O marketing é uma filosofia de gestão baseada num foco nos mercados e na criação de valor, surgiu como alternativa a uma filosofia centrada na produção e não orientada para os consumidores.
Poucas pessoas conseguem compreender a ligação entre Filosofia e Marketing, mas estas ciências são unidas pela reflexão que sugerem, são parte da cultura dos povos e pouco compreendidas pela maioria das pessoas, porque elas não têm estudos voltados ao aprendizado de cada uma delas, mas sem a Filosofia não há Marketing.
O homem sobreviveu até os dias actuais por reflectir, pensar, organizar, planear, agir e colher os frutos, por essas e muitas outras razões a Filosofia traz para a vida das pessoas os questionamentos naturais e a busca por respostas, em Marketing não é diferente, fazer Marketing não é simplesmente colocar um produto no mercado, desenhar uma embalagem, fazer Propaganda, é saber que por trás de cada um destes objectos há muito de Filosofia, inicia-se na reflexão, passa por um processo muito estruturado e que para os profissionais de Marketing é algo vital, “achar” algo e fazer tudo de qualquer forma é coisa de marqueteiro.
 
Filosofia de Marketing 
Definimos a Gestão de Marketing como esforço consciente para alcançar resultados de troca desejados com mercado-alvo. Mas qual filosofia deve guiar os esforços de markenting de uma empresa? Que pesos devem ser atribuídos aos interesses da organização, dos clientes e da sociedade? Frequentemente, esses interesses entram em conflito. 
Existem cinco conceitos ou orientações alternativas com base nas quais as organizações orientam as actividades de marketing: a orientação de produção, a orientação de produto, a orientação de venda, a orientação de marketing e a orientação de marketing societal. 
 
Orientação de Produção
A orientação de produção sustenta que os consumidores dão preferência a produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Gestores de empresas orientadas para a produção concentram-se em alcançar alta eficiência de produção, baixo custo e distribuição em massa. Eles supõem que os consumidores estejam interessados principalmente na disponibilidade dos produtos e preços baixos. Essa orientação tem sentido e países em desenvolvimento, onde os consumidores estão mais interessados em obter os produtos sem se interessar pelas suas características. 
Este conceito serve como base a um adas mais antigas filosofias que orientam os vendedores. É ainda útil em dois tipos de situações: a primeira ocorre quando a procura por um produto excede a oferta. Neste caso, a administração deverá procurar formas de aumentar a produção.
A segunda situação ocorre quando o custo do produto é muito elevado e o aperfeiçoamento da produtividade é necessário para a redução do custo.
Algumas prestadoras de serviços também operam sob a orientação de produção. 
No entanto as empresas que operam segundo esta filosofia, ocorrem um grande risco de concentrarem-se demais nas suas próprias operações. 
 


A Orientação de Produto

A orientação de produto sustenta que os consumidores dão preferência a produtos que oferecem qualidade e desempenho superiores ou que tenham características inovadoras. 
Consequentemente, a organização deverá orientar a sua energia activa no fabrico de produtos de qualidade e aperfeiçoa-los de forma contínua. Eles presumem que os compradores admiram produtos bem feitos e que podem avaliar a qualidade e desempenho. Entretanto, os Gestores dão peso ao seu produto e não percebem aquilo de que o mercado necessita. 
Esta orientação pode levar a miopia de marketing. Muitos gestores acreditavam que as pessoas prefiram os seus produtos e menosprezavam a concorrência. Por exemplo, gestores de empresas ferroviárias acreditavam que as pessoas que viajavam, preferiam comboios em vez  de outros tipos de transportes e menosprezavam a concorrência das linhas aéreas, dos autocarros e dos automóveis. Outro exemplo é dos correios e muitas lojas, julgam estar a oferecer o produto certo ao público e não conseguem entender por que as vendas estão a cair. 
As organizações que guiam-se por esta orientação estão viradas para si ao invés de estares viradas para o cliente. 
 
 
  • Orientação de vendas

 

Nessa fase os clientes, devido a duas grandes guerra e uma guerra fria, estavam em recessão em vários países, isso diminuiu e muito o poder de compra da população, afinal todos aproveitaram o bom de décadas de consumo e compraram tudo que podiam adquirir havendo uma saturação de produtos no mercado. Acredito que dessa década em diante o marketing passou a ser vital para as empresas, organizações que tiveram o acompanhamento de uma gerência ou consultoria em marketing, com certeza seriam na frente, como a Toyota que se destacou no mercado com  o modelo de produção enxuta.
 
A orientação de vendas parte do principio de que os consumidores e as empresas, por vontade própria, normalmente não compram os produtos da organização em quantidade suficiente. A organização deve, portanto, empreender um esforço agressivo de vendas e promoção. 
A epítome da orientação de vendas pode ser encontrada nas ideias Sergio Zyman, ex-vice-presidente de marketing da coca-cola: Objectivo do marketing é vender mais coisas para mais gente por mais dinheiro, afim de obter mais lucros.
A orientação de vendas é praticada de maneira mais agressiva com produtos pouco procurados, que os compradores dificilmente pensam em comprar, com seguros, enciclopédias, jazidos funerários. Quando dispõe de excesso de capacidade, a maneira das empresas pratica a orientação de venda. O Objectivo é vender aquilo que fabrica em vez de fabricar aquilo que o mercado quer. Mas o marketing fundamentado em venda agressiva esconde altos riscos. Ele pressupõe que clientes persuadidos gostaram dele; Caso isso não ocorra, imagina-se que esses clientes não vão devolvê-lo, não falarão mal dele, tão pouco reclamarão ao órgão de defesa do consumidor, e talvez voltem ao comprá-lo.
 
  • Orientação de marketing

 

finalmente chegando na era moderna do marketing, agora o profissional de marketing é essencial a qualquer empresa ou instituição com ousem fins lucrativos. época marcada por mudança no comportamento de modo geral, politico, social e filosófico, com o advento da internet, o mercado consumidor mudou completamente, hábitos e forma de consumo. Aprendemos a fabricar produtos que vendem sozinhos.
Theodore Levitt, elaborou uma comparação entre as orientações de vendas e de marketing:
“A venda está voltada para as necessidades do vendedor, o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor de converter produto em dinheiro : o marketing, com a ideia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associado a criação, entrega e consumo final”.
vários pesquisadores descobriram que as empresas que acolheram a orientação de marketing alcançam desempenho superior, isso foi demonstrado pela primeira vez por empresas que praticavam o marketing reativo “entender e suprir as necessidades expressas pelo cliente “. Para alguns críticos,  isso significa que as empresas desenvolveriam apenas inovações de baixo nível. Porém inovação de alto nível é possível se o foco estiver nas necessidades latentes do consumidor. Eles denominaram isso de orientação de marketing proactivo. Empresas como 3M, HP e Motorola têmcomopráticaarraigadapesquisarouimaginarnecessidadeslatentespormeio de um processo de “sondar-e-aprender”. Empresas que praticam as duas orientações (reactivo e proactivo) estão implementando uma orientação total ao mercado  e provavelmente serão mais bem-sucedidas
No caminho para se converter a uma orientação de marketing , a empresa enfrenta três obstáculos: resistência organizada, lentidão para aprender e rapidez em esquecer. Alguns departamentos da empresa podem acreditar que uma função de marketing mais forte ameace o poder que exercem dentro da organização. A principio, a função de marketing é vista como uma entre várias outras igualmente importantes em um relacionamento equilibrado, mas os profissionais de marketing argumentam que a função é mais importante. Porém os mais esclarecidos elucidam a questão colocando o cliente no centro e no topo da empresa e defendem uma orientação voltada para o cliente, em que todos os departamentos/funções trabalham juntos para responder, servir e satisfazer as necessidades do mercado.

 
  • Orientação de marketing holístico.

 

Nossa era actual é definida pelo marketing holístico, aqui sugiram teorias como o marketing 3.0 de Kotler, assim também o marketing social. Vamos fazer uma introdução ao marketing holístico e iremos dividir em tópicos seus conceitos.
Todo conjunto de forças que a pareceram na última década exige novas práticas de marketing e de negócios. Hoje, as em presas têm novas capacidades que podem transformar a maneira como sempre fizeram marketing. As empresas precisam refletir profundamente sobre como operar e competirem um novo ambiente. Profissionais de marketing do século XXI reconhecem cada vez mais a necessidade de uma abordagem mais completa e coesa que transcenda as aplicações tradicionais da orientação de marketing.
O marketing holístico pode ser visto como o desenvolvimento, o projecto e a implementação de programas,processos e actividades de marketing, com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de efeitos. Ele reconhece que no marketing “tudo é importante” ( o consumidor, os funcionários, outras empresas e a concorrência, assim como a sociedade como um todo) e que muitas vezes se faz necessária uma perspectiva abrangente e integrada. Os profissionais de marketing devem lidar com uma variedade de questões e certifica-se que as decisões em uma área são coerentes com as decisões de outras.
O marketing holístico é, portanto, uma abordagem do marketing que tenciona reconhecer e harmonizar o escopo e as complexidades das actividades de marketing.
 
Bibliografia 

CHURCHILL Jr., Gilbert A.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes. São Paulo: Saraiva, 2000.

FERRELL, O. C.; HARTLINE, Michael D.; LUCAS Jr., George H.; LUCK, David. Estratégia de Marketing. São Paulo: Atlas, 2005.

ZEITHML, Valerie A.; BITNER, Mary Jo. Marketing de Serviços: a empresa com foco no cliente. Porto Alegre: Bookman, 2003.