisan. Mais tarde, um grupo separou-se deste núcleo e instalou-se ao sul do Limpopo; com os Sotho, Tswana, Tong e Nguni, constituiram uma população do região austral de Africa.
As Como condições geográficas favoráveis - savana sem mosca tsé-tsé e paludismo, sem grandes florestas nem påntanos, precipitação suficlente para uma agricultura variada e fácil-permitiram a habituação de agricultores e pastores, No século XI, uma nova migração trouxe ao planalto entre o Zambeze e o Limpopo povos pastores shona, que foram grandes construtores de muralhas de pedra (Zimbabwe), de que resquícios hoje de ruínas espalhadas pelo território por eles ocupados.
Actividades económicas
Os Shonas dedicavam-se fundamentalmente à agricultura, criação de gado, metalurgia ou miração e comércio. De acordo com fontes árabes (Al-Masudi), com a chegada dos primeiros comerciantes árabes, provavelmente nos séculos IX-X, Intelaranuse as primetras trocas comerciais.
O controlo do comércio a longa distância e a mineração do ouro foram como principais fontes económicas que conduzem ao aumento de poder dos chefes., E preciso destacar que o comércio não criou o Estado do Zimbabwe.
A organização político-social
A sociedade shona encontrava-se organizada da seguinte forma: no topo estava o rei, que vivia no Grande Zimbabwe, auxiliado por um Conselho de Anciãos; na base da pirâmide estava a comunidade aldea, que vivia nos madzimbábwès.
A decadência
Ainda não são claras como causas da decadência deste Estado. Aventa-se a hipótese de que as lutas clânicas pelo controlo do comércio a longa distância (entre o clã Rozwi, chefiado por Mutota, e o clã Torwa), a seca do rio Save, que dificultava a comunicação com a costa, o aumento demográ- fico na região do planalto e a procura de terras férteis e de sal sido como as razões fundamentais da sua decadência.
Estado do Mwenemutapa e origem
Da desintegração do Grande Zimbabwe nascem dois Estados nomeadmente o de Torwa, com capital em Khami, na região do Grande Zimbabwe e o de Mwenemutapa, com capltal em Dande, localizada entre os rios Mazoe e Luía.
Por volta de 1450, Mutota, chefe do clã Rozwi, abandona a região do planalto do Zimbabwe com os seus seguidores em direcção ao vale do Zambeze, fixando-se na região de Dande, criando o Estado do Zimbabwe.
Actividades económicas
A agricultura continuava a ser a principal base económica. Dedicavam-se também à pastorícia, à mineração do ouro, ao artesanato e ao comércio. O comércio a longa distância e a mineração -Karanga trocavam o ouro por tecidos e missangas, que, como tempo, ascender à categoria de bens de prestígio.
A organização político-administrativa
O poder central localizava-se entre os rios Luíare Mazoe e estava circundado por uma cintura de Estados vassalos ou satélites, entre os quais se encontravam Sedanda, Quissanga, Quiteve, Manica e Báruè Maungwe, além de outros.
As classes dominantes esses Estados, constituidas por parentes dos Mwenemutapas e por estes nomeados, tinham a tendência de se rebelar quando o poder central enfraquecia. A estrutura político-administrativa pode ser representada da seguinte maneira:
Figura 1 Estrutura politico administrativa do Estado dos Mwenemutapas
A estrutura socioeconómica
A articulação entre alaristocracia dominante e como comunidades aldeas encerrava relações de exploração de homem pelo homem, materializadas pelas obrigaçoes e direitos que cada uma das partes tinha para com a outra.
As comunidades aldeas (mushas), sob a direcção dos mwenemushas, garantiam com o seu trabalho a manutenção e a reprodução da aristocracia, e esta concorrência para o equilíbrio e reprodução social de toda a sociedade shona com o desenvolvimento de operações atividades não diretamente produtivas.
Obrigações das mushas
Impostos em trabalho:
Ø Mineração do ouro, quer para alimentar o comércio a longa distância, quer para a importação de produtos que, na sociedade shona, ascendiam à categoria de bens de prestígio.
Ø Prestação de sete dias de trabalho mensais nas propriedades dos chefes (zunde);
Ø Construção de casas para membros das classes dominantes;
Ø Transporte de mercadorias de e para os acessórios comerciais.
Imposto em géneros:
Ø Primícias das colheitas (tributo simbólico) e uma parte da produção (tributo regular);
Ø Marfim, peles e penas de alguns animais e aves, respectivamente;
Ø Materiais para a construção da classe dominante: pedras, palhas, etc.
- Obrigações da classe dominante:
Ø Orientar as cerimónias de invocação das chuvas;
Ø Garantir a segurança das pessoas e dos seus bens;
Ø Assegurar a estabilidade política e militar no território;
Ø Servir de intermediário entre os vivos e os mortos;
Ø Orientar as cerimónias mágico-religiosas para evitar chelas, epidemias, calamidades naturais,etc.
A ideologia
A religião foi um fator integrador fundamental do sistema político mwenemutapa. Proprietários do «Saber», da fecundidade da terra e depositários da ordem do mundo, os Mwenemutapas constituíam os antídotos mais eficazes contra um desordem. A sua morte significava o caos (choriros).
Conclusão
Apos ter feito o presente trabalho chegou-se a conclusao de que os estados de mocambique resistiram muito mesmo a penetracao mercantil estrangeira visto que dificultaram bastante a cocupacao do estrageiro e interferencia nos asuntos internos do estado porque os estados ja estavam organizados de forma politica-administrativa, tinham uma estrutura socio economica que garantia cada funcão entre os aldeaos dentro dos Estados , a idiologia que tinha um papel muito forte na comunidade onde os Mwenemutapas constituíam os antídotos mais eficazes contra um desordem. A sua morte significava o caos (choriros). Praticava-se o culto aos espíritos dos antepassados os Muzimus.